sexta-feira, 29 de maio de 2009

Coisas que a Globo não mostra aos "Homers"

Como conscientizar a população? Mostrando notícias assim, noticiando o que DEVE ser noticiado, não as baboseiras alienantes que mostram...

"Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem!"

Publicado na sexta-feira, 29 de maio de 2009, 09:16

Mudança climática já causa 315 mil mortes por ano, diz estudo

MEGAN ROWLING - REUTERS

LONDRES - A mudança climática mata cerca de 315 mil pessoas por ano, de fome, doenças ou desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil até 2030, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade com sede em Genebra.

O estudo estima que a mudança climática afete seriamente 325 milhões de pessoas por ano, e que em 20 anos esse número irá dobrar, atingindo o equivalente a 10 por cento da população mundial da atualidade (6,7 bilhões).

Os prejuízos decorrentes do aquecimento global já superam os 125 bilhões de dólares por ano -- mais do que o fluxo da ajuda dos países ricos para os pobres -- e devem chegar a 340 bilhões de dólares por ano até 2030, segundo o relatório.

"A mudança climática é o maior desafio humanitário emergente do nosso tempo, causando sofrimento para centenas de milhões de pessoas no mundo todo", disse nota assinada pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, presidente do FHG.

"Os primeiros atingidos e os mais afetados são os grupos mais pobres do mundo, embora eles pouco tenham feito para causar o problema", acrescentou.

De acordo com o estudo, os países em desenvolvimento sofrem mais de 90 por cento do ônus humano e econômico da mudança climática, embora os 50 países mais pobres respondam por menos de 1 por cento das emissões de gases do efeito estufa.

Annan defendeu que a conferência climática de dezembro da ONU em Copenhague aprove um tratado eficaz, justo e compulsório para substituir o Protocolo de Kyoto. "Copenhague precisa ser o acordo internacional mais ambicioso já negociado", escreveu Annan na introdução do relatório. "A alternativa é a fome em massa, a migração em massa e a doença em massa."

O estudo alerta que o real impacto do aquecimento global deve ser muito mais grave do que o texto prevê, já que sua base são os cenários mais conservadores estabelecidos pela ONU. Novas pesquisas científicas apontam para uma mudança climática maior e mais rápida.

O relatório pede especial atenção às 500 milhões de pessoas consideradas extremamente vulneráveis, por viverem em países pobres propensos a secas, inundações, tempestades, elevação do nível dos mares e desertificação.

Dos 20 países mais vulneráveis, 15 ficam na África, segundo o estudo. O Sul da Ásia e pequenos países insulares também são muito afetados.

O texto diz que, para evitar o pior, seria preciso multiplicar por cem os esforços de adaptação à mudança climática nos países em desenvolvimento. Verbas internacionais destinadas a isso alcançam apenas 400 milhões de dólares por ano, enquanto o custo estimado da mudança climática fica em 32 bilhões de dólares.

"O financiamento dos países ricos para ajudar os pobres e vulneráveis a se adaptarem à mudança climática não chega nem a 1 por cento do que é necessário", disse Barbara Stocking, executiva-chefe da ONG britânica Oxfam e integrante do conselho diretor do FHG. "Esta flagrante injustiça precisa ser resolvida em Copenhague em dezembro."

(Reportagem de Megan Rowling)
(de http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,mudanca-climatica-ja-causa-315-mil-mortes-por-ano-diz-estudo,378951,0.htm)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Como ensinar a odiar...

Nota na coluna do Cacau Menezes no DC de 27/05/2009:

Pior do que animais

Nem bicho é tratado assim. Está mais do que na hora de invocar a lei de proteção aos animais para o que anda acontecendo com milhares de detentos nas penitenciárias e cadeias do país. No Departamento de Polícia Judiciária de Vila Velha, no Espírito Santo, uma cela com capacidade para 36 presos abriga 281. É isso mesmo, 281 pessoas.

Como conseguem? Redes são amarradas umas sobre as outras, mas ainda assim dezenas de presos têm de ficar agachados ou em pé, espremidos entre grades e paredes. Vários estão doentes e dividem apenas dois banheiros. A maioria é preso provisório, jovens que foram pegos no crime, informa a Agência Brasil. Os banheiros estão entupidos. Tem preso com tuberculose, gonorreia. Um dorme um dia, outro dorme no outro. Tem rato e barata na caixa d’água e infiltração. Uma coisa medieval, cruel, desumana.

Quer saber o que esse descaso da sociedade provoca. Jefersson Rodrigo, 22 anos, que cumpre pena por assalto a mão armada, responde: “Aqui só gera mais ódio e raiva. Nossa família vem aqui e nos vê nessa humilhação. Quem está aqui porque roubou vai sair querendo matar para descontar tudo”.

E depois a sociedade faz de conta que não entende toda essa violência.

Porque não se faz uma passeata cobrando mais penitenciárias e a instituição de Colônias Penais?