quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O México e as drogas...

Enquanto os conservadores não permitem que  descriminalizem as drogas os traficantes vão aumentando seu poder... Resulta no que aí está. Como no tempo da "lei-seca", (bebidas alcoólicas proibidas nos EUA), quando o Sindicato do Crime e os gangsters se tornaram milionários...

Os maiores consumidores de drogas não são os norte-americanos dos EUA?


México - Olhe o que a polícia encontrou na casa de (mega) narcotraficante!
 
 













 
 




 






 
 

 

Um momento de paciência pode evitar um grande desastre.
Um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida. 

 
 


















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"Aquele que não sabe, e pensa que sabe. Ele é tolo. Evite-o.
Aquele que sabe e não sabe que sabe. Ele está adormecido. Desperte-o.
Aquele que sabe e não admite o que sabe. Ele é humilde .Guie-o.
Aquele que sabe e sabe que sabe. Ele é sabio. Siga-o."
(Bruce Lee)




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Se proibirem o álcool, faço minha cerveja...

...e já que a maconha é proibida... Vejam a solução dos consumidores:


Crise na classe média britânica impulsiona criação doméstica de maconha

DA BBC BRASIL
Traficantes de drogas estão alugando quartos em residências de classe média em bairros de subúrbio nas cidades britânicas, onde instalam pequenas plantações de maconha, já que estas localidades despertam menos suspeitas por parte da polícia.
Mas, a tendência tem se verificado também entre pessoas da classe média, e as razões alegadas vão desde segurança em não precisar se expor no contato com criminosos para adquirir a droga, até a uma forma de tornar o consumo mais barato.
Amy é uma alta executiva da região de Cheshire, no norte da Inglaterra, que também cultiva maconha no sótão de sua casa.
''Perto de onde eu vivo, há uns tipos suspeitos que estão traficando drogas. Mas nas vezes em que foram feitas buscas na casa deles, eu sorria e pensava: 'Vocês estão no lugar errado. Vocês deveriam estar aqui, esta é que é a casa em que as drogas estão', mas ninguém sabe disso'', afirma Amy, que não quis revelar seu nome verdadeiro.
Ela passou a cultivar a planta após um colega de trabalho tê-la ensinado como fazer. Ela vinha comprando a droga para seu companheiro, que sofre de esclerose múltipla, mas não se sentia à vontade em encontrar com traficantes em estacionamentos desertos.
Poucas semanas após ter aprendido a fazer uma colheita de qualidade em sua própria casa, Amy se tornou a mais recente agricultora de luxo do cultivo doméstico de maconha. Agora, ela usa os lucros gerados pelo cultivo com forma de incrementar a sua já considerável renda.
Casos levantados pela BBC sugerem que há diversos casos parecidos com o dela no Reino Unido.
Em uma época em que pessoas relativamente afluentes estão sentindo o peso da crise econômica, a oportunidade de ter um lucro rápido é algo que está se mostrando atraente para a classe média britânica.
'VIDA CONFORTÁVEL'
Amy afirma que o dinheiro livre de impostos ajuda-a a manter um estilo de vida confortável em uma parte do país conhecida por abrigar mansões ostentosas de jogadores de futebol.
''Não foi essa a minha motivação no início. Mas depois percebi quanto dinheiro eu conseguiria fazer com isso se eu levasse a coisa bem mais a sério'', afirma.
Usando jeans de grife e portando óculos escuros sobre a cabeça, Amy parece alguém que estaria mais à vontade em uma estação de esqui do que com traficantes de rua.
Mas, a despeito dos riscos associados ao uso frequente de maconha, ela não se sente pouco à vontade de fazer parte desta longa cadeia de comércio ilegal.
''Não estou forçando ninguém a consumir essas drogas. No final das contas, isso é algo que cabe a cada um. Todo mundo tem acesso à internet, todo mundo tem conhecimento dos efeitos que essas coisas têm, seja de primeira mão ou por ter lido a respeito. Cabe a cada pessoa e, penso eu, em pequenas quantidades, não é nada demais para a maior parte das pessoas'', afirma, com convicção.
