sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Você seria capaz de torturar alguém?

Lembro-me do caso do judeu que ia encontrar cara a cara num tribunal o carrasco nazista que o tinha torturado. Ao encontra-lo, desmaiou. Perguntaram-lhe porque tinha desmaiado, se por medo ou porque... Ao que ele respondeu: - "Desmaiei quando me dei conta de que seria capaz de fazer a ele tudo o que ele me fez...

Esta é a minha, a tua, a natureza humana...

Pessoas 'ainda estão dispostas a torturar', diz estudo

Pesquisa repete polêmica experiência dos anos 60 e vê mesma reação de voluntários.

- Mais de 40 anos depois de uma polêmica experiência sobre tortura realizada nos Estados Unidos, cientistas descobriram que voluntários ainda estariam dispostos a praticar o ato se recebessem uma ordem.

Pesquisadores da Universidade de Santa Clara, no Estado da Califórnia, repetiram o famoso "Teste Milgram", que em 1963 concluiu que 70% dos voluntários se mostraram dispostos a aumentar a voltagem de choques elétricos dados a outras pessoas.

Na ocasião, o professor Stanley Milgram, da Universidade de Yale, recrutou voluntários dizendo que ajudariam a realizar uma experiência médica, sem saber que na verdade eles seriam o objeto do estudo.

Eles também não sabiam que estavam aplicando choques falsos a atores. Mesmo depois de ouvirem os "gritos" de dor, a maioria dos voluntários se mostrou disposta a aumentar a voltagem dos choques - alguns chegaram a continuar aplicando os choques mesmo quando não havia mais resposta do ator.

'Pressão'

O estudo atual, divulgado na revista da Associação Americana de Psicologia, utilizou o mesmo formato. A maioria dos voluntários se mostrou disposta a realizar os choques, mesmo sabendo que iriam provocar dor em outro ser humano.

Segundo Jerry Burger, chefe da nova experiência, não há necessariamente "algo errado" com os voluntários. "Quando estão sob forte pressão, as pessoas fazem coisas desconcertantes".

Para o cientista, o experimento serve para explicar em parte por que, em tempos de guerra, pessoas comuns acabam cometendo atrocidades.

O "Teste Milgram" também foi recentemente replicado na Grã-Bretanha para um documentário da BBC, e os resultados também foram semelhantes.

"Não devemos concluir que esses voluntários não são mais boas pessoas - há uma enorme influência social também", explicou a psicóloga Abigail San, que coordenou a experiência.

Ela lembra que foi dito aos voluntários que os choques aplicados à outras pessoas faziam parte de uma complicada tarefa de uma pesquisa científica.

"Eles tendem a se identificar enormemente com a 'pesquisa' e deixam de prestar atenção nas súplicas dos 'torturados'", disse San. "Eles não se lembram de se perguntar qual sua posição moral diante de tudo isso." BBC Brasil
(de http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid296510,0.htm)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A ajuda para os pobres e a ajuda para os ricos...

Vejam o contraste:

1. Governo e democratas fecham acordo sobre resgate a montadoras nos EUA
da Folha Online

Negociadores da Casa Branca e congressistas democratas chegaram a um acordo na noite desta terça-feira (9) para aprovar o plano de resgate de US$ 15 bilhões para evitar quebras no setor automobilístico devido à crise financeira. Assessores do governo e do Partido Democrata declararam que ainda há alguns pontos em aberto, mas não definiram quais seriam os impasses.

Os pontos principais do plano de resgate foram aceitos e os políticos esperam votá-lo ainda nesta quarta-feira. Com isso, as fabricantes General Motors e Chrysler devem receber em poucos dias empréstimos do governo em troca da participação nas empresas. A Ford informou dispor ainda de dinheiro em caixa; a empresa pediu uma linha de crédito de US$ 9 bilhões como garantia em caso de piora do quadro em que a economia se encontra.

Os congressistas e a Casa Branca liberaram somente parte dos US$ 34 bilhões pedidos pelas companhias para reestruturação.

