terça-feira, 25 de março de 2008

Pelo voto facultativo!

Eu também acho que numa democracia o voto deve ser facultativo, não obrigatório! Obrigatório é característica de ditadura!

Voto obrigatório "versus" Voto facultativo em um Estado Democrático de Direito - Brasil

Adriano Celestino Ribeiro Barros ( * )

Um verdadeiro Estado Democrático de Direito não usa o VOTO OBRIGATÓRIO, mas sim FACULTATIVO, se não vejamos, in verbis:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; (grifo nosso)

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Combinado com:

Art. 5º (...)

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; da Constituição Federal

Enquanto o Brasil usar esse "absurdo" para eleger quem não representa o "povo" nós iremos votar sempre NULO.

O Voto é cláusula pétrea, mas essa mudança é Constitucional, pois não reduz direito algum. Muito pelo contrário, fará com que apenas votem as pessoas que tem vontade de participar, verbo ad verbum:

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

(...)

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico; (grifo nosso)

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

O único "emprego" que pode aumentar o próprio salário são os políticos. Chega de deixar o verdadeiro povo desinformado dos seus direitos. Portanto, reafirmamos que enquanto houver VOTO OBRIGATÓRIO votaremos SEMPRE NULO.

Chega de tanta incompetência e "cabide de emprego" nesse País. Essa história do Brasil ser o País do Futuro escutamos desde criança e a corrupção nunca acabou e jamais irá acabar.

Quem estiver insatisfeito assim como nós, simplesmente vote NULO até "eles" mudarem para o voto FACULTATIVO. E, dessa maneira, façam algo sensato, pela primeira vez, com a nossa Constituição Federal.

Uma pergunta importante que não quer silenciar.

Os Senhores e Senhoras sabem o quanto pagam de imposto em cada produto e serviço que consomem? Está em nossa Constituição Federal que os consumidores DEVERIAM saber o quanto pagam de impostos embutidos por cada produto ou serviço que consomem. Mas, ninguém faz nada porque não interessa esclarecer a população. Vivemos do "pão e circo" desde a Roma Antiga. E o carnaval está chegando. Depois vem o São João. Depois as Eleições. E a Copa do Mundo é nossa, com o brasileiro não há quem possa... E o povo continua sem enxergar um "palmo à sua frente".

(...)
Seção II

DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. (grifo nosso).

(...)

Há vários pontos de contato entre o Direito do Consumidor e o Direito Tributário.

Um deles é em relação ao ICMS pago como sempre pelo consumidor. Porque além do preço do produto ou serviço ele paga também pelo imposto embutido. Sempre quem está na cadeia final paga todos os custos diretos e indiretos.

Notas:

* Adriano Celestino Ribeiro Barros, Advogado e autor de artigos de jornal, revistas especializadas, informativos, sites, dentre outros. E-mail: acrbadv@uol.com.br. Site: www.adrianocelestinoribeirobarros.blogspot.com.

(de http://www.jurid.com.br/new/jengine.exe/cpag?p=jornaldetalhedoutrina&ID=46038&Id_Cliente=44253)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sonho de Bush é pago com vidas

E ele (o coitado do Bush) ainda se diz vitorioso...

Sonho de Bush é pago com vidas
Gilles Lapouge*

Em cinco anos, o Iraque consumiu muitos generais americanos. O almirante William Fallon, comandante-chefe das tropas americanas no Iraque e Afeganistão, pediu demissão com estardalhaço na semana passada. Ele segue o caminho dos bons soldados calcinados na fornalha iraquiana.

Mas o Iraque não consumiu apenas o cargo de generais americanos. Ele também matou 4 mil soldados americanos e feriu 29 mil. Ele aniquilou 400 mil iraquianos. Ele desalojou 4,4 milhões de pobres coitados no maior êxodo dos tempos modernos desde a separação, em 1947, da Índia e do Paquistão.

Os "sonhos" quando nascem no cérebro devastado de neoconservadores e George W. Bush, custam caro, muito caro. E esses "sonhos" são pagos numa moeda mais preciosa que ouro - a carne humana. Será que essa carnificina monumental ao menos atingiu seus fins? É preciso reconhecer que a guerra de 2003 produziu um resultado: no coração de Bagdá eleva-se uma "zona verde", perfeitamente tranqüila.

