sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sacrifícios a Moloque

É. A nova religião, o consumo-capitalismo requer sacrifícios a seus deuses...

Sacrifícios a Moloque

Celso Ming, celso.ming@grupoestado.com.br

Ontem, o sumo sacerdote das finanças mundiais, Ben Bernanke, anunciou que provavelmente alguns carneiros serão sacrificados no altar de Moloque.

Bernanke é o presidente do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve System, o Fed), guardião não só do dólar, mas, também, de todo o sistema financeiro americano do qual os bancos são parte. Nessa tarefa, um banco central tem de supervisionar a atividade dos bancos e oferecer-lhes botes salva-vidas sempre que corram perigo.

Se, lá pelas tantas, alguns bancos acabarem quebrando, como Bernanke avisou ontem, pode-se ter certeza de que a tensão entre o céu e a terra exigirá imolação de algumas vítimas para que o equilíbrio se restabeleça.

Bernanke insinuou que as falências não incluirão bancos grandes: ''''Eles têm caixa suficiente para se manter solventes.'''' Ora, bancos menores exigiriam menos recursos para serem resgatados. Se, ainda assim, não haverá salvação para alguns deles, então parece claro que o problema não é falta de dinheiro. O problema é que não há nem interesse nem disposição do Fed na sobrevivência dessas instituições.

Essa não foi a única revelação de Bernanke no depoimento de ontem no Senado dos Estados Unidos. Ele disse também que a atual crise é mais brava do que foi a recessão de 2001 e deixou claro que o dólar vai se desvalorizar.

A reação imediata do mercado foi a puxada das cotações do euro para US$ 1,520 (alta de 0,6%); da onça-troy de ouro (31,104 gramas) para US$ 971 (alta de 1,6%); e do petróleo para entrega em abril para US$ 102,59 por barril de 159 litros (alta de 3,0%). Enfim, com exceção das ações, quase tudo o que é cotado em dólares subiu de preço, mostrando a quantas anda a desvalorização da moeda americana: dia após dia, cada vez mais dólares são necessários para comprar a mesma coisa.

Ontem, um político perguntou a Bernanke o que aconteceria se os fornecedores da Opep passassem a cotar o petróleo em euros e não mais em dólares, como vêm ameaçando. Bernanke respondeu que não ocorreria nada de especialmente relevante. Seria ''''um fato simbólico'''' e de ''''importância secundária'''', porque os pagamentos continuariam sendo feitos em dólares.

O assunto aí são as funções clássicas da moeda: servir de meio de pagamento; de medida de valor; e de reserva de valor. Bernanke lembra que a função de meio de pagamento continuará preservada, apesar da desvalorização do dólar, talvez porque no momento não haja outra moeda com volume suficiente para desempenhar essa função.

Mas é preciso reconhecer que as outras duas funções do dólar vão sendo progressivamente prejudicadas. A nova demanda global é a de que algumas commodities e os contratos da top model brasileira Gisele Bündchen sejam estipulados em euros e não mais em dólares. Isso mostra que o dólar enfrenta uma crise de confiança tanto na sua função de medir valores como na de preservar valores.

Nada disso é definitivo porque a economia americana continua sendo a potência que é. Mais dia menos dia, essa crise irá embora e o dólar voltará a ser a força que foi.

Mas até lá, sabe-se lá quantos carneiros terão de ser sacrificados ao deus Moloque.


(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080229/not_imp132573,0.php)

Ataques a Obama revelam preconceito contra muçulmanos nos EUA

Lembro-me que logo após os atentados de 11/09 duas brasileiras foram cuspidas por estadounidenses da América do Norte, lá mesmo...
Não é de admirar, pois até a década de 1950 matavam negros e não eram levados a julgamento... Triste a natureza humana...


Ataques a Obama revelam preconceito contra muçulmanos nos EUA

MICHAEL CONLON - REUTERS

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CHICAGO, ESTADOS UNIDOS - A polêmica provocada pela foto de Barack Obama, pré-candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA, vestido com um turbante e uma túnica chama atenção para o profundo sentimento de aversão aos muçulmanos presente na sociedade norte-americana, disseram observadores.

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington, os árabes em geral e os muçulmanos em particular transformaram-se nos vilões número 1 em filmes e programas de TV dos EUA, afirmou Jack Shaheen, autor do livro "Guilty -- Hollywood's Verdict on Arabs After 9/11" (cuja tradução é Culpados -- o veredicto de Hollywood sobre os árabes depois do 11 de setembro).

"Não há equilíbrio nenhum nisso. Isso é algo tão despropositado quanto ver os asiáticos ou os afro-americanos como terroristas", disse.

A polêmica em torno da foto, segundo Shaheen, deve-se ao fato de "ele (Obama) ser negro, sejamos francos", e ao fato de a roupa tradicional que vestiu quando em visita ao Quênia, a terra natal do pai dele, lembrar os trajes usados pelos muçulmanos.

Quando a foto apareceu em um site da Internet, nesta semana, o comitê de campanha de Obama acusou assessores de sua rival nas prévias democratas, Hillary Clinton, de terem cometido o ato "mais vergonhoso e boateiro" da disputa.

Os aliados de Hillary negaram ter divulgado a imagem.

Obama, que é cristão, viu-se atingido por boatos mentirosos afirmando que ele é muçulmano. O nome do meio do pré-candidato --Hussein-- tem sido usado por alguns para ligá-lo ao ditador iraquiano Saddam Hussein, já morto.

"Mas o interessante é que ninguém disse: 'E daí? E se ele fosse muçulmano, qual seria o problema?"', afirmou Shaheen.

Ahmed Rehab, diretor-executivo da Seção de Chicago do Conselho sobre Relações Americano-Islâmicas, disse que o incidente envolvendo a foto enviava uma mensagem desalentadora para um muçulmano criado nos EUA e eventualmente interessado em tornar-se presidente do país.

"O mero boato sobre uma pessoa ser muçulmana --que dirá se for realmente muçulmana-- está sendo usado como instrumento para destruir as aspirações políticas de alguém, o que vai de encontro a tudo que defendo", afirmou Rehab.

"Quando se trata dos muçulmanos, os discursos inflamatórios surgidos neste ano eleitoral variam entre os meramente excludentes aos pura e simplesmente preconceituosos", disse ele, acrescentando que nem Obama e nem qualquer outro pré-candidato manifestou-se de forma apropriada a respeito da atmosfera de rechaço aos muçulmanos.

Novos ataques centrados na religião e na identidade étnica devem surgir se Obama se consolidar na liderança da corrida pela vaga democrata nas eleições presidenciais de novembro.

Nesta semana, o Partido Republicano do Tennessee divulgou um boletim noticioso com a foto de Obama e o título: "Anti-Semitas a favor de Obama".

O artigo, que discorria sobre o suposto apoio recebido pelo pré-candidato de figuras consideradas anti-semitas, transcreveu o nome inteiro dele: "Senador Barack Hussein Obama".


(de http://www.estadao.com.br/geral/not_ger132732,0.htm)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

http://www.biodiversidadla.org/content/view/full/38906

Alguém fez justiça com as próprias mãos... Se a moda pega!

Militar argentino acusado de roubar bebês aparece morto

Paúl Navone falaria na Justiça nos próximos dias sobre os crimes cometidos durante a ditadura
REUTERS

BUENOS AIRES - Um militar argentino reformado acusado de roubar bebês de prisioneiros políticos durante a última ditadura apareceu morto com um tiro na cabeça, informou nesta terça-feira, 26, uma fonte oficial. Paúl Navone era acusado de ter participado do roubo de alguns recém-nascidos de uma maternidade clandestina que funcionava dentro de um hospital militar na cidade de Paraná, na província de Entre Ríos. Dentro de alguns dias, ele prestaria depoimento à Justiça.

Navone é o segundo militar acusado de crimes contra a humanidade que aparece morto desde dezembro, num momento em que a Justiça avança na reabertura de investigações sobre as causas de crimes cometidos durante a ditaduta (1976-1983), quando, segundo denúncias, desapareceram 30 mil pessoas.

A pessoa morta "é Paúl Navone e a causa da morte seria um tiro na cabeça. Estamos investigando como aconteceu para determinar se foi homicídio ou suicídio", disse ao canal de notícias TN a advogada Marina Barbagelata. "Esse repressor havia sido convocado pela juíza federal de Paraná para prestar depoimento. Ele era acusado de ter participado do sequestro destes menores logo após o nascimento, entre fevereiro e março de 1978", acrescentou.

No dia 10 de dezembro, o ex-repressor Héctor Febres, que estava detido acusado de privação ilegítima da liberdade durante a ditadura, apareceu morto em sua cela quatro dias antes de a Justiça anunciar sua sentença. Inicialmente acreditava-se em suicídio, mas depois se soube que ele morreu por ter ingerido cianureto após ter dito a familiares que pensava declarar e dizer tudo o que tinha feito e visto. Segundo a juíza da causa, ele teria sido assassinado para que não falasse.

No caso de Navone, "é altamente provável que existam pessoas que poderiam ver-se ameaçadas frente a uma declaração de Navone", segundo a advogada.

Os bebês que nasceram na maternidade clandestina do Paraná ainda não foram encontrados por organismos de direitos humanos, como as Avós da Praça de Maio, que se dedicam a procurá-los.

(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int130817,0.htm)

Brasil: quem mantém Stephanes?

Ouvi-o falando hoje cedo no rádio. Não gostei!

Brasil: quem mantém Stephanes?

Se no Brasil valessem os princípios republicanos e não as conveniências políticas, o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estaria procurando emprego novo há muito tempo. Ele tem sido pródigo em omitir-se nas suas atribuições legais e chegou até a causar constrangimento internacional a Lula, quando defendeu a plantação de cana na Amazônia

Tantas foram as lambanças de Stephanes na Agricultura, que é o caso de perguntar: o que ele ainda continua fazendo lá? Quais forças políticas o mantêm em um dos Ministérios que mais geram caixa para o governo federal, tomando decisões que influenciarão a agricultura brasileira por décadas?

A mais recente trapalhada veio à tona na semana passada, em audiência que a Comissão de Agricultura do Senado convocou para o Ministro explicar as razões do boicote da UniãoEuropéia (UE) à carne brasileira.