Amy afirma que a o equipamento básico para o cultivo hidropônico de maconha custou cerca de 2.000 libras (cerca de R$ 5.500) e foi adquirido facilmente em lojas e pela internet. O cultivo hidropônico é uma técnica que não faz uso do solo, na qual as raízes das plantas recebem um solução contendo água e nutrientes essenciais ao desenvolvimento.
Ela vende drogas para um traficante local e seu lucro é de 5.000 libras (R$ 14 mil) a cada dez semanas, uma recompensa pela qual Amy acredita que justifica o risco de ser presa.
Não que ela ache que vai ser pega. Amy está confiante de que sua origem faz dela alguém acima de suspeitas:
''Vivo em uma casa muito bonita, com um imenso jardim e estou cercada de pessoas em situação semelhante à minha. Casais com filhos, profissionais. Acredito que meus vizinhos ficariam muito chocados se soubessem o que eu faço.''
Para Jas, um traficante da cidade de Wolverhampton, pessoas como Amy são os fornecedores ideais para alguém como ele, porque também acredita que pode evitar com mais facilidade ser rastreado pela polícia do que cultivadores que atuam em regiões mais pobres.
Jas explica que como a criação hidropônica de maconha envolve o uso de luz e de aquecimento, a polícia passou a saber identificar 'fazendas' de grande porte --onde a maconha é cultivada em cada cômodo de uma casa --por meio de helicópteros que sobrevoam as regiões suspeitas com sensores de calor.
É por isso que ele e outros traficantes deixaram de alugar casas inteiras para cultivar maconha e em vez disso estão buscando quartos individuais em bairros de subúrbio.
''De maneira geral, tenho muitos clientes para quem vendo maconha que são de classe média. Se digo para eles que eles podem faturar entre 2 a 3 mil em dez semanas, eles perguntam: 'como?' e eu respondo que 'eu preciso de um quarto emprestado'. A maior parte das pessoas que fazem isso para mim tem empregos. São pessoas genuinamente de bem.''
A polícia da região de West Midlands, na Inglaterra, afirma que o cultivo de maconha ainda é dominado por gangues de traficantes, mas contam já ter se deparado com ocorrências em apartamentos de luxo.
O traficante Jas cita o exemplo de seus forncedores, uma consultor de informática, que cultiva maconha em um quarto vago de sua casa.
''Se você o visse na rua, jamais pensaria que ele teria qualquer envolvimento com algo ilegal. Não creio que ele tenha sido preso ou feito algo errado em toda a sua vida. Ele me passou o contato de algumas outras pessoas que também estão interessadas.''
Frank, que também não quis divulgar seu nome verdadeiro, é outro criador de maconha dos sofisticados subúrbios de cidades britânicas.
Ele perdeu o emprego no ano passado e passou a alugar um quarto para um traficante de maconha de modo a enfrentar a pior fase da recessão. A oferta que ele recebeu foi de 2.000 libras (cerca de R$ 5.500) por entre 8 a 10 semanas.
''Eu precisava do dinheiro na época. Ele (o traficante) era quieto, nunca incomodou ninguém, nunca fazia barulho. A minha mulher sabia disso e tolerou a coisa por seis meses, até que nossas finanças voltaram ao normal. E ele se retirou.''
''Nós estávamos preocupados em sermos pegos, mas, vivendo em uma casa de família, a polícia e os vizinhos não suspeitavam de nada. Eles pensavam que ele só estava vindo à nossa casa para tomar uma xícara de chá.''
Frank admite que se a situação ficar difícil novamente, vai retomar o cultivo de maconha sem hesitar, apesar de ter duas crianças em casa.
Mas a polícia afirma que pessoas como Frank e Amy não devem ser complacentes. ''Há muita ignorância a respeito disso. Proprietários que têm total controle sobre o local em que vivem, ou parte do local e que têm ciência de que atividades criminosas estão sendo realizadas ali não serão tratados de forma branda pelos tribunais. Eles correm o risco de pegar penas de até 14 anos de prisão.''

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Era do Medo... Início em um 11/09.

Sou cristão, mas não tenho religião. Aprendi que o Amor é maior. Mas nos acontecimentos, o ódio venceu... E dominou aqueles que se dizem cristãos... Quem sabe se o são?


11 DE SETEMBRO, 10 ANOS

A era do medo

Por Alberto Dines em 12/09/2011 na edição 659
Reproduzido do Diário de S.Paulo, 11/9/2011, intertítulos do OI