Entre os principais pontos que ainda faltam ser definidos estão a criação de uma autoridade responsável por controlar os fundos e acompanhar a reforma do setor e a garantia de viabilidade das empresas para o acesso aos recursos.

O senador democrata por Michigan, Carl Levin, confirmou que o Congresso visa à criação de um cargo equivalente ao de um "czar do automóvel", que teria a função de vigiar a reestruturação do setor de uma posição independente. O cargo estaria subordinado ao departamento de Comércio, deverá assegurar que "as condições de uso do dinheiro sejam respeitadas, que tenha uma autêntica vigilância e que de tudo isso sairá uma indústria mais reduzida e mais verde", disse.

Além disso, a Casa Branca e os republicanos querem que só recebam ajuda as empresas que comprovarem viabilidade a longo prazo. GM, Ford e Chrysler terão até 31 de março de 2009 para provar que conseguirão se manter em meio às quedas nas vendas do setor e à derrubada da produção.

Bronca de Obama

As montadoras se comprometeram a promover reestruturações para receber os aportes bilionários. Mesmo assim, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou duramente as administrações das empresas nesta semana.

"Devemos ter uma indústria automotiva que compreenda que não pode continuar trabalhando da mesma maneira", afirmou Obama durante uma coletiva de imprensa em Chicago. "Se os diretores atualmente em função não entenderem a emergência da situação e não quiserem fazer escolhas difíceis e se adaptar às novas circunstâncias, então deverão se afastar".

Para ele, quebrar não é uma opção. "Eu não acho que é uma opção simplesmente deixar que entre em colapso", disse. "O que nós temos que fazer é dar ao setor assistência, mas essa assistência é condicionada a significativos ajustes. Eles terão que reestruturar (o setor)."

Aprovação

Para as três fabricantes, que estão mergulhadas em uma grave crise de liquidez (dinheiro) e à beira da falência, a aprovação da ajuda gera tensão e ansiedade. Para os congressistas, que ainda precisam do apoio do Partido Republicano para aprovarem o projeto, acreditam que a medida deve entrar em votação ainda nesta quarta-feira.

Na última quinta-feira (4), os executivos das empresas apresentaram ao Congresso planos de reestruturação para suas companhias, duas semanas depois do primeiro apelo por verbas federais, que terminou em fracasso e humilhação perante os líderes do Congresso, que os mandaram embora com a missão de repensar seus planos de recuperação.

A administração Bush defende que o dinheiro para um eventual pacote destinado à indústria automobilística nacional não deve sair dos US$ 25 bilhões já aprovados pelo Congresso. Esse dinheiro, que a princípio foi liberado para ajudar os fabricantes a se adaptarem às novas exigências do mercado, depende da viabilidade das empresas, e permanece, por enquanto, inacessível.

A votação promete ser difícil, já que a maioria democrata depende dos votos dos republicanos. O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, afirmou que a proposta inicial é um fracasso porque "não dá garantias aos contribuintes, que, com razão, esperam que sejamos bons guardiões do dinheiro que ganharam com o suor de seu trabalho e que não pediremos a eles que desembolsem bilhões de dólares a mais, a curto ou longo prazo".

"Esta proposta não vai muito longe. Não exige prestação de contas nem dos diretores nem do sindicato", avaliou.

Com agências internacionais

Esta aí acima é a ajuda para os ricos... U$15,000,000,000.00

E a ajuda para o PAÍSES pobres?
Aí embaixo:

2. Banco Mundial abre linha de crédito de US$ 2 bi para países mais pobres

da France Presse, em Washington

O Banco Mundial anunciou nesta quarta-feira a abertura de uma linha de crédito de emergência e sem juros para os países mais pobres que terá valor total de US$ 2 bilhões.

"A linha de resposta de emergência à crise, da AID (Associaçao Internacional de Desenvolvimento), aprovada nesta terça-feira pelo conselho de administração do Banco Mundial, permitirá ao grupo dar financiamento rápido para programas sociais, infra-estruturas, educação e saúde", indica a instituição em um comunicado.