Ele admitiu que “o Brasil chegou a exportar carne bovina não-rastreada para a Europa, em decorrência das falhas no processo de acompanhamento de bovinos e na certificação de produtos exportados para o bloco” (O Globo, 14/02). Resultado: a UE suspendeu as importações de carne bovina brasileira causando, segundo o próprio Stephanes, prejuízo diário de 5 milhões de dólares ao País.

Na segunda (18), o Valor Econômico publicou denúncia da ong Contas Abertas mostrando que o sistema de rastreamento do gado bovino (Sisbov) do Ministério da Agricultura “gastou só 27,6% dos R$ 1,95 milhão disponíveis para os cinco principais programas de certificação da origem e movimentação de insumos e produtos agropecuários”

À noite, a Globonews mostrou que há quase um ano a representação diplomática do Brasil em Genebra já havia alertado a Agricultura sobre as cobranças da UE e as ameaças de suspender a compra de carne brasileira.

As trapalhadas de Stephanes começaram em setembro passado, quando o Ministro estimulou a plantação de cana na Amazônia para produção de álcool – algo prontamente negado pelo próprio presidente da República, que se esforça para vender mundialmente o álcool brasileiro como o combustível verde que substituiria o petróleo. O mais grave, entretanto, ainda estava por vir.

Stephanese seu colega da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, admitiram (FSP, 29/01) que, sem autorização legal, produtores rurais já plantam variedades de milho geneticamente modificadas em lavouras clandestinas.

"Isso está acontecendo principalmente no Sul e no Centro-Oeste, já existem plantações com sementes contrabandeadas",disse Rezende. “Principal aliado de Rezende no debate dos transgênicos, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, confirma que o milho vai pelo mesmo caminho das duas únicas variedades de soja e algodão geneticamente modificadas, cuja comercialização é autorizada do país: elas foram liberadas apenas depois de constatado o cultivo ilegal. "Não obstante toda a fiscalização, acontece o contrabando", confessou Stephanes.

Nesse caso, houve clara intenção de vincular uma situação de fato – a contaminação da safra brasileira pela inação do Ministério - com uma medida legal, que seria tomada mais tarde: a legalização do milho geneticamente modificado das empresas Bayer e Monsanto.

Na terça (12/02), ele – em conjunto com Rezende e outros cinco ministros-, votou no Conselho Nacional de Biossegurança, composto por 11membros, pela aprovação do milho geneticamente modificado das duas empresas no Brasil. O voto de Stephanes, que relatou o processo, desconheceu a análise técnica do Ibama e da Anvisa. As agências argumentam que não existem estudos que atestem a inocuidade de commodities agrícolas transgênicas tanto para o meio ambiente quanto para o consumo humano.

Isso é particularmente grave para um país “megadiverso”, como o Brasil, que possui 12% da diversidade biológica conhecida no planeta, e que exatamente por isso carece de precaução para evitar contaminações em grande escala (como já aconteceu no México). Ambientalistas também chamam a atenção para outro dado.

“OBrasil é centro de diversidade genética do milho.Apenas no Centro-Sul do Paraná já foram identificadas 145 variedades de milho. Essa diversidade é incompatível com o monopólio dos transgênicos e desempenha papel fundamental na segurança alimentar, geração de renda e autonomia tecnológica de milhares de famílias”, chama a atenção a Assessoria a Projetos em Agricultura Alternativa (As-PTA).

Stephanes tem enorme capacidade de errar, sem receber qualquer sanção mais séria. De fato, sua permanência no cargo está envolta em mistério.

Carlos Tautz, jornalista

O Globo Online, Brasil, 20-02-08

(de http://www.biodiversidadla.org/content/view/full/38906)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Bradesco é condenado a indenizar empresa em R$ 2 mi

Muito bem! Assino embaixo:
"... está dentro das atribuições do banco zelar pela conta de seus clientes e não apenas lucrar com o dinheiro destes".


Bradesco é condenado a indenizar empresa em R$ 2 mi
Da AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O Bradesco foi condenado a pagar uma indenização de R$ 2.285.541,31 por danos materiais e R$ 100.000,00 por danos morais à Lopes Filho e Associados Consultores de Investimentos. Segundo a juíza Georgia Vasconcellos da Cruz, da 49ª Vara Cível do Rio de Janeiro, autora da sentença, o banco não impediu desvios de cheques feitos por um correntista, empregado do escritório.

O correntista endossava, falsificando a assinatura do diretor da empresa, vários cheques de clientes e fazia os depósitos em sua conta pessoal. O desvio foi descoberto por uma funcionária recém-contratada pelo banco Bradesco, que estranhou o grande número de cheques depositados na conta de José Manoel e contactou a empresa.

"O funcionário que falsificava as assinaturas do diretor da empresa era correntista do réu e o referido diretor também possuía conta na mesma agência, bem como a empresa autora. Desse modo, detinha o réu total possibilidade de conferir os endossos feitos porque o endossante era titular de conta na agência. É de se ressaltar que está dentro das atribuições do banco zelar pela conta de seus clientes e não apenas lucrar com o dinheiro destes", afirmou a juíza na sentença.

(de http://www.estadao.com.br/economia/not_eco130250,0.htm)

Guerra do Iraque "custa mais de US$ 3 trilhões", diz prêmio Nobel

A Guerra dos Três Trilhões de dólares. A Guerra que vai acabar com os EUA!

Guerra do Iraque "custa mais de US$ 3 trilhões", diz prêmio Nobel
da BBC Brasil

A Guerra do Iraque poderá custar aos contribuintes americanos mais de US$ 3 trilhões (cerca de R$ 5,1 trilhões), segundo o prêmio Nobel de economia Joseph Stiglitz.

No livro "A guerra de US$ 3 trilhões - O custo real do conflito no Iraque" (em tradução livre), a ser lançado nesta semana, Stiglitz e a co-autora Linda J. Bilmes investigam os números por trás da guerra e os prejuízos para a sociedade.

"Quando fomos à guerra, o governo Bush disse que iria custar entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões. Na época, um economista da Casa Branca [Larry Lindsey], disse que o custo poderia chegar a US$ 200 bi. Ele foi demitido e sua declaração considerada bobagem. O custo estimado hoje é que exceda US$ 3 trilhões", disse Stiglitz, em entrevista à BBC.

Para dar a dimensão deste custo, Stiglitz explica que apenas um sexto da quantia seria suficiente para, por exemplo, resolver todos os problemas de seguridade social nos Estados Unidos pelos próximos 50 a 75 anos.

"Atualmente os EUA dão US$ 5 bilhões de ajuda à África por ano. Isso representa 10 dias de guerra no Iraque. Se incluirmos os outros custos, seriam 7 a 8 dias. Isso contra um ano de ajuda à África."

"Pelo custo de duas semanas de guerra, poderíamos acabar com o analfabetismo no mundo", estima Stiglitz.

Conflitos anteriores

O livro ainda compara este conflito com outros, anteriores, em que os EUA estiveram envolvidos.

"Esta é a segunda maior guerra dos EUA, depois do Vietnã, e a segunda maior em custos, depois da 2ª Guerra Mundial. Mas quando vimos o custo por soldado, este é ainda maior no Iraque."

Segundo o economista, o custo de cada soldado na 2ª Guerra, em que 16,3 milhões de soldados americanos lutaram por quatro anos, foi de menos de US$ 100 mil (em valores ajustados para 2007), enquanto que a guerra do Iraque vem custando US$ 400 mil por soldado.

Stiglitz explica que, nesta guerra, uma das diferenças que contribui para o aumento do custo é que, normalmente, o número de soldados feridos em uma guerra corresponde a duas vezes o número de mortos, mas nesta guerra, segundo o economista, o número de feridos chega a 15 para cada soldado morto.

Muitos desses ferimentos são problemas que os EUA terão que bancar pelos próximos 50 anos, e isso acrescenta ao custo da guerra, diz Stiglitz.

"Uma das razões para escrever o livro é uma tentativa de mostrar o que está acontecendo", disse o economista à BBC.

"A devastação é grande", afirma. "Em uma em cada cinco famílias com um soldado deficiente, uma pessoa terá que pedir demissão do emprego para cuidar dele", diz.

Desaquecimento econômico

Para o Nobel de economia, a Guerra do Iraque também tem participação no desaquecimento da economia americana e na possível recessão.

Segundo Stiglitz, o custo da guerra é muito alto e, para "esconder" esse custo, o governo americano relaxou as políticas de monitoramento e regulamentação, estimulando uma bolha de consumo, principalmente no mercado imobiliário.

"Estávamos com dinheiro emprestado, comprando tempo, e este tempo agora acabou. Estamos agora diante de uma desaceleração da economia e, possivelmente, uma recessão."

"A guerra também fez com que o preço do petróleo aumentasse muito. Isso é dinheiro jogado pelo ralo. Esse foi um dos grandes problemas dessa guerra para a economia. Antes da guerra, o preço era de US$ 23 a US$ 25 o barril de petróleo, e as bolsas de futuro acreditavam que a cotação permaneceria estável pela próxima década. Agora o preço do barril chega a US$ 100 - principalmente por causa das incertezas provocadas pela guerra."

Ao responder se os americanos teriam uma atitude diferente em reação à guerra se soubessem o custo de antemão, Stiglitz acredita que a resposta é sim.

"Se soubessem que teriam que pagar uma conta de US$ 3 trilhões com um resultado incerto --talvez haja paz no Oriente Médio, mas talvez não-- eles diriam: 'Será que não podemos pensar num modo melhor de fazer isso?'."


(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u375678.shtml)

'Custo de 14 dias no Iraque poderia acabar com analfabetismo'

Esta guerra, além de ter sido baseada em mentiras, é uma prova de burrice! Vejam só:


'Custo de 14 dias no Iraque poderia acabar com analfabetismo'

Nobel de economia diz em livro que os EUA já gastaram mais de US$ 3 trilhões com o conflito
BBC Brasil

BAGDÁ - A guerra do Iraque poderá custar aos contribuintes americanos mais de US$ 3 trilhões (cerca de R$ 5,1 trilhões), segundo o prêmio Nobel de economia Joseph Stiglitz. No livro A guerra de US$ 3 trilhões - O custo real do conflito no Iraque (em tradução livre), a ser lançado nesta semana, Stiglitz e a co-autora Linda J. Bilmes investigam os números por trás da guerra e os prejuízos para a sociedade. A obra aponta ainda que o custo de duas semanas do conflito no Iraque poderia acabar com o analfabestismo no mundo.

