terça-feira, 17 de novembro de 2009

Beleza! Cópias de música livres!

É isso aí! Comprei discos de vinil, fitas cassete e CDs que já se estragaram. Tenho direito às músicas que estavam gravadas nestes meios!

Governo pretende liberar cópia de músicas e de livros

12/11 - 11:09 - Erika Klingl, iG Brasília


BRASÍLIA – Guardada a sete chaves, a nova lei de Direitos Autorais, redigida pelo Ministério da Cultura, vai autorizar, pelo menos, duas práticas usuais dos jovens brasileiros. Pretende permitir, por exemplo, que os interessados em realizar fotocópias de um livro o façam da publicação completa e não apenas de pequenos trechos, como é hoje. Também vai criar uma forma legal de autorizar a cópia de músicas para aparelhos de MP3, o que hoje é ilegal e considerado pirataria.

Em entrevista ao iG, o diretor de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Alves, antecipou que o texto vai buscar o equilíbrio entre a proteção aos titulares das obras e o direito do cidadão de ter acesso à cultura. “Temos uma lei muito restritiva hoje e precisamos mudar isso”, afirma. “Um universitário que quer copiar um livro acaba incorrendo em crime se xeroca a publicação inteira”, avalia. Pela proposta, será permitida a cópia de livros e a livre utilização, desde que essa cópia seja para fins educacionais, não para a utilização econômica.

“O mesmo vale para alguém que comprar um CD de algum artista e o copia para MP3. Mesmo se a pessoas pagou pelo produto, se copiar a música na íntegra é pirata”, completa. Em ambos os casos, a solução apontada pelo Ministério da Cultura é semelhante. A ideia é fazer um fundo de reserva de recursos alimentado com taxação dos produtos. Ou seja, um percentual pago à copiadora iria para um fundo destinado a reembolsar os autores e as editoras.

O mesmo argumento serve para quem abastece os aparelhos de MP3. “Esses aparelhos servem principalmente para quem baixa músicas. Então podemos pensar em cobrar uma taxa em cada venda que serviria para os direitos autorais dos artistas e gravadoras”, afirma. De acordo com ele, as duas medidas necessitam de regulamentação específica, mas não devem onerar a venda dos produtos de forma significativa.

Para a Maria Cristina Barbato, da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), a proposta é positiva. “É fato que o músico não pode mais perder como ocorre hoje cada vez mais”, afirma. A OMB representa, apenas no estado de São Paulo, 50 mil músicos. “Hoje não há controle algum e cada um faz o que quer.”

A nova lei de Direitos Autorais está sendo elaborada desde 2007 e, nas próximas semanas, deve entrar em consulta pública antes de ser encaminhado ao Congresso. Havia a expectativa de que o texto fosse apresentado durante o 3º Congresso de Direito de Autor e Interesse Público, que ocorreu esta semana em São Paulo. Mas o governo manteve o suspense. “Estamos com os pontos centrais já bem costurados e devemos divulgá-lo em breve”, garante Alves.

No encontro, apenas um item ficou claro a todos. O Estado quer voltar a interferir no processo e vai criar o Instituto Brasileiro de Direito Autoral, espécie de agência reguladora que teria o poder de fiscalizar, por exemplo, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que distribuiu, em 2008, R$ 270 milhões em direitos autorais


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Governo britânico é estúpido? Ignora cientistas!

Governo estúpido!

Perigo da maconha opõe governo britânico a cientistas
Demissão de pesquisador que criticou política mais dura de combate à droga causa revolta
Associated Press

LONDRES - Qual o nível de perigo da maconha? Respostas divergentes a essa questão complexa levou a um confronto entre o governo britânico e cientistas.

Jornal dos EUA abre vaga para 'crítico de maconha'

Os políticos querem ver a maconha classificada como uma droga extremamente perigosa, mas cientistas dizem que o tabaco e o álcool representam um perigo maior para a saúde pública no Reino Unido.

A divergência levou o principal conselheiro científico do governo para a questão das drogas a perder o emprego e desencadeou uma rebelião de seus colegas, que acusam o primeiro-ministro Gordon Brown de ignorar informação científica para angariar popularidade.

"Há uma frustração enorme que tenhamos chegado a isso", disse Tracey Brown, diretora do Sense about Science, um grupo sem fins lucrativos que publicou uma carta aberta exigindo que o governo garanta liberdade de expressão aos cientistas.

O governo teve seu primeiro choque com a comunidade científica quando endureceu a política para a maconha em 2008, elevando-a à "categoria B", imediatamente abaixo de drogas pesadas como heroína, cocaína e LSD.

Isso reverteu a decisão, tomada quatro anos antes, de colocar a erva na "categoria C", junto com tranquilizantes e analgésicos.

Autoridades argumentaram que variações mais potentes da maconha podiam causar sérios problemas de saúde mental, e o primeiro-ministro chegou a se referir à droga como "letal".

Quando o presidente do grupo de aconselhamento científico de Brown, David Nutt, acusou as autoridades de distorcer as evidências, acabou demitido.

A decisão horrorizou os colegas de Nutt. Cinco outros cientistas demitiram-se em solidariedade, e alguns dos mais importantes cientistas do país assinaram a carta aberta do Sense about Science.


(de http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,perigo-da-maconha-opoe-governo-britanico-a-cientistas,465479,0.htm)