Ali, nenhum receio. A operação de Bush deu certo. O problema é que para ir dali para o aeroporto é preciso servir-se de uma auto-estrada que os soldados americanos nunca conseguiram resguardar. E então? Será o caso concluir que os 190 mil soldados americanos e os 60 mil soldados ingleses que caíram sobre o Iraque em março de 2003 fracassaram? No início, foi a glória - eles dissiparam num piscar de olhos o Exército espectral de Saddam Hussein. Mas e depois?

Eis a profecia de um especialista: "A História julgará nossa guerra no Iraque não pelo caráter brilhante de sua execução, mas pelas medidas tomadas no fim das hostilidades." Esse especialista é Donald Rumsfeld, o ex-secretário da Defesa, neoconservador inspirado e do qual até Bush teve de afastar-se.

Tomemos emprestado então o método de Rumsfeld para compreender o veredicto da História. Bush tinha idéias na cabeça quando deu a ordem de atacar. Podemos resumi-las e confrontá-las com a sua realização. A primeira idéia era livrar a região de um tirano atroz, Saddam. Objetivo atingido.

Um segundo objetivo era erradicar o arsenal termonuclear em poder de Saddam. Nesse ponto, fracasso completo. Como poderiam destruir essas bombas, se elas jamais existiram?

Terceiro objetivo: "Levar a democracia ao Iraque". Assim, foi a América de Franklin e Jefferson que os soldados americanos levaram nas suas sacolas: direitos humanos, equilíbrio e separação de poderes, etc. Chegou a haver eleições, alguns governos, mas a estrutura é tão precária que desmoronará em 24 horas, caso os americanos saiam.

Quarto objetivo: extirpar o terrorismo do Oriente Médio. A idéia era que a volta do Iraque ao bom senso e à democracia resultaria num "círculo virtuoso", cujo benefício se estenderia para todos os países da região e até para as nações corroídas pelo terrorismo islâmico. Maravilha! Fim do terror. Papai Noel na Terra! Foi nessa luta contra o terror que Bush recebeu mais censuras, para não dizer mais pauladas.

Quando Bush atacou, o Iraque estava nas mãos de um tirano sombrio, mas não era presa da loucura islâmica. A Al-Qaeda nunca tinha conseguido entrar lá - no mundo árabe, o Iraque era um dos raros países laicos de maioria muçulmana. A guerra e, sobretudo, seus efeitos posteriores puseram fim a essa exceção. No norte, onde se estende a parte curda do Iraque, os incidentes se multiplicam. O barril de pólvora explodirá. No sul, as gangues xiitas abatem os sunitas, o que não as impede de liquidarem-se entre si.

Essa ladainha de burrice e horror poderia prosseguir. Há coisas mais graves, no entanto. Os "efeitos colaterais" dessa guerra são piores. Os EUA são um país fatigado, desencantado. Hoje, apesar da torrente de dólares despejada sobre o Iraque, as crianças fantasmas de Bagdá aplaudem quando um veículo americano é explodido. Na maioria dos países árabes, o ódio aos americanos tornou-se convulsivo. Na Europa, os EUA deixaram de fascinar. Aí está a tragédia.

O país que Bush vai entregar a seu sucessor é um gigante acorrentado por sua própria tolice. O período feliz em que os EUA reinavam, solitários e poderosos, sobre o planeta após a queda do Muro de Berlim, está chegando ao fim. Ainda bem que as eleições presidenciais americanas se aproximam. Todos que admiram os EUA e que pensam que o mundo tem necessidade de sua força e sua sabedoria, aguardarão os resultados com esperança. Mas, e o Iraque? Como se livrar dele?

* Gilles Lapouge é correspondente em Paris

(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080320/not_imp143289,0.php)

quarta-feira, 19 de março de 2008

ÁUDIO: Guerra no Iraque é sangrenta, cruel e baseada em mentiras; ouça Sérgio Dávila

ÁUDIO: Guerra no Iraque é sangrenta, cruel e baseada em mentiras; ouça Sérgio Dávila em http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u383671.shtml
da Folha Online

Nesta quarta-feira (19), a invasão dos Estados Unidos no Iraque completa cinco anos. A guerra pode ter custado um trilhão de dólares e, segundo calculos de algumas ONGs, a morte de mais de um milhão de civis iraquianos.