"Quando fomos à guerra, o governo Bush disse que iria custar entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bi. Na época, um economista da Casa Branca (Larry Lindsey), disse que o custo poderia chegar a US$ 200 bi. Ele foi demitido e sua declaração considerada "bobagem". O custo estimado hoje é que exceda US$ 3 trilhões", disse Stiglitz em entrevista à BBC.

Para dar a dimensão deste custo, Stiglitz explica que apenas um sexto da quantia seria suficiente para, por exemplo, resolver todos os problemas de seguridade social nos Estados Unidos pelos próximos 50 a 75 anos.

"Atualmente os Estados Unidos dão US$ 5 bilhões de ajuda à África por ano. Isso representa 10 dias de guerra no Iraque. Se incluirmos os outros custos seriam 7 a 8 dias. Isso contra um ano de ajuda à África." "Pelo custo de duas semanas de guerra, poderíamos acabar com o analfabetismo no mundo", estima Stiglitz.

Conflitos anteriores
O livro ainda compara este conflito com outros, anteriores, em que os Estados Unidos estiveram envolvidos. "Esta é a segunda maior guerra dos Estados Unidos, depois do Vietnã, e a segunda maior em custos, depois da 2ª Guerra Mundial. Mas quando vimos o custo por soldado, este é ainda maior no Iraque."

Segundo o economista, o custo de cada soldado na 2ª Guerra, em que 16,3 milhões de soldados americanos lutaram por quatro anos, foi de menos de US$ 100 mil (em valores ajustados para 2007), enquanto que a guerra do Iraque vem custando US$ 400 mil por soldado.

Stiglitz explica que, nesta guerra, uma das diferenças que contribui para o aumento do custo é que, normalmente, o número de soldados feridos em uma guerra corresponde a duas vezes o número de mortos, mas nesta guerra, segundo o economista, o número de feridos chega a 15 para cada soldado morto.

Muitos desses ferimentos são problemas que os Estados Unidos terão que bancar pelos próximos 50 anos, e isso acrescenta ao custo da guerra, diz Stiglitz. "Uma das razões para escrever o livro é uma tentativa de mostrar o que está acontecendo", disse o economista à BBC.

"A devastação é grande", afirma. "Em uma em cada cinco famílias com um soldado deficiente, uma pessoa terá que pedir demissão do emprego para cuidar dele", diz.

Desaquecimento econômico
Para o Nobel de economia, a guerra do Iraque também tem participação no desaquecimento da economia americana e na possível recessão.

Segundo Stiglitz, o custo da guerra é muito alto e, para "esconder" esse custo, o governo americano relaxou as políticas de monitoramento e regulamentação, estimulando uma bolha de consumo, principalmente no mercado imobiliário.

"Estávamos com dinheiro emprestado, comprando tempo, e este tempo agora acabou. Estamos agora diante de uma desaceleração da economia e, possivelmente, uma recessão."

"A guerra também fez com que o preço do petróleo aumentasse muito. Isso é dinheiro jogado pelo ralo. Esse foi um dos grandes problemas dessa guerra para a economia. Antes da guerra, o preço era de US$ 23 a US$ 25 o barril de petróleo, e as bolsas de futuro acreditavam que a cotação permaneceria estável pela próxima década. Agora o preço do barril chega a US$ 100 - principalmente por causa das incertezas provocadas pela guerra."
Ao responder se os americanos teriam uma atitude diferente em reação à guerra se soubessem o custo de antemão, Stiglitz acredita que a resposta é sim. "Se soubessem que teriam que pagar uma conta de US$ 3 trilhões com um resultado incerto - talvez haja paz no Oriente Médio, mas talvez não - eles diriam: 'Será que não podemos pensar num modo melhor de fazer isso?'."


(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int130142,0.htm)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

China teme destroços de satélite e decreta estado de alerta

OS EUA pensam ser donos do universo... Mas logo logo eles terão que se render à China! :-)

China teme destroços de satélite e decreta estado de alerta

Governo chinês acompanha de perto a missão americana e pediu que os EUA informem os fatos relevantes

Agência Estado e Associated Press

PEQUIM - Por causa da possível queda de destroços do míssil espião americano em seu território, a China anunciou nesta quinta-feira, 21, que está em estado de alerta.

Pequim solicitou com urgência que Washington divulgue informações sobre a ação. O pedido do Ministério do Exterior chinês foi feito várias horas depois de o Pentágono ter divulgado que um míssil, disparado por um navio de guerra, destruiu, acima do Oceano Pacífico, um satélite espião dos EUA fora de uso e potencialmente perigoso.

"A China acompanha de perto a ação americana que pode causar danos à segurança do espaço exterior e aos países que possam ser afetados", disse o porta-voz do ministério, Liu Jianchao, durante coletiva de imprensa. "A China requisita que os EUA cumpram sua obrigação e forneçam, o mais rápido possível, as informações necessárias para que a comunidade internacional possa tomar precauções".
(de http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid128206,0.htm)

Sal estimula obesidade em crianças, diz pesquisa

Bem que fizeram em proibir os "salgadinhos" nas escolas públicas de Florianópolis! Isto deveria se estender a todas as escolas do Brasil!
O que mais vejo é crianças (e adultos) comendo salgadinhos e bebendo refrigerante! Muitos já obesos!
Vejam:

Sal estimula obesidade em crianças, diz pesquisa

O consumo elevado de sal poderia aumentar o consumo de bebidas adoçadas.
Da BBC Brasil - BBC

- Dietas ricas em sal podem ser a chave para explicar a obesidade em algumas crianças, segundo uma pesquisa da Universidade de Londres divulgada na revista especializada Hypertension.

Em um estudo com dados de 1.600 crianças, os pesquisadores concluíram que aquelas que têm uma dieta alta em sal têm tendência a beber mais líquido, inclusive refrigerantes e refrescos adoçados com açúcar.

Segundo os cientistas, ao cortar pela metade o consumo diário médio de sal de 6 gramas por dia, as crianças estariam cortando 250 calorias de sua dieta semanal.

Os pesquisadores pediram à indústria que reduza a quantidade de sal dos alimentos.

Uma em cada cinco crianças na Grã-Bretanha está acima do peso e teme-se que isso contribua para o aumento da tendência de obesidade, doenças cardíacas e derrames na fase adulta.

Consumir produtos ricos em sal tende a provocar sede nas pessoas e estudos anteriores já demonstraram que, em adultos, uma dieta rica em sal aumenta o consumo de refrigerantes e refrescos adoçados.

Este é o primeiro estudo a identificar o mesmo efeito em crianças.

Primeiro entre as crianças

A equipe do hospital universitário St George's avaliou dados da Pesquisa Nacional de Dieta e Nutrição conduzida em 1997 e usou uma amostra de 1.600 crianças, entre quatro e 18 anos de idade, que tiveram o consumo diário de sal e líquidos medidos com precisão.

A equipe concluiu que as crianças que comiam menos sal bebiam menos líquidos, e estimou que o corte de um grama de sal da dieta diária equivale à redução de 100 gramas no consumo diário de líquidos.

Aproximadamente um quarto dessas 100 gramas corresponderia à bebidas adoçadas, segundo previsão dos cientistas.

Os pesquisadores estimam que se as crianças cortarem o consumo diário de sal pela metade - uma redução média de três gramas por dia - haveria uma redução de cerca de dois copos de bebida adoçada por semana, por criança.

Isso, por sua vez, diminuiria o consumo semanal de calorias em quase 250 calorias.

Os pesquisadores aconselham os pais a checar a quantidade de sal na embalagem de alimentos infantis para encontrar formas de reduzir este consumo.

Segundo a equipe, reduções de 10% a 20% da quantidade de sal são imperceptíveis pelos receptores gustativos humanos.

Graham McGregor, um dos autores do estudo e presidente da Ação de Consenso sobre Sal e Saúde, disse que enquanto alguns fabricantes já agiram para reduzir os níveis de sal em pães e cereais - as principais fontes de sal para crianças - ainda há muito a ser feito pela indústria.

Segundo o médico, muitos dos alimentos processados destinados às crianças são salgados em nome do sabor.

"O nível de sal desses produtos chega a quase o mesmo nível que a água do mar."

Pedido de rótulo

Myron Weinberger, do Centro Médico da Universidade de Indiana disse que a redução do consumo de sal e bebidas açucaradas entre as crianças, combinados ao aumento das atividades físicas, poderiam ajudar a diminuir "a calamidade da doença cardiovascular" na sociedade ocidental.

Um porta-voz da British Heart Foundation disse que a melhor rotulagem de alimentos ajudaria os pais a escolher alimentos mais saudáveis para suas famílias.

"Quando as crianças consomem alimentos salgados regularmente com bebidas adoçadas e calóricas, isso pode representar problemas duplos para o futuro da saúde de seus corações."

"Esse relatório é mais uma prova de que as crianças têm que receber apoio para fazer escolhas saudáveis em termos de alimentos e evitar serem obesas ou aumentar sua pressão sangüínea." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
(via http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid128192,0.htm)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Governo cria projeto para banir fumódromos e aumentar impostos sobre cigarros

Isso! Sobretaxem! Pelo menos para pagar as despesas do INSS...

Governo cria projeto para banir fumódromos e aumentar impostos sobre cigarros
Publicidade
da Folha Online (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u373950.shtml)

O Ministério da Saúde anunciou mais uma ofensiva contra o hábito de fumar no país. O ministro José Gomes Temporão informou que um projeto para banir os fumódromos em todo país será enviado ao Congresso Nacional até o final do mês. Além de acabar com os espaços para fumantes, o governo pretende criar uma nova taxa sobre os produtos derivados do tabaco, como uma medida para inibir o seu consumo.

De acordo com o órgão, um texto com alterações no artigo 2º da lei 9.294 de 1996 foi enviado à Casa Civil, que deve fazer adaptações ao conteúdo e enviar ao Congresso sob regime de urgência.

O artigo prevê que "é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente".