Fontes:
1. http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u477351.shtml
2. http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u477547.shtml

Uma voz sábia...

...num deserto...

Abertura de países árabes virá de dentro, diz libanês

SAMY ADGHIRNI
da Folha de S. Paulo

A abertura dos países árabes virá de dentro para fora e será capitaneada pela elite intelectualizada e pela sociedade civil. A previsão é do libanês Fouad Hamdan, um dos mais conhecidos militantes de direitos humanos do Oriente Médio, que qualifica a região como a menos democrática do mundo.

Declaração muda discurso mundial, mas não evita transgressões
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"Governos autoritários só podem ser derrotados internamente. A mudança tem que vir de dentro. Se esperarmos até que tanques americanos invadam todos os países não-democráticos, só teremos mais desastres como o Iraque", disse à Folha Hamdan, fundador de uma ONG que ajuda a levantar fundos para movimentos civis nos países árabes.

O militante, que está em São Paulo como convidado do Fundo Brasil de Direitos Humanos, diz que mudanças já estão engatadas, embora ainda sejam discretas e silenciosas.

"As coisas estão evoluindo graças às pessoas que estudam no exterior e regressam aos países de origem para exercer altos cargos. Voltam com outra cabeça, e isso está mudando a região", afirma. Ele cita como exemplo os ultraconservadores países do golfo Pérsico, onde há cada vez mais mulheres no governo e nas empresas.

Hamdan também vê nas camadas populares uma crescente mobilização dos movimentos civis e afirma que os cidadãos, religiosos como laicos, se cansaram das décadas de opressão e "perderam o medo de confrontar as autoridades".

Segundo ele, os regimes sírio e egípcio, que estão entre os mais repressores, já não têm cadeias em número suficiente para prender opositores cada vez mais arrojados. Ele cita ainda os gays libaneses, que vêm afirmando abertamente sua sexualidade, apesar da proibição.

"Precisamos de centenas de "[Nelson] Mandela" (ativista sul-africano que liderou a luta pelo fim do regime segregacionista do apartheid) e pessoas dispostas a se arriscar, a ser presas e torturadas, ou até mesmo mortas', diz Hamdan.

Sem democracia

Apesar dos avanços, o libanês afirma que a situação dos direitos humanos na região ainda "é um desastre". "Não há um governo árabe democrático sequer. São todos regimes ditatoriais. Todos matam, uns mais e outros menos."

O militante diz que nem países onde há eleições livres, como Iraque e Líbano, podem ser considerados democracias por causa da violência sectária, que se sobrepõe sistematicamente aos interesses comuns.

O pior regime árabe, segundo ele, é o do Sudão, acusado por alguns governos de cometer massacres deliberados de civis na região separatista de Darfur.

Ex-jornalista e fundador da seção libanesa da ONG ambiental Greenpeace, ele atribui o atraso democrático dos árabes a dois fatores: sistemas educacionais falidos e o incessante clima de guerra.

"Os 400 anos de ocupação otomana deixaram uma região sem educação e muito pobre. Depois, houve até os anos 50 a colonização francesa e britânica, que inventou fronteiras malucas e criou Israel. Aí a guerra se instalou de vez, tornando-se desculpa para os regimes árabes imporem leis especiais e massacrar a oposição", diz Hamdan, que vê o extremismo islâmico como um agravante nesse contexto.

Segundo o libanês, a região é a única a regredir social e economicamente. "A pobreza está aumentando, assim como o analfabetismo. Metade das mulheres na região não sabe ler."

Aos céticos segundo os quais a abertura do mundo árabe poderia levar ao poder grupos como o Hamas, Hamdan manda um recado: "Se islâmicos ganham uma eleição, os deixemos governar, conforme o povo escolheu. Se fizerem coisas boas, ótimo. Se não, serão desalojados no pleito seguinte".




quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Podemos exigir que outros se comportem como queremos?

Acho que não. Vamos respeitar as diferenças.