Na mesma data em 2003, o único repórter brasileiro em Bagdá era Sérgio Dávila, correspondente da Folha em Washington.

Dávila conta que viu de perto os efeitos das armas de destruição e que os alvos eram as mulheres, os idosos e as crianças, pois os homens adultos estavam em combate.

Ele fala que, ao andar pelas ruas, após o bombardeio, presenciou ações de saqueadores e ameaças de linchamentos. "Resultado de uma panela de pressão que foi destampada depois de décadas de fogo baixo", declara o jornalista.

"Não havia luz, água, comida e nenhum tipo de governo ou segurança. As pessoas, que não se esconderam em casa por medo, saíam em busca de vingança ou qualquer outra coisa que encontrassem no caminho", revela o correspondente.

O jornalista afirma que a derrubada do ditador do Iraque é o único saldo positivo da guerra que considera sangrenta, cruel e baseada em mentiras.

"Cinco anos depois, pouco coisa há para comemorar. A saída de Saddam Hussein do poder é uma delas, sem dúvida. O fim da carreira de George W. Bush será outra, mas essa só acontece em janeiro do ano que vem", diz Sérgio Dávila.

Pesadelo sem fim à vista...

Pois aí está, o resultado... Satisfeito, Mr Bush?

Pesadelo sem fim à vista
Poucos dias antes de a invasão do Iraque completar cinco anos, nesta semana, ruiu a segunda mais estrepitosa alegação do governo Bush para justificar a guerra contra um Saddam Hussein debilitado por uma década de sanções internacionais. Depois de rever mais de 600 mil documentos, um instituto de pesquisas de Washington, trabalhando para o Pentágono, concluiu que não há indícios de conexões entre a ditadura iraquiana e a organização terrorista islâmica Al-Qaeda. A alegação principal de Bush - a dos arsenais de destruição em massa à disposição do ditador - já tinha sido desmentida pelos próprios militares americanos, em outubro de 2004. Não espanta que, agora, o descarte da ficção fabricada pelo bushismo de um eixo Saddam-Bin Laden tenha tido escassa repercussão. De há muito ficou claro que as versões de Washington, primeiro sobre o imperativo da "mudança de regime" em Bagdá, depois sobre os progressos na construção de um novo Iraque, pacificado e democrático, são uma fraude continuada.

A realidade é que um dos mais longos conflitos armados da história americana, nascido de uma decisão arrogante, temerária, desinformada, sob pretextos falsos e ao arrepio da lei internacional, produziu uma catástrofe humanitária assombrosa, que ofende, antes de tudo, os valores sobre os quais se alicerçaram os Estados Unidos. Nestes cinco anos perderam a vida perto de 4 mil soldados americanos e cerca de 90 mil civis iraquianos. Os feridos e mutilados militares somam 30 mil; os civis, "muitas dezenas de milhares". Dos 25 milhões de iraquianos, 4,5 milhões são hoje refugiados, no país ou no exterior. Só em Bagdá, aproximadamente 1 milhão de pessoas deixaram as suas casas em busca de abrigo, segurança, água, eletricidade, escola e emprego. O terrorismo e a guerra civil entre sunitas e xiitas - a rigor, "uma coleção de guerras locais", aponta um especialista americano -, além da destruição material e da desestruturação de comunidades inteiras, mais a corrupção deslavada compõem um pesadelo sem fim à vista.

A crer nos dados oficiais, o custo da guerra chegará a US$ 650 bilhões este ano, dez vezes mais do que a Casa Branca previa às vésperas da invasão, e chegará a US$ 2 trilhões se a guerra durar mais 5 anos. O economista Joseph Stigliz, agraciado com o Prêmio Nobel, chega a um "custo verdadeiro" de estonteantes US$ 3 trilhões. A cada mês, a ocupação agrega US$ 10 bilhões à dívida americana de mais de US$ 9 trilhões. A crise financeira dos EUA tem relação direta com o Iraque. Washington alardeava que as receitas petrolíferas iraquianas cobririam parte dos gastos. O petróleo, desviado em escala industrial para o mercado negro, financia, isso sim, os atentados que matam mais de 100 civis por semana. "O dinheiro, muito mais do que a ideologia jihadista", apurou o New York Times, "é a motivação da maioria dos insurgentes sunitas." Por US$ 100, um desempregado planta uma bomba ou abriga um terrorista armado. "Noventa por cento dos perpetradores", diz um oficial americano, "são apenas pessoas que querem alimentar as suas famílias."