O projeto de lei que será enviado ao Legislativo tem como objetivo modificar o artigo, retirando a menção sobre as áreas destinadas para os fumantes. Com isso, a única área coletiva destinada aos fumantes será a rua, de acordo com o ministério.

"Acabaram-se os fumódromos, ou algo mais frágil, como a separação nos restaurantes de um conjunto de mesas para quem fuma e outras para quem não fuma", afirmou o ministro durante uma entrevista à TV Senado nesta segunda-feira (18).

De acordo com o ministério, a fumaça que sai da ponta do cigarro contém, em média, o triplo de nicotina e monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

Pesquisas nacionais e internacionais apontam que as pessoas que absorvem a fumaça do cigarro, chamadas de fumantes passivos, têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e 30% mais chances de ter câncer de pulmão, segundo o órgão. Além disso, têm mais propensão à asma, redução da capacidade respiratória, 24% a mais de chances de infarto do miocárdio e maior risco de aterosclerose.

"Em locais públicos, quando há alguém fumando, todas as pessoas que estão ali dentro, empregados, garçons, cozinheiros, maitres e freqüentadores estão fumando. Não há consumo seguro em nenhum nível para o cigarro", disse Temporão.

O ministro afirmou que países como a França, Irlanda e Itália também proibiram recentemente o fumo em locais públicos e coletivos.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), mais de 250 mil mortes anuais, no Brasil, estão associadas ao fumo.

Bolso

Temporão também anunciou que o governo quer aumentar das taxas que incidem sobre os produtos do tabaco. O assunto já foi tratado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, o ministro afirmou que a discussão sobre uma nova taxa deve levar mais tempo que o projeto que pretende alterar a lei.

"O cigarro brasileiro é um dos mais baratos do mundo. Você consegue comprar um maço por R$ 2. Há uma discussão dentro do governo para aumentar o preço desse produto. Não só para reduzir o consumo, mas também para garantir que uma receita adicional devida para ações de prevenção e tratamento das doenças relacionadas", disse o ministro.

Segundo o Inca, o custo para a saúde pública do tratamento dos problemas causados pelo hábito de fumar é duas vezes maior do que a arrecadação em tributos dos cigarros.

Reação

O presidente do Sindhobar (Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) de Brasília, Clayton Faria Machado, afirmou que a categoria está se mobilizando para evitar que a lei seja modificada e os fumódromos extintos.

"Já está sob controle [o fumo em estabelecimentos] devido ao comportamento dos clientes, dos usuários. As empresas cumprem legislação, nós nos adequamos, investimos com tecnologia. Entendemos que é mais uma vez o governo querendo mexer em uma situação já resolvida", afirmou Machado.

Para o presidente do Sindhobar, caso as áreas para fumantes sejam extintas, inicialmente, o setor deve ter uma diminuição de 30% do público que freqüenta bares e restaurantes durante o dia, e de 40% daqueles que freqüentam estabelecimentos à noite, como as danceterias.

"Cada vez queremos guardar os direitos dos não fumantes e fumantes. Precisamos respeitar o direito de escolha das pessoas. Nós buscamos que os fumantes não fiquem à margem da legislação e que possam ter seu direito de fumar e, para os não fumantes, ambientes livres da fumaça", disse o presidente do sindicato.

Em Brasília, o Sindhobar engloba cerca de 10 mil estabelecimentos, com 100 mil empregos diretos e uma estimativa de ao menos 500 mil trabalhadores empregados indiretamente.

Irã ocupa espaço dos EUA em país da América do Sul

O que os EUA deveriam ter feito após os atentados de 11/09? Ir à guerra, como fizeram, aumentando o ódio? Não! Deveriam, mais do que nunca, ter distribuído amor pelo mundo! Ajuda humanitária, comida, escolas... Deveriam ter retribuído o mal com o bem!
Mas não! Retribuiram o mal com um mal maior ainda! Quantos iraquianos já morreram após a invasão baseada em mentiras? E quantos pobres soldados estadunidenses?
Pois vejam:

Irã instalará canal de TV para toda a América Latina na Bolívia

Porta-voz presidencial diz que Evo já havia discutido o assunto com o presidente do Irã no ano passado

Agência Estado e Associated Press
LA PAZ - O presidente boliviano Evo Morales anunciou nesta terça-feira, 19, durante uma reunião de produtores de coca da região do Chapare, que o Irã planeja abrir um canal de televisão "para toda a América Latina" e o instalará na Bolívia.

O líder boliviano, que na segunda, 18, foi reeleito presidente do maior sindicato de cocaleiros do país pelos produtores de Chapare, não entrou em detalhes sobre a possível programação do canal.

Durante o encontro em Cochabamba, Evo declarou apenas que a estação será destinada "a toda a Bolívia, a toda a América Latina, reconhecendo a grande luta desse movimento camponês".

Mais tarde, Alex Contreras, porta-voz presidencial, afirmou que Evo já havia conversado sobre o assunto com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante uma visita do iraniano à Bolívia no ano passado e comentou que o canal ainda se encontra em fase de planejamento.

Durante a visita no ano passado, Ahmadinejad prometeu investimentos iranianos no valor de US$ 1 bilhão na Bolívia, especialmente no desenvolvimento da indústria de gás e petróleo e na melhora da infra-estrutura do país sul-americano.
(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int127111,0.htm)

Especialistas em segurança nacional criticam legado de Bush no Iraque

Que feio! Provou-se que ele (o sr George W. Bush) é um mentiroso! Vejam em http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u366093.shtml

E agora mais isto:
(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u366715.shtml)
Especialistas em segurança nacional criticam legado de Bush no Iraque
da Efe, em Washington

A guerra do Iraque fortaleceu a rede terrorista Al Qaeda e teve impacto negativo no combate ao terrorismo, na economia e na política externa dos Estados Unidos, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela Rede de Segurança Nacional (NSN), grupo de estudos dedicado a "desenvolver soluções em segurança nacional".

A análise da NSN foi divulgada quatro dias antes de o presidente dos EUA, George W. Bush, pronunciar o último discurso de seu atual mandato sobre o "Estado da União" ao Congresso. Na ocasião, o líder tentará destacar seu legado na luta contra o terrorismo.

O relatório da NSN foi elaborado por um grupo de especialistas em matéria de segurança nacional com afinidade ao Partido Democrata e se baseia tanto em dados oficiais como em notícias de jornais para detalhar o que considera um fracasso da política de Bush no Iraque.

Entre outras queixas, o relatório assinala que o conflito no país árabe, onde já morreram mais de 3.900 soldados americanos, custou aos cofres públicos dos EUA mais de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 1,81 trilhão), sem uma melhora previsível na situação vivida pelos iraquianos.

O grupo de especialistas também assegura que o conflito no Iraque deixou os EUA "sem uma bússola estratégica" em lugares como Afeganistão, Paquistão, a América Latina e a África.

O relatório da NSN resume os desafios enfrentados pelo governo Bush na arena internacional, mas não faz recomendações sobre como resolvê-los.

Estudo revela que guerra do Iraque se baseou em declarações falsas

de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u366093.shtml

Será que ele não sabia? Então sr. George W. Bush é um mentiroso! Leiam: "o presidente George W. Bush e altas autoridades do governo emitiram centenas de declarações falsas sobre a ameaça do Iraque à segurança dos EUA nos dois anos que se seguiram aos ataques terroristas de 11/9.'
Mentiroso e incompetente, tentou desviar a atenção da população para um alvo falso. Usou o Iraque como bode expiatório. E quanto aos verdadeiros responsáveis pelo ataque de 11/09?? Onde estão???

Estudo revela que guerra do Iraque se baseou em declarações falsas
da Folha Online
Um estudo de duas organizações jornalísticas sem fins lucrativos afirma que o presidente George W. Bush e altas autoridades do governo emitiram centenas de declarações falsas sobre a ameaça do Iraque à segurança dos EUA nos dois anos que se seguiram aos ataques terroristas de 11/9.

O estudo concluiu que os relatórios "faziam parte de uma campanha organizada que direcionou efetivamente a opinião pública e, no processo, empurrou o país para uma guerra com decididas falsas pretensões".

O resultado da análise das organizações foi publicado no site do Centro da Integridade Pública, que trabalhou em parceria com o Fundo para a Independência do Jornalismo.

O porta-voz da Casa Branca Scott Stanzel afirmou que não comentará o estudo porque não o viu.

O trabalho das organizações reuniu 935 declarações falsas --em pronunciamentos, relatórios, entrevistas e outros meios-- divulgadas durante dois anos. Estas declarações foram compiladas em um banco de dados a partir de 11 de setembro de 2001.

A análise mostrou que Bush e seus secretários e membros do governo mentiram deliberadamente sobre as suspeitas de que o Iraque produzia ou detinha armas de destruição em massa.

"Agora é incontestável que o Iraque não possui nenhuma arma de destruição em massa", afirmou Charles Lewis e Mark Reading-Smith, do Fundo para a Independência do Jornalismo.

"Em outras palavras, o governo Bush levou a nação à guerra baseado em informações equivocadas propagadas metodicamente e que culminaram em uma operação militar contra o Iraque em março de 2003.

O estudo revela o nome de altos membros do governo envolvidos nas mentiras. Entre eles figuram o vice-presidente Dick Cheney, Condoleezza Rice (secretária de Estado), Donald Rumsfeld (ex-secretário de Defesa), Colin Powell (ex-secretário de Estado), Paul Wolfowitx (ex-vice-secretário de Defesa), e outros.

"O efeito cumulativo das mentiras foi massiva", dizem os autores na apresentação do estudo. Segundo ele, a mídia reconheceu que durante os meses anteriores à guerra adotou uma atitude condescendente e sem críticas em relação ao governo.

Desde a invasão do país, em 2003, a onda de violência na qual o Iraque está imerso causou a morte de 151 mil pessoas, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Pesquisa da entidade mostra que no primeiro ano da invasão, 128 iraquianos morreram diariamente de maneira violenta; no segundo ano, o número caiu para 115, ao tempo que no terceiro voltou a subir, para 126, com mais da metade das mortes ocorridas em Bagdá.

