terça-feira, 27 de novembro de 2007

Um dia irão usar comida para mover automóveis?

Ou mesmo o corpo de seres humanos? Vide o filme "Travessia para o Futuro", de Peter Fonda... É da década de 1970!!

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u347999.shtml)


Parlamentares europeus e associações latinas pedem moratória para biocombustíveis

da France Presse, em Bruxelas

Deputados europeus e associações indígenas e agrárias latino-americanas exigiram nesta quinta-feira (22), em Bruxelas, uma moratória para o desenvolvimento dos biocombustíveis. Eles denunciam as conseqüências negativas da expansão dos cultivos destinados a este fim, como ocorre com a cana-de-açúcar no Brasil.

"Acreditamos que o plano de substituição de energia fóssil por agrocombustíveis é um grave erro e pode ter conseqüências muito negativas para as populações campesinas e o meio ambiente", resumiu Alberto Alderete, do Serviço Jurídico Integral para o Desenvolvimento Agrário do Paraguai, no debate sobre "Os biocombustíveis na América Latina" organizado na Eurocâmara.

"Estas monoculturas, como ocorre com a da soja, estão provocando um êxodo rural já que ameaçam as fontes de alimentação da população campesina e seu acesso à terra. Além disso, seus efeitos sobre a ecologia e sobre a mudança climática não foram devidamente estudados", acrescentou Alderete.

Produção

O debate ainda abordou o "aumento descontrolado" das colheitas de monoculturas para agrocombustíveis e foi centrado em casos do Paraguai (soja), da Colômbia (palma oleaginosa) e também do Brasil (cana-de-açúcar) e da Argentina (milho).

"A União Européia propõe a meta de 10% no uso de agrocombustíveis no setor do transporte para 2020. No entanto, há grandes dúvidas sobre a capacidade de reduzir as emissões de CO2 e, além disso, existe o medo que a corrida pela produção acelere a alteração climática e exacerbe muitos outros problemas sociais e ambientais", advertiu o eurodeputado espanhol Garcés Ramón.

Ele também lembrou que, para chegar a seu objetivo, adotado no marco da luta contra o aquecimento planetário, a UE (União Européia) precisa aumentar sua produção interna, o que também requer importações, majoritariamente de países em desenvolvimento.

"Vemos aqui o que ocorre não só no Paraguai e na Colômbia, mas também no Brasil e na Argentina", continuou, em referência à liderança mundial dos brasileiros na produção de etanol e o lugar destacado que os argentinos querem ocupar no desenvolvimento desta nova tecnologia.

Moratória

Caso os participantes do debate não se opuserem à utilização dos biocombustíveis, informaram que pedirão em troca uma "moratória imediata" para os incentivos e as importações destes produtos, até que existam estudos mais detalhados sobre seus efeitos.

"Se continuarmos por esta via, não vamos desenvolver estes países, vamos afetá-los. É necessária uma moratória para ter um novo enfoque e conseguir energia a partir de outras fontes", afirmou Helmuth Markov, presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu.

Na mesma sintonia, o colombiano Diego Cardona, da ONG "Amigos da Terra", pediu uma "revisão do consumo de energia", denunciando o "esbanjamento" e "uso ilimitado" em algumas sociedades, e se pronunciou a favor de um modelo sustentável que promova um desenvolvimento maior com outras fontes, como a eólica ou a solar.

Enquanto os traficantes lucram imenso...

...os que combatem o tráfico vão perdendo a batalha, porque sempre haverá consumidores.
Descriminalizem!

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u347637.shtml)

Consumo de coca cresce 28% na Europa, diz estudo

da BBC Brasil

Um estudo divulgado nesta quinta-feira em Bruxelas afirma que o número de consumidores de cocaína na Europa subiu para cerca de 4,5 milhões de pessoas em 2006 --um aumento de 1 milhão no número de usuários da droga ou 28,5% em relação ao ano anterior.

O relatório anual do Observatório Europeu de Drogas e Toxicomanias (OEDT) analisa o consumo de cocaína entre europeus de 15 a 64 anos.

"As novas informações confirmam o lugar da cocaína como primeira droga estimulante na Europa e a segunda droga ilícita mais consumida, depois da maconha e antes do ecstasy e anfetaminas", diz o relatório.

No período estudo, o número de usuários de maconha somou 23 milhões de pessoas. Ecstasy e anfetaminas foram consumidos por 3 milhões e 2 milhões de europeus, respectivamente.

A OEDT estima que cerca de 12 milhões de europeus já consumiram cocaína pelo menos uma vez na vida, o que representa 4% da população adulta. Durante o mês em que a pesquisa foi realizada, 2 milhões de pessoas admitiram estar usando a droga.

Segundo o estudo, os dados compilados questionam o quadro estável observado no ano anterior e indicam "um aumento global no consumo" da droga.

Espanha e Holanda são os países com maior número de viciados em cocaína e também os principais centros de distribuição da droga para a Europa, onde o preço varia entre 45 e 120 euros por grama.

Ao lado de Portugal, a Espanha é ainda o principal ponto de entrada da droga, procedente principalmente da América do Sul.