Não há luz no fim do túnel. A senadora e presidenciável democrata Hillary Clinton, que em 2002 votou por autorizar Bush a atacar o Iraque, diz agora que "não podemos vencer" a guerra civil no país, e promete, se eleita, iniciar a retirada em 60 dias. O seu rival Barack Obama fala em concluir o repatriamento em 16 meses. O republicano John McCain, defensor da invasão, retruca que isso dará a vitória à Al-Qaeda - fingindo ignorar, aliás, que a ocupação foi o que a levou ao Iraque. Ele declarou retoricamente que, se necessário, forças americanas deveriam ficar ali "talvez 100 anos". O grande problema é precisamente este: a violência no país tende a se prolongar até onde o olhar alcança. Analistas militares acham que os Estados Unidos mal chegaram à metade do caminho. E um general da ativa, depondo no Capitólio, informou que os militares iraquianos não assumirão a responsabilidade pela segurança interna antes de 2012 e não serão capazes de defender as fronteiras nacionais antes de 2018.

Em novembro, o eleitorado americano dirá se isso é problema dos iraquianos ou se obriga os Estados Unidos a permanecerem no Iraque sabe-se lá por quanto tempo, ao custo sabe-se lá de quantas vidas.

(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080319/not_imp142615,0.php)

segunda-feira, 17 de março de 2008

Israelense se disfarça de palestina e relata experiência

Estive lendo os comentários à reportagem do jornal español "El Pais" sobre a braileira-española que foi impedida de voltar para a españa por não ter autorização do pai da menina (http://www.elpais.com/articulo/espana/nino/vuela/Espana/elpepuesp/20080317elpepinac_10/Tes). Vejo ignorância e preconceito em toda a parte, desde meus vizinhos e parentes até os confins do mundo...

Vejam mais esta. Seria cômico se não fosse trágico!

Israelense se disfarça de palestina e relata experiência
GUILA FLINT
de Tel Aviv para a BBC Brasil

A israelense Liad Kantorowicz, de 30 anos, ativista política formada em estudos do Oriente Médio, resolveu usar a si mesma como cobaia de um experimento sociológico: durante um mês ela circulou em Tel Aviv disfarçada de palestina muçulmana.

Seu objetivo era verificar quais seriam as reações de israelenses, habitantes de Tel Aviv, a uma mulher palestina que estivese circulando em diversos lugares da cidade normalmente freqüentados apenas por israelenses.

Liad, que relatou a experiência no semanário Ha'ir, de Tel Aviv, disse que foi objeto de várias reações hostis-- e que ficou surpresa com a intolerância que encontrou na cidade onde vive.

Durante um mês, Liad saiu de casa todos os dias com a cabeça coberta por um hijab - um lenço que cobre os cabelos e o pescoço, usado freqüentemente por palestinas muçulmanas - e se vestiu de forma "a combinar com o hijab", ou seja, com roupas bastante conservadoras, segundo as tradições palestinas.

"Meu plano era continuar vivendo a minha vida normal e freqüentar os mesmos lugares que costumo freqüentar, mas usando o hijab, e registrar as reações das pessoas", disse Liad à BBC Brasil.

"Também queria tentar sentir o que sente uma mulher palestina que circula em Tel Aviv".

Liad imaginava que fosse enfrentar manifestações de racismo. Mas ela conta que ficou chocada com a intensidade das reações negativas.

Disfarce

Durante a experiência, ela circulou nas ruas da cidade, foi ao banco e ao supermercado, almoçou em restaurantes e freqüentou bares e clubes noturnos.

Chegou até a publicar um anúncio na internet, oferecendo um quarto para alugar e recebeu inquilinas potenciais em seu apartamento, sempre vestindo o hijab.

"Uma mulher me telefonou. Conversamos um pouco por telefone, ela ouviu meu sotaque israelense típico e combinamos que viria ver o apartamento".

"Abri a porta usando o hijab e percebi que ela levou um susto".