Com Associated Press

ISTO TEM DE ACABAR: 3 VARIAÇÕES MALDITAS SOBRE O MESMO TEMA

O texto que recebi do prof. Sérgio. Grande clareza de raciocínio. É isso aí.
Nos meus tempos de radical idealista, há cerca de 30 anos, eu defendia que a lata dos automóveis fosse derretida para fabricar com este ferro TRILHOS, para transporte COLETIVO. Transporte PARA TODOS, a TODA HORA, COM CONFORTO!
Hoje há mais fatores em jogo: a orgia do consumo e combustíveis fósseis privilegiando o transporte individual... O transporte coletivo cada vez mais a serviço dos empresários que enriquecem em cima do sofrimento dos passageiros usuários...
Muito bem. Assino embaixo. A hipocrisia reina também no tocante às drogas. O fumo e o álcool são vendidos e dão lucros exorbitantes e possibilitam a arrecadação de fortunas em impostos... Já a maconha e a cocaína são proibidas, agigantando o poder na mão dos traficantes, como no tempo da lei seca, quando poderosos se tornaram os traficantes de bebidas alcoólicas e surgiram os gângsteres de Chicago ...

----- Original Message -----
From: Sérgio Borja

A POLÍTICA DE TRÂNSITO E A HIPOCRISIA ESTATAL E SOCIAL



Despertou imensa polêmica jurídica, sociológica e médica a proposta do Ministro da Justiça, Tarso Genro, no sentido do confisco do veículo automotor do motorista reincidente em acidentes com morte. A indignação não é só do Ministro, mas também da Sociedade Civil, estupefatos com o incremento dos índices estatísticos do número de acidentes, mortos e feridos, no cotejo dos índices dos anos 2007 frente 2006.

No entanto é de se lembrar não só ao Ministro Tarso Genro mas a nossa Sociedade Civil, nas suas santas e benditas indignações, que este, entre outros é mais um dos graves casos da hipocrisia patológica que congraça o manto das dissimulações próprias da natureza humana. O espécime humano foi bem retratado pelo escritor Robert Louis Stevenson, quando publicou a novela intitulada “O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde”. Ali o escritor esboçou, com ironia, a ambigüidade da natureza humana que oscila psicopatologicamente entre o bem e o mal num processo bipolar. Os pólos desta mesma natureza humana se complementam e criam a imensa teia da ilusão humana que se retrata na expressão popular: “Me engana que eu gosto!” Explico: O remédio preconizado pelo Ministro é um mero placebo. É aquilo que atende a indignação da alma e da consciência, mas não cura. Sugere mas é mero paliativo que atua somente a nível psicológico. Ao nível de realidade o fato continua o mesmo: O Estado Nacional que o Sr. Ministro representa fatura em impostos mais ou menos 60% sobre os automotores fabricados. Os motores fabricados são super-dimensionados frente às exigências legais, ecológicas, energéticas e logísticas. Com relação às exigências legais, pelo Estatuto do Consumidor, Lei 8078/1990, no seu art.4º e seguintes, não poderia o governo permitir ou autorizar a produção de motores que ultrapassem as velocidades permitidas no Código de Trânsito. O governo permitindo estimula os delitos praticados ao mesmo tempo que fatura e permite as companhias faturar sobre uma qualidade do produto que é proibida de ser usada; ecologicamente, um motor super-dimensionado, da mesma forma super-dimensiona a poluição contrariando o Protocolo de Kyoto, tão em voga mas sempre tão desrespeitado por todos; energeticamente o super-dimensionamento agrava o desperdício de energia num planeta que atingiu seus limites e, finalmente, logisticamente, o estado não consegue suprir a infra-estrutura de estradas e ruas, necessárias para preencher o consumo do deslocamento individual privilegiado frente as alternativas coletivas socialmente corretas, como metrô ou transporte coletivo.

Ora, ora, Sr. Ministro e Respeitável Sociedade Civil!! Abordar este assunto, pelo viés da verdade e não utópico, no ano do estouro dos recordes de venda da indústria automotiva, dos bancos que faturam com o financiamento, das seguradoras que seguram motores com potências virtuais perante a lei, do faturamento tributário do Estado sobre tudo isto é por demais irônico. Esta é a diferença exata porque o pregador do sonho e da utopia é Ministro, e eu, mero servo da verdade um articulista. Assim , com a esperança quase morta de ver este artigo publicado, não passarei toda vida de ser um mero articulista.

Prof. Sérgio Borja – 58 anos - Professor de Direito na PUC/RS e UFRGS – tel: 051-98083706.



TRÂNSITO: UMA ABORDAGEM EPIDÉRMICA



O mote abordado na campanha do trânsito “isto tem de ter fim” é correto, no entanto, sua abordagem é epidérmica. Situa-se a flor da pele onde medra a dor, como efeito, não atingindo as camadas mais profundas onde remanescem, intactas, as causas da patologia. O grande dramaturgo norueguês, Ibsen, quando escreveu a peça teatral “O Inimigo do Povo”, abordou em imagem única e inesquecível a forma sócio-patológica que assume a hipocrisia humana na defesa dos seus interesses escusos.

No caso do trânsito suprime-se do raciocínio de identificação do problema uma ferramenta inerente à razão jurídica: o nexo de causalidade do crime. Assim é que o destinatário último, o cidadão, é que mais uma vez vai arcar integralmente com a desídia inicial do verdadeiro criminoso, o Estado Nacional.

O Estado Nacional autoriza a fabricação de veículos com motores que potencialmente ultrapassam a capacidade permitida de velocidade e de uso. Estimula, assim, concomitantemente, o abuso de velocidade e seus efeitos, através do uso de motores super-dimensionados legalmente e anti-ecológicos no seu mais amplo espectro, através da venda de produtos, que pelo Código de Defesa do Consumidor, seriam, s.m.j., inapropriados para o uso. O mais grave nisto é que o Estado Nacional, na forma federativa, através da União, recolhe imposto que incide sobre a fabricação, IPI, em mais de 60% sobre cada unidade vendida. Os Estados, recolhem IPVA sobre uma taxa de potência que não poderia ser comercializada, sendo que os municípios, não participando do bolo, vendem, ou melhor, arrecadam, através de uma farra de multas, coibindo o cidadão, por aquilo que não é proibido pelos demais.

O álcool, da mesma maneira, nas suas diversas formas de produção, destilados e fermentados, é autorizado e fiscalizado pelo Estado Nacional, sendo que a União lucra, com a tributação, sem colocar um tostão, mais ou menos 80% sobre a produção. Os Estados recolhem ICMS e os Municípios, arrecadam ainda sobre os Alvarás dos Estabelecimentos Comerciais.

Na seqüência do “nexo necessário de causalidade” se alinham, antes do consumidor final, uma fieira de intermediários tais como fabricantes, transportadores, propagandistas, anunciantes, comerciantes e inclusive seguradores, todos eles participando de uma cadeia bilionária de lucros e dividendos.

No entanto, aqui, com inversão total da lógica, o último elo estabelecido pelo “nexo indeclinável de causalidade”, o consumidor e cidadão brasileiro, é o responsável total pela guerra no trânsito. É a inversão total da lógica jurídica, pois no caso do tráfico de tóxicos, as penas mais graves cabem ao traficante e não ao consumidor. Combater os efeitos, participando nos lucros da causa motora de todo o processo, é uma agravante maior no dolo inicial. Muito mais grave do que a forma culposa que aflora como acidente e que também “tem que ter fim.”

SÉRGIO BORJA – 58 ANOS – Professor de Direito da PUC/RS e UFRGS



TRÂNSITO, VELOCÍMETRO & DOSAGEM SOCIEDADE ANÔNIMA.



Esta é a sociedade comercial que melhor se coaduna para expressar, sob o manto de sua denominação, a cadeia de comprometimentos espúrios que desemboca nos delitos do trânsito turbinados pelo combustível etílico, o trago.

O velocímetro dos automotores, aquele que agora pode fazer o sol nascer quadrado, sinuoso como o astro rei é redondo ou tem o formato mediano de um por de sol. Sua escala que mede a velocidade, como um Deus ex-machina, potencializa e modula o livre arbítrio do usuário. Deveria se adaptar a lei, em matéria de potência e velocidade, no entanto, sempre e sempre ultrapassando os limites legais, possibilita, autorizado pelo Estado, a venda de automotores super-dimensionados. Nunca vi, ainda, velocímetros que marquem 400. Mas sei de modelos que vão de 220 até estratosféricos 300Km por hora. Ora, pegando como exemplo a marca de 220, o modelo é vendido com uma sobra de 120 km por hora. Isto é dizer que mais de 50% do que é vendido não pode ser utilizado. Pelo princípio da boa fé, cláusula geral estabelecida no Código Civil e pelo Código do Consumidor, está havendo um enriquecimento sem causa dos fornecedores. Ora os fornecedores, são autorizados pelo Estado Nacional, que inclusive taxa a produção com uma alíquota que ultrapassa 60% do bem produzido, sendo que as suas subdivisões tributárias, os estados (províncias) abocanham mais o ICMS e o IPVA, este diretamente proporcional à potência do motor. Assim é que temos um nexo de causalidade em que participa quem autoriza, o Estado e a cadeia que lhe segue: o fabricante, o comerciante, o anunciante, o propagandista, etc... Aí, o usuário, ou autor material do delito, é o último na cadeia de ação. Se for analisado sob o aspecto criminológico vamos constatar que estatisticamente os delitos de trânsito sempre, em maior número irão ocorrer acima da velocidade permitida e na faixa de velocidade super-dimensionada. Assim, sob a cadeia inelutável do nexo causal, quem possibilita o crime e fornece os meios, dolosa ou culposamente, pode ser enquadrado na cláusula de concurso.

Do trago. Na casa de meu avô, lá no Alegrete, no tempo bem antigo, conheci uns copos, que traziam as expressões: For ladyes, for men, for pigs. Hoje estes copos estão em desuso por serem caretas, ou kitschs. São uma antiguidade tão “por fora” como os pingüins de geladeira ou anões de jardim. A memória daqueles copos é o resquício de uma sociedade que estigmatizava o uso abusivo do álcool, ministrando, objetivamente o uso social do mesmo.