Os números mais recentes da OEDT mostram que em 2005 as apreensões de cocaína na Europa atingiram o recorde de 107 toneladas, 45% a mais em relação às quantidades apreendidas em 2004.

Para o observatório, esse é "mais um dado que comprova a nova tendência de aumento do consumo".

De acordo com o relatório, a overdose de drogas é a maior causa de mortalidade "evitável" entre os jovens europeus. O estudo aponta que oito mil pessoas por ano morrem de overdose na UE.

Em 2005, cerca de 400 dessas mortes foram associadas ao consumo de cocaína.Nesse mesmo ano, 22% das novas procuras por tratamento contra dependência de drogas na Europa foram relacionadas à cocaína.

"Os afetados não são um público homogêneo. Inclui, de um lado, consumidores recreativos bem integrados socialmente e, de outro, os marginalizados", explica Thomas Legl, especialista do Centro Europeu para Tratamento de Adição de Drogas.

Para ele, a "falta de tratamentos adaptados aos cocainômanos" na Europa representa "um verdadeiro problema de saúde pública".

A OEDT estima que 3,5 mil usuários de drogas injetáveis foram contaminados com HIV em 2005, vírus que já afeta um total de 200 mil consumidores desse tipo de drogas na UE. Ao mesmo tempo, cerca de um milhão de usuários de droga injetáveis são portadores de hepatite C.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ARROZ TRANSGÊNICO BAYER CAUSA PREJUÍZO DE US$ 1 BI EM 30 PAÍSES

E o milho transgênico que forçou o recolhimentos dos tacos há alguns anos? Causava alergia!

ARROZ TRANSGÊNICO BAYER CAUSA PREJUÍZO DE US$ 1 BI EM 30 PAÍSES

Relatório revela os custos do escândalo que abalou a indústria americana de arroz em 2006 e afetou agricultores de todo o mundo. A empresa está sendo processada. A contaminação em 2006 dos estoques de arroz dos Estados Unidos vendidos no mercado internacional por uma variedade transgênica da Bayer podem ter causado prejuízos de mais de US$ 1 bilhão em todo o mundo, segundo informa relatório elaborado por um economista independente e publicado na terça-feira pelo Greenpeace Internacional. Confira aqui o sumário executivo, em português, do relatório Negócio Arriscado - impactos econômicos e regulatórios da liberação não intencional de variedades transgênicas de arroz no sistema de comercialização dos EUA (e que esta em arquivo em PDF para quem quiser baixar): http://www.greenpeace.org/brasil/documentos/transgenicos/sumario-executivo-do-relat-rio . Traços da variedade de arroz geneticamente modificado LL601, da Bayer, foram descobertos nas provisões americanas em 2006 A contaminação veio de campos experimentais do LL601 nos Estados Unidos que foram encerrados em 2001. A descoberta provocou o maior desastre financeiro e comercial da história da indústria americana de arroz. Pelo menos 30 países foram afetados pela contaminação e muitos deles fecharam seus mercados para o arroz americano, incluindo grandes importadores como a União Européia e as Filipinas. O relatório estabelece, pela primeira vez, os custos do escândalo da contaminação. Plantadores de arroz, processadores e comerciantes foram pegos de surpresa e estima-se que a contaminação tenha afetado 63% das exportações de arroz dos Estados Unidos. Centenas de agricultores americanos e empresários europeus entraram com ações contra a Bayer para recuperar suas perdas. As futuras punições dadas à Bayer podem dobrar ou até triplicar o custo final do incidente de contaminação com arroz transgênico. As lições do escândalo de 2006 são altamente relevantes para os países que estão flertando com a possibilidade de plantar arroz transgênico em escala comercial, como é o caso do Brasil. Atualmente, a CTNBio está analisando um pedido feito pelo Bayer para cultivo comercial do arroz transgênico LL62. Como a Comissão está proibida de votar os processos de liberação comercial de milho em decorrência de uma medida judicial, há grandes chances das decisões sobre os processos relativos a algodão e arroz serem antecipadas. “O Greenpeace está extremamente preocupado com a possibilidade do arroz transgênico ser liberado no Brasil”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil. “A Bayer disse que a contaminação de 2006 foi um ‘ato de Deus’ e o governo americano foi incapaz de encontrar a causa do problema, apesar de uma investigação de mais de um ano. Não podemos aceitar que essa situação se repita aqui. Afinal, quem compensaria os agricultores brasileiros se isso acontecesse no Brasil?”, questiona Vuolo. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, o Brasil consome anualmente cerca de oito milhões de toneladas de arroz – quantidade muito similar à consumida pelos japoneses. Atualmente, a produção brasileira de arroz é destinada exclusivamente ao mercado interno e mais de 60% se concentra no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. “O arroz é peça-chave da dieta dos brasileiros e não podemos permitir que empresas de biotecnologia irresponsáveis modifiquem e contaminem o prato nosso de cada dia”, alerta Gabriela Vuolo. “Algumas marcas brasileiras, como Camil e Tio João, já sabem que o brasileiro não quer arroz transgênico e declararam que não vão aceitar esse tipo de matéria-prima.”