Segundo Liad, a mulher desistiu de alugar o quarto alegando que "não era racista, mas seria difícil morar com alguem tão diferente".

"Ela quase teve um ataque de histeria e não parava de dizer que não era racista".

A israelense conta que a potencial inquilina voltou a contactá-la dias depois, afirmando que estaria disposta a alugar o quarto se ela deixasse de usar o hijab e retirasse os cartazes em árabe que ela tinha pendurados nas paredes do apartamento.

Em outra ocasião, Liad combinou um encontro em um restaurante com um amigo, soldado, que chegou vestido com seu uniforme militar.

"Foi um momento bem cômico, nosso encontro causou a maior confusão no restaurante, todas as pessoas pararam de comer quando trocamos beijos e abraços", relatou Liad.

Olhares

Para ela, uma das coisas mais difíceis era andar na rua.

"Sentia que todos os olhares se concentravam em mim, e havia muitos olhares hostis".

Em algumas ocasiões ela conta que chegou a sofrer violência física.

Quando participou em uma manifestação de grupos de esquerda contra o bloqueio de Israel à faixa de Gaza, ela diz ter sido agredida por pessoas que passavam na rua.

"Éramos cerca de cem manifestantes, mas eu fui a única que sofreu agressões fisicas, algumas pessoas me empurraram, cuspiram em mim e gritaram 'desapareça deste país, não queremos vê-la por aqui!'."

Boate

De acordo com Liad, o momento mais doloroso da experiência ocorreu em uma boate gay.

"Dava para cortar o ar de tanta tensão, todos os olhares se voltaram para mim quando entrei na boate, que supostamente deve ser um lugar de tolerância".

Liad diz ter sentido olhares hostis, que claramente diziam que ela não era bem-vinda e dois homens jovens chegaram a agredí-la verbalmente, gritando: "como você ousa usar o símbolo do islã neste lugar impuro?".

Segundo ela, eram dois gays palestinos, que se faziam passar por israelenses, que quase a agrediram fisicamente.

"Eu os levei para fora (da boate) e expliquei o objetivo da minha experiência. Um deles começou a chorar, acho que o fiz perceber a contradição em que vivia".

Experiência

Embora tenha passado por momentos dificeis, Liad não se arrepende da experiência.

"Foi fascinante", disse, "aprendi muito durante este mês".

"Com o hijab e as roupas que vesti, estava coberta da cabeça aos pés, mas me senti mais exposta do que nunca a todos os tipos de violência" disse Liad.

"A experiência me fez perceber o quanto eu não sei sobre as mulheres palestinas", afirmou a jovem. "Tentei entrar em um personagem imaginário, mas não posso saber realmente como uma mulher palestina se sente".

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u382672.shtml)

E alguns dos comentários no El Pais, uns coerentes e ponderados, outros de ignorantes e preconceituosos:
#197
Patricia - 17-03-2008 - 16:40:43h
Yo he vivido en España durante muchos años, soy brasileña, con nacionalidad española y todas las veces que venía a Brasil sin el padre de mis hijos, mi marido tenía que hacer una autorización junto al Consulado, para que mis hijos viajaran solo conmigo. Esto es un requisito desde hace mucho tiempo para entrar y salir de Brasil con menores, es la Ley y no tiene nada que ver con la pelea entre los Ministerios de Asuntos Exteriores de España y Brasil de las últimas semanas.


#195
Alonso Martinez - 17-03-2008 - 16:33:35h
Bueno, como universitario bastante internacional que soy y viajero empedernido. He entrado y salido de muchos países, pero con control de entrada... USA, CANADA, UK, Italia, Brasil, etc. En el único lugar donde consistentemente me tratan mal, el único lugar donde la policía ha sido para mi una amenza, es España. Cuando les pregunto por qué el mal trato diferenciado hacia mi, siempre me dicen "Todos dicen lo mismo". Será lo que sea, pero no me parece casualidad la actual crisis, salvo un gobierno latinoamericano digno que considera a sus ciuidadanos iguales que a los españoles. Lamentablemente en México no es así.


Preconceituosos:

#149
juan - 17-03-2008 - 13:41:35h
O Brasil: La mayor republica bananera del mundo. sin comentarios. Con no ir basta. Para ver miseria, grandeza y selva hay 6 paises mas....y Africa queda mas cerca


Esta, abaixo, é ridicula! "ajustemonos a la estricta legalidad vigente"... Que legalidade, homem branco? As arbitrariedade dos agentes de Barajas???