Hoje não há limite. Há uma cultura em que os super-heróis da velocidade e do paradigma do vencer na vida são na verdade os velhos pigs, travestidos em heróis da velocidade e do excesso em tudo. É a cultura dos Fittipaldi, dos Ayrton Sena´s e dos Barichellos da vida. O símbolo de suas vitórias, não é o louro dos gregos ou romanos, é uma ejaculação viril e preciosa da mais pura Champagne. Nelas se banham numa euforia de deuses adorados pelas suas belas Galisteus. Como Bacos e Dionísios hodiernos bebem diretamente no bocal, não de litros, mas de super-dimensionadas mamadeiras de sonhos. Eis o arquétipo social, aquele divisado por Carl Gustav Jung em seu O Homem e seus Símbolos e Aldous Huxley na sua Ilha, que fundamenta as alavancas psico-sociais de reforço ao genocídio do trânsito que temos vivido. Aí identificamos não só o Estado Nacional, como seu maior acionista, em matéria de permissão, autorização e lucro na forma de taxação, mas também os seus sócios acionários, todos anônimos, numa cadeia de comprometimento inelutável e inescusável. Sozinhos, como cidadãos e contribuintes, vítimas da sua ganância temos que lutar para fazer luz neste mundo e fazer vencer a verdadeira democracia, dizendo juntos: ISTO TEM QUE ACABAR!!!!

SÉRGIO BORJA – PROFESSOR DE DIREITO NA PUC/RS E NA UFRGS.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pentágono planeja lançar míssil contra satélite espião que perdeu força

Eles podem nos envenenar... Podem mesmo. Podemos morer de uma hora para outra sem nos darmos conta. Meia tonelad de veneno no céu... Vocês estã preparados para morrer? Eu estou! Senhor Jesus! Recebe meu espirito!

Pentágono planeja lançar míssil contra satélite espião que perdeu força
da Folha Online

O Pentágono anunciou nesta quinta-feira (14) que planeja destruir o satélite espião que perdeu força e propulsão, antes que ele volte para a atmosfera. A medida tem por objetivo evitar o vazamento de gás tóxico do tanque de combustível do objeto.

O satélite espião registrado como US 193 pesa cerca de 2,270 kg e utiliza hidrazina como combustível, substância altamente tóxica.

Lançado em 2006, o objeto perdeu energia e seus sistemas de controles falharam logo após ser colocado em órbita, deixando-o descontrolado.

Segundo o subchefe do Estado-Maior Conjunto, general James Cartwright, a ordem de destruir o satélite partiu do presidente George W. Bush.

O presidente teria optado por um plano que prevê o lançamento de um míssil tático modificado, após ser alertado sobre a possibilidade de que a reentrada do objeto na atmosfera pudesse causar mortes.

De acordo com as autoridades, há cerca de 450 kg da substância tóxica no satélite.

Os militares não informaram quando a interceptação irá ocorrer, mas esperam atingir o objeto antes que ele alcance a atmosfera, fato previsto para a primeira semana de março

Em comunicado do Pentágono, o representante do conselho de segurança, James Jeffries, diz ser improvável que o satélite atinja uma área populacional e considerou os riscos apresentados pelo gás tóxico como limitados.

Porém, Jeffries acrescentou: "Há risco suficiente para que o presidente se preocupe".

Com Reuters e Associated Press
(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u372496.shtml)

Redução de gases seria financeiramente vantajosa, diz estudo

Mais um indício de que meu raciocínio está certo: Cortar gases do efeito estufa é positivo para a economia!

Redução de gases seria financeiramente vantajosa, diz estudo

Corte na emissão de gases poluentes obrigaria um investimento de US$ 107 bi em outras fontes de energia

NOVA YORK - Estudo publicado nesta quinta-feira, 14, no jornal Financial Times revelou que seria positivo para a economia global se cortássemos pela metade a emissão de gases poluentes responsáveis pelo efeito estufa.

A consultoria McKinsey, responsável pelo estudo, concluiu que a redução desses gases obrigaria um investimento de cerca de US$ 107 bilhões por ano em outras fontes de energia, o que resultaria num lucro de 17%, ou US$ 29 bilhões.

Este investimento, que visa apenas medidas de reserva de energia que poderiam ser feitas rapidamente e por um baixo custo, também reduziria 50% da emissão de dióxido de carbono.

O impacto que o corte da emissão dos gases poluentes teria na economia foi muito discutido. Alguns economistas argumentaram que a ação imediata de cortar os emissores custaria apenas uma pequena porcentagem do produto bruto global, enquanto que esperar seria mais desvantajoso por causa das adaptações que seriam necessárias em decorrência da mudança climática; outros dizem que seria mais barato esperar por tecnologias menos poluentes, como a energia renovável, por exemplo.

Diana Farrel, diretora da McKinsey Global Institute, afirmou que "isso mostra a quantidade de 'peso morto' que existe na economia da energia usada atualmente".

No passado, empresas mostraram pouco interesse em investir em fontes de energia alternativas, mas, segundo a reportagem, esse quadro está mudando.


(de http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid124469,0.htm)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Estudo sugere que 'um laptop por aluno' prejudica aprendizado

Pois então, e agora?
Pois agora, e então?

E diz o nosso amigo Steven Johnson que "não foram os livros que deixaram o homem mais inteligente, e sim o video-game, a TV e a Internet"...


Estudo sugere que 'um laptop por aluno' prejudica aprendizado

Políticas de inclusão digital estão erradas, diz pesquisa da Unicamp; alunos incluídos tiveram pior rendimento

SÃO PAULO - As políticas de inclusão digital, que estimulam o uso de computadores nas escolas, podem estar gravemente equivocadas, de acordo com um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Agência Fapesp. A pesquisa mostra que o uso de computadores para fazer tarefas escolares está relacionado ao pior desempenho dos alunos - principalmente entre os mais pobres e mais jovens.

documento Veja a íntegra do estudo

O trabalho, publicado na revista Educação e Sociedade, foi coordenado por Jacques Wainer, do Instituto de Computação, e por Tom Dwyer, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. A equipe utilizou dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2004.

“Existe hoje uma posição dominante favorável ao uso do computador nas escolas, como se ele estivesse associado a uma melhoria uniforme no desempenho do aluno. Mas constatamos que ocorre o contrário: entre alunos da mesma classe social os que sempre usam têm pior desempenho”, disse Wainer à Fapesp.

Do ponto de vista de políticas públicas, o estudo aponta que é preciso entender melhor o fenômeno do impacto dos computadores nas notas dos alunos antes de defender a inclusão digital baseada na distribuição de tais equipamentos.

“Idéias como a de dar um laptop para cada criança parecem péssima opção, principalmente considerando que ele piora o desempenho escolar entre as crianças mais pobres. Corremos o risco de transformar a inclusão digital em uma exclusão educacional”, afirmou Wainer.

Segundo ele, a pesquisa foi derivada do Mapa da Exclusão Digital, publicado pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro em 2003. O documento apontava um melhor desempenho no Saeb entre os estudantes que tinham computador em casa.

“O documento dava um argumento favorável às políticas de inclusão digital. Mas havia problemas metodológicos: em geral quem tem computador em casa são os alunos mais ricos, que normalmente têm melhor desempenho. Para eliminar esse viés resolvemos considerar a classe social e focar no uso para tarefas escolares”, explicou.

O Saeb de 2004, segundo Wainer, prestava-se ao propósito, uma vez que incluía uma pergunta sobre a freqüência com que os alunos utilizavam o computador para tarefas escolares: nunca, raramente, de vez em quando e sempre.

“Usamos esses dados sobre alunos de 4ª e 8ª série do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio e pudemos avaliar a variação do desempenho nas provas de matemática e português de acordo com a classe econômica, dividida em sete estratos”, explicou o professor do Instituto de Computação da Unicamp.

Sem mágica
Os resultados mostraram que, na 4ª série, os estudantes de classe alta que usaram raramente o computador para as tarefas tiveram, em média, 15 pontos a menos do que os que nunca o fizeram - tanto em português quanto em matemática.

Dentre os mais pobres os que usaram o computador, mesmo raramente, tiveram nota pior do que os que nunca usaram, com uma diferença média de 25 pontos em português e 15 pontos em matemática. “O resultado mais importante, no entanto, surgiu quando os estudantes disseram sempre usar o computador. Entre esses, não importou a classe social ou disciplina, o desempenho foi sempre pior do que entre os que nunca usaram”, disse Wainer.

Entre os alunos da 8ª série, o quadro foi semelhante, mas houve uma melhora na prova de português entre os alunos que usaram raramente o computador. Em matemática, a diferença não foi significativa. “Mesmo assim, na 8ª série os mais pobres que usaram raramente ainda se saíram pior do que os que nunca usaram. Entre os mais ricos, os alunos que usaram raramente estiveram um pouco melhor do que os que não usaram”, contou.

Em matemática, para a maioria das classes sociais da 8ª série, os alunos que usaram raramente o computador se saíram melhor do que os que nunca o fizeram. “Por outro lado, quem usou sempre teve desempenho pior do que os que nunca usaram, em todos os casos”, destacou Wainer. Todos os dados passaram por teste de significância estatística, para eliminar o chamado ruído estatístico.

Segundo Wainer, a pesquisa constata apenas estatisticamente que os alunos que sempre usam o computador para suas tarefas têm pior desempenho. Mas não há dados para explicar por que o uso intenso piora as notas e por que o efeito é mais grave entre crianças de classes sociais mais baixas.

“Só podemos especular sobre os motivos. Para conhecê-los será preciso que outros especialistas utilizem ferramentas diferentes para realizar estudos qualitativos. O importante é destacar que os resultados são coerentes com outros estudos internacionais”, afirmou.

O pesquisador destaca que a avaliação de que o computador é uma ferramenta neutra é equivocada. “Como o computador é bom para nós, professores, por exemplo, tendemos a achar que ele é útil para todos. Mas ele não é uma solução mágica para a educação”, disse.

Para ler o artigo Desvendando mitos: os computadores e o desempenho no sistema escolar, de Jacques Wainer e outros, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique neste link.
(de http://www.estadao.com.br/tecnologia/not_tec123934,0.htm)

SUPERPOTÊNCIA EM VIAS DE EXTINÇÃO?

Li no Jornal Absoluto de hoje:

SUPERPOTÊNCIA EM VIAS DE EXTINÇÃO?