Alemanha concentra patrimônio nas mãos de poucos

Não é só na Alemanha. É no mundo inteiro. Tem gente que tem dinheiro demais! Pra você, que tem dinheiro demais, e para quem não tem dinheiro que baste, recomendo os filmes "Surplus" e "Edukators". Os teus tempos de fartura estão se acabando. Os teus tempos de fartura se acabaram...

Alemanha concentra patrimônio nas mãos de poucos
da Deutsche Welle, na Alemanha
Pesquisa mostra que 10% da população alemã acumula mais de 60% do patrimônio no país, enquanto os mais pobres ficam sem nada.

Um estudo realizado pelo Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW) confirma o temor de muitos alemães de que, no país, os ricos se tornem cada vez mais ricos, enquanto a maior parte da população sobrevive sem conseguir poupar quase nada.

Segundo dados do Painel Socioeconômico (Soep), que analisa as condições socioeconômicas da população do país desde 1984, os alemães dispõem de
(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u343577.shtml)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Devagarinho vai-se apreendendo: Cúpula do governo age para evitar "apagão"

"A estratégia de não "chutar a porta" quando a Bolívia nacionalizou suas reservas, no ano passado, mostrou-se acertada.


Cúpula do governo age para evitar "apagão"
Paulo de Tarso Lyra
07/11/2007

A cúpula energética do governo afastou, em reunião na noite de segunda, o risco de um apagão no país - seja de gás natural, seja de energia elétrica. Mas começa a planejar o futuro para que não se repitam, ao término da seca do ano que vem, os problemas de abastecimento de gás verificados no Rio e em São Paulo na semana passada. Lula comandou uma reunião na noite de segunda no Planalto e vai participar na quinta do Conselho de Política Energética (CNPE), na sede da Petrobras, no Rio. Ontem, a Petrobras já negociava novos investimentos na Bolívia.


Além dos investimentos contidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo estuda duas medidas para evitar desabastecimento na produção de gás. A primeira seria adaptar as térmicas da Petrobras para que elas se tornem bicombustíveis (utilizando tanto o gás quanto o diesel). Segundo fontes do governo, a maior parte delas é dependente exclusivamente do gás. A outra seria intensificar a importação de gás liqüefeito de Angola. O transporte seria feito de navio e, no Brasil, armazenado. Quando houver a necessidade de utilização, o gás seria "regaseificado" para consumo industrial e individual. A primeira planta para regaseificação já ficará pronta em 2008.


O governo também não descarta, em casos de necessidade, utilizar o diesel como combustível, mesmo sabendo que esta é uma matriz mais cara e suja (poluente). "Tudo para evitar a possibilidade um apagão, isso está descartado", declarou um dos ministros que acompanham a discussão.


No encontro, além de Lula, estavam presentes a chefe da Casa Civil, Dilma Roussef; o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner; o presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima; o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli; o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tomasquim e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp.


A reunião serviu para uma avaliação da crise da semana passada. Foi ponderado que a Petrobras não tem como estocar por 340, 350 dias por ano, o gás que produz e o que importa da Bolívia. Existe um termo de compromisso entre a estatal e a Aneel obrigando a primeira a "atender as térmicas" toda vez que o operador do sistema entender que o nível dos reservatórios hidrelétricos atinja níveis perigosos para o abastecimento (análise que varia de região para região). Como isso só acontece, normalmente, no término do período de secas, trata-se de um intervalo diminuto - de 10 a 15 dias anuais.


A Petrobras, então, estabelece contratos de fornecimento contínuo para grandes clientes e, para outros, deixa claro que, em casos de necessidade - abastecimento das térmicas, por exemplo - pode interromper o fornecimento para atender às termicas. "Só que, por duas vezes, a Petrobras descumpriu a legislação e foi multada pela Aneel", afirmou um ministro.


Na semana passada, a Petrobras recebeu uma notificação da ONS e suspendeu a distribuição de parte do para a Comgás e a CEG-Rio. No Rio, faltou gás para indústrias e taxistas. Em São Paulo, par algumas empresas que já esperavam a medida.


Apesar do cenário favorável de futuro, o governo vê com bons olhos a retomada do diálogo com a Bolívia. Lula e o presidente Evo Morales vão encontrar-se em La Paz no dia 12 de dezembro, mas antes disso, no próximo sábado, depois de reunião de cúpula de presidentes ibero-americanos, no Chile, terão um encontro que se prevê prolongado. "A Bolívia precisa vender sua produção de gás e nós não podemos ser ingênuos: precisamos do gás boliviano", informou um ministro. Ele adiantou que, nas negociações, está a possibilidade de exploração de um outro campo, mais ao norte, chamado de Itaú. Até o fechamento desta edição, as negociações da Petrobras com o governo boliviano continuavam.


O movimento político também é considerado emblemático pelo Planalto. "A estratégia de não "chutar a porta" quando a Bolívia nacionalizou suas reservas, no ano passado, mostrou-se acertada.

(de http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocaderno/brasil/Cupula+do+governo++age+para+evitar+apagao,07711,,63,4623374.html)