Programa de TV muçulmano gera polêmica na Suécia

CLAUDIA VAREJÃO WALLIN
da BBC

Um novo programa da televisão estatal sueca SVT, apresentado por três jovens muçulmanas cobertas com o tradicional véu islâmico, está provocando um forte debate sobre o choque entre normas culturais diversas e a integração da população muçulmana na Suécia.

O audacioso "Halal TV" leva ao ar em horário nobre as opiniões de três jovens muçulmanas nascidas na Suécia mas de fé profundamente islâmica, vindas de famílias que emigraram de países do Oriente Médio e do Norte da África. O objetivo do programa é mostrar como as três muçulmanas vêem a Suécia e seus valores, a fim de propiciar uma maior compreensão dos suecos sobre uma parcela da crescente população muçulmana do país.

Os programas abordam temas como sexo, álcool, igualdade e padrões de beleza, com um elemento ocasional de humor. As apresentadoras são Dalia Azzam Kassem, uma estudante de Medicina de 22 anos, a higienista dentária Khadiga El Khabiry, 25, e Cherin Awad, 23.

Compreensão

Durante os programas, elas recebem convidados suecos para debater os temas abordados e entrevistam pessoas nas ruas.

As controvérsias em torno da "Halal TV" surgiram antes mesmo de o primeiro episódio da série ir ao ar, quando a autora e imigrante curda Dilsa Demirbag-Sten revelou uma entrevista gravada em que uma das apresentadoras do novo programa defendia a condenação de mulheres à morte por apedrejamento como uma punição apropriada para o adultério.

Embora a apresentadora Awad tenha se distanciado dos comentários feitos há cinco anos sobre o apedrejamento de mulheres, Demirbag-Sten questionou a decisão da SVT de permitir que a jovem liderasse um programa sobre mulheres muçulmanas na Suécia.

"Há várias maneiras de a televisão estatal usar altos padrões de jornalismo para abordar questões que afetam a população muçulmana do país, sem reduzi-la a um grupo de fanáticos religiosos que acreditam que as mulheres devem manter a virgindade até o casamento e que apóiam o apedrejamento por adultério", argumentou Demirbag-Sten em artigo publicado no jornal sueco "Svenska Dagbladet".

Em um debate na SVT sobre as controvérsias geradas pelo programa, os diretores da série salientaram que Cherin se distanciou das declarações, e defenderam a concepção do programa de apresentar o ponto de vista de jovens muçulmanas como forma de a sociedade ter maior compreensão acerca da população muçulmana no país, que aumentou significativamente desde a guerra no Iraque.

A Suécia recebeu mais imigrantes iraquianos do que o total de refugiados recebidos pelos Estados Unidos e a Europa como um todo --só no ano passado, mais de 19 mil iraquianos entraram no país.

Aperto de mão

No primeiro episódio da "Halal TV", mais uma controvérsia foi levantada: as apresentadoras se recusaram a cumprimentar um convidado do programa, o colunista de jornal Carl Hamilton, com um aperto de mão. A lei islâmica proíbe qualquer contato físico entre homens e mulheres que não sejam casados.

As apresentadoras optaram por cumprimentar Hamilton com o gesto de levar as mãos junto ao peito, deixando a mão estendida do jornalista pairando no ar. O resultado foi uma ríspida troca de palavras: "Desculpe, mas você precisa apertar minha mão", disse o jornalista. "Isto sou eu quem decide", retrucou Khadiga, perguntando a ele como um sueco que se convertesse ao Islã deveria proceder.

"Na Suécia as pessoas cumprimentam-se com um aperto de mãos. Se essa pessoa não for capaz de fazer isso, que se mude para uma caverna e se torne um eremita", respondeu Hamilton, acrescentando: "O problema não somos nós [os suecos]. O problema é que vocês vêm para a Suécia e não querem nos cumprimentar com um aperto de mãos. O problema são vocês". "Eu não vim para a Suécia. Eu nasci aqui", lembrou Khadiga.

O debate se expandiu na mídia sueca, com vários suecos manifestando sua divergência em relação à postura do jornalista.