A primeira pagina do New York Times Magazine do dia 27 de janeiro passado diz tudo: dois dedos sujeitando uma minúscula réplica do mapa dos Estados Unidos no qual está escrito em letras pequenas “Quem fez desaparecer a superpotência?”. Devido às sombrias boas-vindas dada ao novo ano – um mercado financeiro global em queda e o crescente consenso de que a economia norte-americana caminha para a recessão – a única questão que ainda está em debate é até que ponto chegará e quanto durará a recessão. Os políticos norte-americanos evitam cuidadosamente dizer uma verdade que lhes causa pavor, mas talvez eles não compreendam por completo a situação: menos de uma década depois que os neoconservadores ganharam influência na Casa Branca e anunciaram um “novo século norte-americano” essa supremacia incontestável foi desafiada pelas fortes perdas “hemorrágicas” que sofrem o domínio econômico da superpotência, seu acionar militar e sua influência política. Essas tendências há tempos estão em andamento. Revertê-las exigiria uma forte dose de realismo, para o qual atualmente há pouca disposição, e um regime de autocontrole e dedicação que ainda está muito longe das mentes tanto dos políticos norte-americanos quanto de seu público. Durante a geração passada, os Estados Unidos deixaram de investir em seus sistemas educacional e de saúde, em sua infra-estrutura e industrial e em suas instituições democráticas, enquanto Europa, China e Índia reinventaram a si mesmas como vibrantes economias. Uma mostra impressionante desta inversão de posições pode ser encontrada na atual “liquidação total” de participações no melhor dos ativos empresariais e financeiros norte-americanos em mãos de seus similares da Rússia – precisamente a uma década da passada bancarrota terminal nesse país, que agora resplandece com renda oriunda do petróleo – de minúsculos estados-cidades como Cingapura e Abu Dhabi e, mais ainda, da China.

Precisamente oito anos depois do anúncio da existência de um mundo unipolar estamos entrando em uma era na qual pelo menos outros dois potentes centros de poder emergiram para desafiar a hegemonia de um Império Norte-americano agoniado pelas dívidas: uma União Européia em expansão e confiante em si mesma e uma máquina econômica chinesa que combina com destreza a política controlada pelo Estado do comunismo e o dinamismo destruidor do capitalismo desenfreado. Nenhuma destas superpotências emergentes continuará aderindo às diretrizes dos Estados Unidos como fizeram durante o último meio século. Sete anos de arrogância e obstrucionismo do governo de George W. Bush, combinados com a elevação do nível de prosperidade e educação na Europa, China e Índia fizeram com que estes países se vissem obrigados, e ao mesmo tempo capacitados, a começar a forjar vínculos uns com os outros. Eles estão estabelecendo suas próprias pautas globais e fazendo seus próprios acordos comerciais entre si e com um segundo grupo de nações ricas em recursos como Brasil, Rússia, Turquia e Irã.

Entretanto, o fato de as bolsas de valores desde Xangai a Bombay e Frankfurt parecerem ter pego uma pneumonia depois que Wall Street espirrou confirmou que esta desconexão entre Estados Unidos e o resto do mundo ainda está longe de ter se completado. Mas os analistas na Europa e na Ásia dizem que é improvável que suas economias sigam os Estados Unidos em sua recessão, porque seus “fundamentos” são muito mais saudáveis e nenhum deles sofre o peso do Iraque ou da guerra global contra o terror. Com uma moeda comum e um mercado maior do que o dos Estados Unidos, a um agora estabelece pautas manufatureiras globais e cotas sociais e ambientais às quais devem aderir a China e outros fornecedores globais. Surpreendentemente, nenhum dos principais candidatos presidenciais norte-americanos reconhece a mudança de poder que está em marcha. Esta negativa em assumir a realidade é em si mesma um sinal de que não é provável que Washington responda decisivamente diante da perda de domínio inconteste mediante a realização de mudanças profundas requeridas para reverter as atuais tendências. Mas a decadência dos Estados Unidos não é inevitável nem irreversível.

O surgimento de um afro-norte-americano e de uma mulher como candidatos viáveis à Presidência energiza não somente os eleitores, mas também os observadores de todo o mundo, os quais, apesar dos antecedentes negativos recentes ainda desejam o surgimento de uma novamente inspirada liderança dos Estados Unidos. Apesar de sua perda de poder e influência, Washington continuará sendo um poderoso ator na política mundial em um futuro previsível. Ao contrário da Grã-Bretanha, cuja renúncia à manutenção do império a forçou a uma retirada para uma segunda fila de nações, seu tamanho, cultura empresarial e tradição inovadora asseguram aos Estados Unidos um papel de pivô na política global. Os tempos difíceis que tem pela frente inclusive podem revitalizar uma disfuncional cultura política. Mais provavelmente, os cidadãos norte-americanos, suas instituições e suas empresas se unirão a milhões de outros ao redor do mundo para levar adiante uma agenda comum na qual no melhor dos casos seu governo acabará, mais cedo ou mais tarde, por unir-se. Por Mark Sommer - colunista norte-americano, dirige o programa de rádio A Worls of Possibilities. Crédito de imagem: The Economist. (Envolverde/IPS).

My Sweet Lord

Interessante o que achei em http://www.arenamusical.hpg.ig.com.br/inter/musica/my_sweet_lord.html...
Uma versão com uma palavra trocada: "Lord" em lugar de "Love"... Mas... Ambos não querem dizer o mesmo?

My Sweet Lord
(Meu doce Senhor)
George Harrison


Hm, my Lord
Hum, meu Senhor
Hm, my Lord
Hum, meu Senhor

I really want to see you
Eu realmente quero ver-te
Really want to be with you
Realmente quero estar contigo
Really want to see you Lord
Realmente quero ver-te, meu Senhor
But it takes so long, my Lord
Mas demora tanto, meu Senhor

My Sweet Lord
Meu Doce Senhor
Hm, my Lord
Hm, meu Senhor
Hm, my Lord
Hum, meu Senhor

I really want to know you
Eu realmente quero conhecer-te
Really want to go with you
Realmente quero ir contigo
Really want to show you Lord
Realmente quero mostra-lhe Senhor
That it won't take long, my Lord (hallelujah)
Isso não demorará, meu Senhor (Aleluia)

My Sweet Lord (hallelujah)
Meu Doce Senhor (Aleluia)
Hm, my Lord (hallelujah)
Hum, meu Senhor (Aleluia)
My Sweet Lord (hallelujah)
Meu Doce Senhor

I really want to see you
Eu realmente quero ver-te
Really want to see you
Realmente quero ver-te
Really want to see you, Lord
Realmente quero ver-te, Senhor
Really want to see you, Lord
Realmente quero ver-te, Senhor
But it takes so long, my Lord (hallelujah)
Mas demora muito, meu Senhor

My Sweet Lord (hallelujah)
Meu Doce Senhor (Aleluia)
Hm, my Lord (hallelujah)
Hm, meu Senhor (Aleluia)
My, my, my Lord (hallelujah)
Meu, meu, meu Senhor (Aleluia)

I really want to know you (hallelujah)
Eu realmente quero conhecer-te (Aleluia)
Really want to go with you (hallelujah)
Realmente quero ir contigo (Aleluia)
Really want to show you Lord (aaah)
Realmente quero mostrar-lhe Senhor (aaah)
That it won't take long, my Lord (hallelujah)
Isso não demorará, meu Senhor (Aleluia)

Hmm (hallelujah)
Hmm (Aleluia)
My Sweet Lord (hallelujah)
Meu Doce Senhor (Aleluia)
My, My, Lord (hallelujah)
Meu, meu, Senhor (Aleluia)

Hm, My Lord (Hare krishna)
Hm, Meu Senhor (Hare Krishna)
My, my, my Lord (Hare Krishna)
Meu, meu, meu Senhora (Hare Krishna)
Oh hm, My Sweet Lord (Krishna, Krishna)
Oh, hm, Meu Doce Senhora (Krishna, Krishna)
Oh-uuh-uh (Hare Hare)

Now, I really want to see you (Hare Rama)
Agora, eu realmente quero ver-te (Hare Rama)
Really want to be with you (Hare Rama)
Realmente quero estar contigo (Hare Rama)
Really want to see you Lord (aaah)
Realmente quero ver-te, Senhor (aaah)
But it takes so long, my Lord (hallelujah)
Mas, faça isso logo, meu Senhor (Aleluia)

Hm, my Lord (hallelujah)
Hm, meu Senhor (Aleluia)
My, my, my Lord (Hare Krishna)
Meu, meu, meu Senhor (Hare Krishna)
My Sweet Lord (Hare Krishna)
Meu Doce Senhor (Hare Krishna)
My Sweet Lord (krishna krishna)
Meu Doce Senhor (Krishna Krishna)
My Lord (Hare Hare)
Meu Senhor (Hare Hare)
Hm, hm (Gurur Brahma)
Hm, hm (Gurur Vishnu)
Hm, hm (Gurur Devo)
Hm, hm (Maheshwara)
My Sweet Lord (Gurur Sakshaat)
Meu Doce Senhor (Gurur Sakshaat)
My Sweet Lord (Parabrahma)
Meu Doce Senhor (Parabrahma)
My, my, my Lord (Tasmayi Shree)
Meu, meu, meu Senhor (Tasmayi Shree)
My, my, my, my Lord (Guruve Namah)
Meu, meu, meu, meu Senhor (Guruve Namah)
My Sweet Lord (Hare Rama)
Meu Doce Senhor (Hare Rama)

(Hare Krishna) My sweet Lord
(Hare Krishna) Meu Doce Senhor
(Hare Krishna) My Sweet Lord
(Hare Krishna) Meu Doce Senhor
(Krishna Krishna) My Lord
(Krishna Krishna) Meu Senhor
(Hare Hare)

Gisele Bündchen pode ter razão sobre o dólar, diz UBS

É o declínio do "pilar econômico"... Um dos três pilares que sustentam o Império Americano!

Gisele Bündchen pode ter razão sobre o dólar, diz UBS
Modelo declarou que preferia ser remunerada em outra moeda em vez do dólar

Patricia Lara, da Agência Estado
Chris Von Amelin/AE

"supermodelos estão certas?"

SÃO PAULO - Gisele Bündchen já mereceu destaque da imprensa econômica, ao declarar que preferia ser remunerada em outra moeda em vez do dólar, diante da desvalorização da divisa norte-americana. Agora, ela serve de mote para um relatório do banco suíço UBS. Com o título "O dólar: as supermodelos estão certas?", os economistas do banco suíço UBS, Paul Donovan, Larry Hatheway, Andrew Cates e Sophie Constable avaliam que a supermodelo brasileira, aparentemente, acertou o ponto.