Três aviões tinham alvos definidos – as Torres Gêmeas em Manhattan e o Pentágono, em Washington – o quarto deveria atingir a Casa Branca ou o Capitólio, também na capital americana. O objetivo da operação terrorista, a maior de todos os tempos, era claro: ferir o coração da única super-potência, dona do mundo, exibir a sua vulnerabilidade ante uma nova arma de destruição em massa: o suicídio.
Missão cumprida com 75% de êxito material. Sob o ponto de vista psicológico e moral, triunfo absoluto. Graças à repercussão: sem a maciça cobertura da mídia global a intimidação ficaria restrita, o terror para ser efetivo precisa ser compartilhado.
Duas guerras
Começava um novo capítulo na história das guerras, o da guerra total, sem estados nem fronteiras. A partir de 11 de Setembro de 2001, as guerras passaram a travar-se em painéis e monitores, à distância, sem frentes de combate, sem sangue. Mas também sem inocentes, todos passaram a ser culpados e, por isso, devem pagar.
Impossível saber se Osama bin Laden e o comando da al-Qaida, pretendiam ultrapassar o aspecto estratégico e, além de provocar a desmoralização militar americana com as inevitáveis intervenções terrestres, explorar todas as contradições no campo político, social e econômico.
Quem acompanhou o debate da quarta-feira (7/9) entre os oito pré-candidatos republicanos dispostos a enfrentar Barack Obama em 2012, pôde perceber o poder de destruição do golpe perpetrado pela al-Qaida em 11 de Setembro. Os mais bem situados, Rick Perry, governador do Texas, gabou-se das 234 execuções aprovadas por ele em seus mandatos – um recorde nacional –, enquanto o concorrente Mitt Romney tentava suplantar suas façanhas exibindo garbosamente a plataforma anarco-fascista do Tea Party: Estado Zero, economia livre, mercados sem controle, imigração suspensa, isolacionismo máximo, ciência controlada e o Todo Poderoso nas alturas – pelo rito protestante, diga-se.
A verdade é que uma década depois, as Torres Gêmeas estão sepultadas e os EUA à beira de um abismo aterrador: derrotados militarmente no Afeganistão e Iraque, seus princípios republicanos estão esfrangalhados, sua economia incapacitada de produzir novos milagres e seu trunfo maior – a aura de sonho, o American Dream– seriamente ameaçada por um golpe eleitoral não muito diferente daquele que levou Hitler ao poder em 31 de janeiro de 1933.
Historiadores e analistas da extrema-direita tentam hoje minimizar a devastação provocada pelo 11-S. Não querem associar os trilhões de dólares gastos com as duas guerras iniciadas pela dupla George W. Bush-Dick Cheney com a paralisia financeira dos EUA, nem deter-se na vinculação da crise imobiliária de 2008 com as doutrinas do mercado livre hoje pregadas pelo Tea Party.
Década perdida
Outros presidentes americanos cometeram graves equívocos – John Kennedy inclusive – todos conseguiram algum tipo de reversão, nenhum produziu um conjunto de ações e dogmas fundamentalistas tão espesso e tão abjeto como este do octênio 2001-2009. Somado aos dois anos da satanização de Obama desde a sua posse até hoje, temos uma Década Infame, irremediavelmente perdida.
Apesar de tantos avanços estamos em plena era do medo.///

Bin Laden e Bush...

O Jabor não é muito estimado por certos jornalistas... Mas escreve bem...

Vejam este texto dele no OESP:


Memórias póstumas de Bin Laden

13 de setembro de 2011 | 0h 00
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
"Dedico estes pensamentos ao primeiro peixe que mordeu as frias carnes de meu cadáver, aqui, a 3 mil metros de profundidade neste oceano. Algum tempo hesitei se devia abrir minhas memórias pelo princípio ou pelo fim. Escolhi o fim. Dito isso, expirei no dia 1.º de maio de 2011, baleado na cabeça e no peito por um soldado americano que tremia de emoção por estar à minha frente. Depois, me lavaram, me envolveram num lençol como manda o Islã, e desci suavemente entre águas-vivas fosforescentes e tubarões curiosos, desci bafejado pelas asas de imensas arraias azuis que me rondaram. Agora, no fundo do mar, penso na minha vida e concluo que sou um grande vitorioso. Minha morte foi súbita e quase indolor, ao contrário dos cães infiéis que caíram como frutos podres dos 200 andares do WTC. Sou um vitorioso, tenho orgulho de meus feitos porque poucos influenciaram a história humana como eu. Claro, houve Alexandre, Napoleão, Hitler, mas garanto que, em velocidade, eu sou o recordista: em meia hora, o Ocidente mudou para sempre.
Mas, não foi apenas a queda das torres infiéis; eu tive dois grandes auxiliares, muito melhores que o Muhammad Atta: George W. Bush e Dick Cheney - um imbecil e um demônio. Eles me obedeceram e fizeram tudo que eu queria - se concentraram em duas guerras erradas para roubar petróleo e ganhar prestígio (eu forneci um programa de governo à besta do Bush) e abriram caminho para um gasto de US$ 4 trilhões só nas guerras. Nunca se errou tanto na América.
Depois, arrebentaram as finanças públicas do país e abriram caminho para o verdadeiro golpe importante que eu dei: 15 de setembro de 2008, com a queda da torre do Lehman Brothers... Ali, sim, foi traçado o destino do Ocidente; com o capitalismo desmoralizado, os moleques do mundo financeiro deitaram e rolaram na roubalheira de hipotecas e alavancas e mostraram que são um cassino de papéis abstratos, com dinheiro vendendo dinheiro. Hoje, graças a Alá, o Ocidente está à beira de moratória.
Modestamente (oh, Alá, perdoa meu orgulho!), eu ajudei Wall Street a fazer seu terrorismo de derivativos e índices. Eu sou a musa dos tea parties que continuam a me obedecer sem saber... Aliás, espero que ganhem a eleição para banir aquele negão comunista.
A América achava que chegaria a um futuro de paz e progresso. Ianques idiotas. Nós, islâmicos, já estamos no futuro. Nosso futuro é hoje. Não há passado. Aliás, eu não estou no passado. Nunca estive tão presente como agora. Presente na mídia, presente no medo, no desassossego.
Arrebentei com o tempo ocidental, que "movia" a História. Ilusão. Não há este "tempo" ocidental. Nós, islâmicos, moramos na história imóvel, dentro da verdade incontestável. Eles acham que têm a beleza da democracia; mas nós temos a teocracia. Eles têm a ilusão da liberdade. Nós nem sabemos o que é isso, graças a Alá - Islã é submissão.
Eu acabei com a ideia de "projeto", de "finalidade". O "projeto" agora é procurar bombinhas em aviões, localizar bueiros com bombas e cartas venenosas.
Eu acabei com a insuportável "razão" ocidental, aquela invenção de cães infiéis europeus do século 18.
Acabei também com o conceito de "vitória". Não há mais vitória contra inimigos invisíveis. O homem-bomba não existe - ele se volatiliza em segundos. Sua força está em "não existir". A única arma possível para os miseráveis é o ataque suicida. Eu fiz os miseráveis do meu povo amar a própria miséria, que agora é orgulhosa, vingativa e temida.
Eu trouxe a peste para o Ocidente - agora, a paz será uma ameaça permanente. Eu acabei com o tédio do mundo ocidental, que clamava por um acontecimento que lhes libertasse do fatalismo capitalista. Nada acontecia mais. Tudo era igual, normal, tudo que fosse diferente era sugado pelo buraco negro da pax americana.
Um dos dramas de hoje é que não há mais "fatos". Só expectativas. Havia uma fome de fatos no ar; eu trouxe não apenas a desgraça redentora, mas o "acontecimento". Eu vos brindei com o primeiro acontecimento do século 21.
Alá perdoe meu orgulho, mas criei o primeiro filme catástrofe ao vivo. Eu via aqueles filmes no meu DVD da caverna: Godzilla, Independence Day e pensava: Os americanos têm um reprimido desejo de autodestruição. Viviam destruindo Nova York nos filmes. Que obsessão suicida... As agulhas góticas da cidade pareciam pedir a ruína. O que pode acontecer a prédios de 200 andares, arranhando os céus de Deus? Só a queda. Em Godzilla há uma imagem igual àquela das pessoas fugindo da torre caindo ao fundo. Mas eu, como cinéfilo, rs, rs, eu prefiro Deep Impact.
Impressionou-me como tudo foi fácil. Em 30 minutos eu tinha jogado o mundo de volta à Idade Média, ao século 8.º. E essa viagem no tempo só foi possível pelo meu passado, digamos, "ocidental", pois sou milionário saudita, estudei e pude vencer os americanos; eu sou um triunfo da iniciativa privada.
Eu repeti na prática um ensinamento leninista: "As armas da crítica não podem substituir a crítica das armas".
E mais, vejo que estou muito feliz aqui ao fundo do oceano. Um belo cardume de peixes luminosos me cerca. Creio que adivinham minha grande vitória, pois me fitam com suas lamparinas na cabeça, brilhantes como safiras na água escura, me envolvendo numa nuvem colorida que talvez me leve agora para o céu de Alá... Considero-me um vitorioso. Tão grande é meu triunfo, que mesmo os cães infiéis deviam me agradecer, porque eu trouxe o medo de volta, porque eu trouxe a dúvida, melhor que a certeza burra, agradecer-me porque eu trouxe a pulsão de morte que andava escondida dentro da América, sublimada nos filmes, nos hambúrgueres, na gargalhada infinita do entertainment, na liberdade narcisista, na euforia dos mercados. Deviam me agradecer, porque eu devolvi ao mundo o "legado de nossa miséria"."