Em sua coluna no jornal "Aftonbladet", Hamilton indagou se "querer cumprimentar muçulmanos com um aperto de mãos é racismo": "Quem deve se adaptar a quem?", indaga o jornalista. "Para as apresentadoras do programa "Halal TV', a resposta é óbvia. A maioria sueca que aperta as mãos deve se adaptar à minoria muçulmana que não faz isso."

Virgindade

No episódio mais recente do programa, o tema foi a revolução sexual. Dalia quer esperar se casar para ter relações sexuais, o que faz dela uma sueca atípica: segundo um relatório divulgado na semana passada, os suecos têm atualmente mais parceiros sexuais por ano do que a geração de 1968 teve durante uma vida inteira.

No blog do programa, Dalia escreve o seguinte: "O objetivo da revolução sexual foi nos liberar das normas autoritárias e da moral sexual. Será que a revolução atingiu seus objetivos?"

Segundo o Smittskyddinstitutet (instituto sueco de doenças infecciosas), o número de pessoas infectadas com o vírus HIV em 2007 cresceu 20% em relação a 2006. "A lista de desvantagens da revolução sexual não pára aqui. Ela é muito maior. Mas a revolução também criou vantagens. A questão é: qual o preço que estamos dispostos a pagar para continuar a lutar por liberdade?"

A direção da SVT ressalta que as opiniões expressadas no programa se referem exclusivamente às opiniões pessoais das apresentadoras, e que as três jovens muçulmanas não representam nenhum grupo em particular.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u475030.shtml)

Alguém mais entende!

É assim que eu penso! Perdoar!

Americana que perdeu parentes em ataques na Índia diz que perdoa terroristas

colaboração para a Folha Online

A americana Kia Scherr, que teve o marido e a filha assassinados nos atentados em Mumbai, na Índia, no último dia 26, disse que perdoa os terroristas. A declaração foi dada nesta quinta-feira pela rede de TV americana CNN. Nos ataques, 196 pessoas morreram e cerca de 300 foram feridos.

"Nós precisamos mandar para eles [terroristas] o nosso amor, o perdão e compaixão", afirmou Kia que citou Jesus Cristo para expressar a tristeza. "Cristo já dizia: perdoe, eles não sabem o que fazem".

Saurabh Das/AP
Mulher vende balões em frente ao hotel Taj Mahal, um dos locais atingidos nos atentados que mataram 195 pessoas em Mumbai
Mulher vende balões em frente ao hotel Taj Mahal, um dos locais atingidos nos atentados que mataram 195 pessoas em Mumbai

Nos ataques, terroristas do grupo Mujahedin de Deccan --grupo desconhecido que assumiu a autoria dos atentados-- atingiram diversos pontos de concentração de turistas ocidentais. Os hotéis Taj Mahal e Oberoi Trident, além do aeroporto internacional, foram alguns alvos.

Explosões também foram registradas em outros pontos, como a estação de trem Chhatrapati Shivaji, uma das mais movimentadas da Índia, um cinema, delegacias, um hospital que atendia feridos nos ataques e o popular Café Leopoldo, muito freqüentado por turistas e gente de Bollywoody, a indústria cinematográfica indiana.

De acordo com o relato divulgado pela emissora, a mulher disse que os terroristas são "ignorantes e que estão encobertos por revolta e medo". "Nós precisamos mostrar que o amor é possível e que ele é capaz de vencer o medo. Essa é a minha escolha", disse a americana.

O marido Alan Scherr, 58, e a filha, Naomi Scherr, 13, estavam no grupo de 25 pessoas que viajaram para a Índia para um retiro de meditação espiritual. Autoridades disseram que o pai e a filha foram encontrados mortos em um restaurante do hotel Oberoi Tridente, onde o grupo estava hospedado.

Kia Scherr, que não estava na viagem, disse que está enfrentando "uma profunda tristeza e dor". O fundador do grupo de meditação, Charles Cannon, que estava com o marido de Kia nos ataques-- no hotel Oberoi Trident-- afirmou que Alan estava discutindo o próximo dia de atividades para o grupo quando foi baleado.


(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u475143.shtml)