"O uso do dólar como moeda de reserva internacional está diminuindo e há evidências de que, particularmente para o setor privado, outras moedas estão se tornando cada vez mais importantes em um nível local", ponderam. "Mas ainda é cedo para se falar que a divisa norte-americana perderá seu status dominante na função de reserva internacional no curto prazo", ressalvam os economistas.

Setor privado


Um respaldo para que o dólar não perca o trono de moeda predominante para reservas é o que os economistas do UBS chamam de "inércia nos mecanismos de preço de produtos nos mercados internacionais". Os analistas lembram que as reservas em dólar pelo setor privado são muito mais importantes do que a de bancos centrais. O setor privado tem reservas 20 vezes maiores em dólares do que os BCs, já que usam essa divisa para precificar seus produtos.



"O setor privado parece estar se movendo para longe do dólar como moeda de reserva e isso tem ocorrido em um ritmo mais acelerado desde 2000", destacam, mas, segundo os analistas, esse é apenas o início do fim da hegemonia do dólar e não o fim. "Será necessário um choque exógeno grande para destronar o dólar", observam.


Moeda única


Setores como o de fabricação de chips de memória, aparelhos de informática portáteis e telas de LCD fecham 100% de seus negócios com o uso de dólares. "A maioria dos compradores desses produtos está domiciliada nos EUA e mesmo consumidores não-americanos pagam em dólares para os produtores da Coréia e de Taiwan, por exemplo". No setor de semicondutores, o dólar é a moeda utilizada nos negócios 100% das vezes.



O mesmo acontece com as transações de papel e celulose e petróleo. Nessas áreas, deve haver pouca mudança no status do dólar como moeda de reserva. Setores como o de lazer e hotelaria e seguros, no entanto, devem usar menos o dólar como reserva, já que a fatia dos EUA nesses mercados deve diminuir. No caso dos seguros, com a expansão da Europa oriental e da Ásia, os negócios fechados em moedas locais e a necessidade de proteger essas transações em dólar deve diminuir.

Outro fator que deve continuar a ajudar o dólar é que o uso de uma única moeda traz benefícios econômicos, já que minimiza a necessidade de uso dos mercados de câmbio. Além disso, segundo os economistas, os bancos centrais devem, provavelmente, continuar enfatizando a presença do dólar em suas reservas, como tem ocorrido nos últimos anos. Mas o aumento dos fundos de riqueza soberana sugere que pode aumentar a disposição para a diversificação de portfólio. "Essa diversificação deve dar menos ênfase à liquidez e mais ao rendimento, o que pode levar a uma realocação que se distancie do dólar".

O UBS, no entanto, lembra que a redução do status de reserva do dólar não significa que a depreciação da moeda seja infinita. "Mas sugere que o nível de sustentabilidade do déficit em conta corrente dos EUA é menor do que no passado e deve continuar caindo".

(de http://www.estadao.com.br/economia/not_eco123981,0.htm)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Não há biocombustível sustentável, diz colunista do 'Guardian'

Podem tirar o cavalinha da chuva! O que é preciso acontecer é para com esta gastança estúpida de combustiveis em transporte individual, fruto da cultura automobilística norte-americana...


Não há biocombustível sustentável, diz colunista do 'Guardian'

'Único modo de diminuir as emissões dos gases de efeito estufa é reduzir o consumo.'

Da BBC Brasil - BBC

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- "Não há biocombustível sustentável, a não ser óleo de cozinha usado", afirma o colunista George Monbiot em artigo publicado no diário britânico The Guardian, nesta terça-feira.

Segundo o colunista, os governos, que "não dão ouvidos nem aos geólogos, nem aos ambientalistas", dificilmente poderão "ignorar os capitalistas", citando um relatório publicado pelo Citibank na semana passada, que afirma que será difícil aumentar a produção de petróleo, particularmente a partir de 2012.

O relatório, segundo Monbiot, diz que apesar das novas perfurações já planejadas para os próximos anos, "existe o medo de que a maior parte desta produção não será suficiente para contrabalançar os altos níveis de declínio da produção atual".

Segundo Monbiot, o governo britânico não parece ter nenhum "plano B" para lidar com a falta de combustível, ao contrário da Comissão Européia, que teria um plano "desastroso".

"A Comissão reconhece que 'a dependência do petróleo do setor de transporte... é um dos problemas mais sérios de insegurança nos suprimentos de energia enfrentados pela União Européia'. Em parte para diversificar os suprimentos de combustível, em parte para cortar as emissões dos gases causadores de efeito estufa, ela ordenou os Estados membros a garantir que até 2020 10% do petróleo queimado por nossos carros terão que ser substituídos por biocombustíveis", diz Monbiot.

Para o colunista, isso não vai resolver a falta de petróleo e poderá criar outros problemas ainda maiores na área ambiental.

Monbiot diz que a própria Comissão Européia já impôs regras afirmando que eles não deverão ser produzidos a partir da destruição de florestas ou outros habitats, já que isso poderia aumentar ainda mais a emissão de gás carbônico.

A Comissão também exige que as culturas de matérias-primas para os biocombustíveis não destruam a biodiversidade de ecossistemas.

"Parece bom, mas há três problemas. Se os biocombustíveis não puderem ser produzidos em habitats virgens, eles precisam ser confinados às terras cultivadas já existentes, o que significa que toda vez que enchermos o tanque do carro, estaremos tirando comida da boca de outras pessoas.

"Isso, por sua vez, aumenta o preço dos alimentos, o que encoraja os fazendeiros a destruir habitats virgens para plantar."

Segundo o autor, o terceiro problema é o "custo de carbono" - extremamente alto - da produção de biocombustíveis, descrito recentemente em dois novos relatórios.

"Mesmo a fonte mais produtiva (de biocombustível), a cana-de-açúcar plantada nas savanas do centro do Brasil, cria um débito de carbono de 17 anos. Como os maiores cortes nas emissões de gás carbônico têm que ser feitos agora, o efeito líquido desta cultura é exacerbar as mudanças climáticas."

Para Monbiot, a única maneira de evitar esses problemas é usando restos de cultivos como matéria-prima para os biocombustíveis, mas mesmo isso também não seria uma solução, já que esses restos são essenciais na manutenção da terra agrícola.

"Tirando a gordura usada para fritar batatas, não existe algo como um biocombustível sustentável", afirma o colunista.

"Todas essas soluções apresentadas foram criadas para evitar uma mais simples: reduzir o consumo de combustível para transporte. Mas essa exige o uso de uma commodity diferente. Os suprimentos globais de coragem política parecem, infelizmente, ter alcançado seu ápice há algum tempo." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

(do Estadão OnLine - http://www.estadao.com.br/geral/not_ger123173,0.htm

Foi o que eu sempre pensei: EUA não são capazes de enfrentar insurgência islâmica.

Só a burrice pode levar os EUA a esta armadilha.

EUA não são capazes de enfrentar insurgência islâmica

'Americanos devem modificar prioridades e financiamento para melhorar Governo civil e impulsionar forças locais'

Efe

WASHINGTON - As forças militares americanas não têm capacidade de enfrentar a ameaça da insurgência islâmica, assegurou nesta segunda-feira, 11, um relatório da Corporação Rand, solicitado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O relatório indicou que "no melhor dos casos a intervenção e ocupação dos Estados Unidos no mundo muçulmano são inadequadas. No pior, são contraprodutivas e inviáveis".

O objetivo do relatório pedido pelo Pentágono à Corporação Rand, um organismo privado sem fins lucrativos, era de realizar uma revisão de sua estratégia destinada a lutar contra a insurgência.

"Os Estados Unidos deveriam modificar suas prioridades e financiamento a fim de melhorar o Governo civil e impulsionar as forças locais de segurança (...) capacidades que não se viram no Iraque e Afeganistão", assinalou o relatório.

"O extremismo violento no mundo muçulmano é a maior ameaça para a segurança que os EUA enfrentam", disse David C. Gompert, principal autor do relatório.

"Como esta ameaça provavelmente persistirá e aumentará, é importante compreender o fato de que os Estados Unidos não estão capacitados neste momento a enfrentar o desafio", acrescentou.

O estudo assinalou que quando é infectada pelo extremismo religioso, a insurgência torna-se mais violenta, resistente aos acordos, mais difícil de ser derrotada e provavelmente mais propagada.

A mensagem jihadista aos insurgentes locais é a de que sua "fé e sua pátria estão sob ataque do Ocidente e é preciso se unir para defender a causa maior do Islã. Isto faz com que a intervenção militar não seja apenas custosa, mas também perigosa", indicou o relatório.

Por outra parte, o texto admitiu que o recente aumento de tropas melhorou a segurança no Iraque, colocando porém que "seria um grande erro concluir que os Estados Unidos precisam de maior força militar para derrotar as insurgências islâmicas".



"Basta analisar a precária situação em que se encontra o Paquistão para perceber as limitações da força militar americana e o perigo de confiar demais nela", disse.



Os autores do relatório citam cerca de 90 conflitos ocorridos após a Segunda Guerra Mundial que mostram que a forma mais segura de derrotar a insurgência é através de Governos locais representativos, competentes e honestos.



"As forças estrangeiras não podem substituir os governos locais e podem até mesmo enfraquecer sua legitimidade", disse John Gordon, outro autor do relatório.



Mas quando se trata de construir esta capacidade civil no exterior os "Estados Unidos são alarmantemente fracos", indicou Gompert.

Acrescentou que para resolver este problema, o governo americano precisaria de um considerável aumento de sua capacidade civil, novas regras organizativas e políticas de pessoal mais flexíveis.

Nesse sentido, os autores do relatório estimam que os Estados Unidos teriam que desdobrar milhares de profissionais civis e destinar bilhões de dólares a mais à ajuda estrangeira a fim de enfrentar a insurgência.

"Essas necessidades dos EUA se reduziriam à metade se seus aliados e os organismos internacionais igualassem seus esforços", indica o relatório.

(do Estadão OnLine: http://www.estadao.com.br/internacional/not_int123154,0.htm)