#144
Antonio de Málaga - 17-03-2008 - 13:09:31h
El gobierno español debería mostrar mas seriedad y sobre todo mucha más firmeza con este asunto. Si los brasileños se quieren acoger a la legalidad para perjudicar a los españoles. Hagamos lo mismo, ajustemonos a la estricta legalidad vigente y devolvamos 200 cada mes. Leña al mono hasta que hable... español.


Recado para o autor do post aí embaixo: "Não fazes falta nenhuma aqui!! Saludos!

#135
iñaki - 17-03-2008 - 12:56:29h
Pensaba haber ido a Rio de Janeiro, Iguassu y Buenos Aires este verano; pero he decidido pasar de Rio e ir sólo a Buenos Aires e Iguazu. Gobierno Español: caña al Gobierno brasileño hasta que entienda que no es lo mismo putear a turistas y empresarios españoles que intentar detectar inmigrantes ilegales.


Pobres ignorantes! Vejam isso abaixo:
#119
Hutch - 17-03-2008 - 12:31:22h
La verdad que si tienen pasaporte español y todos los papeles en regla supongo que se podría denunciar al estado brasileño por secuestro o detención ilegal o el término legal apropiado ¿no?

#116
ESTHER - 17-03-2008 - 12:28:02h
Este caso es muy grave. No debe quedarse en nada por el bien la humanidad. No es lo mismo que un Estado impida a un persona acceder a su territorio a que no la deje salir del mismo, en este último caso hay una violación criminal de derechos que debe hacer actuar a la comunidad internacional.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Bush: dólar fraco prejudica compra de energia

Foi ele mesmo quem enfraqueceu, do que está chorando?

Bush: dólar fraco prejudica compra de energia
RENATO MARTINS - Agencia Estado

WASHINGTON - O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que gostaria, "absolutamente", de ver o dólar mais forte. "Nosso dólar já não compra tantos barris de petróleo como costumava fazer, e então, portanto, ele é mais caro para o povo americano. E é por isso que eu sou a favor de um dólar forte, uma razão", afirmou Bush em entrevista ao programa Informe Noturno sobre Negócios, da rede pública de televisão PBS.

Para Bush, a queda do dólar frente ao euro "não é uma boa notícia, se você é a favor de um dólar forte, como eu sou". Ele acrescentou que "temos um dólar que está se ajustando, e eu sou a favor de um dólar forte" e que "há certas coisas que nós podemos fazer. Podemos enviar sinais ao mundo de que seu capital é bem-vindo nos EUA, de que vamos combater o protecionismo e de que vamos lidar com isso - você sabe, o dólar se fortalecia quando as pessoas percebiam a vitalidade relativa de nossa economia. E uma das coisas que as pessoas estão acompanhando com cuidado é se o governo dos EUA vai implementar políticas para estimular o crescimento sem afetar o crescimento no longo prazo". As informações são da Dow Jones.

(de )http://www.estadao.com.br/economia/not_eco139120,0.htm

quarta-feira, 12 de março de 2008

Rocha Mattos perde cargo de juiz

Punição exemplar! Que se repita por muitas e muitas vezes, também com os políticos, que é o que o povo mais quer!

Rocha Mattos perde cargo de juiz

FAUSTO MACEDO - Agencia Estado
SÃO PAULO - João Carlos da Rocha Mattos não é mais juiz federal. Perdeu o cargo e as prerrogativas da toga. Agora é prisioneiro comum, não detém mais foro privilegiado perante tribunais superiores. Foram cassados seus vencimentos e o direito à aposentadoria.

A medida foi decretada hoje, ao final da tarde, pela presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo/Mato Grosso do Sul), desembargadora Marli Ferreira.

Alvo maior da Anaconda, missão federal que desmontou suposta organização criminosa para venda de sentenças judiciais em São Paulo, Rocha Mattos foi expulso da magistratura ?por conduta incompatível com o que se espera de um juiz federal nos termos da Lei Orgânica da Magistratura?, segundo decidiu Marli Ferreira.

Mesmo preso, desde novembro de 2003, Rocha Mattos continuava recebendo seu contracheque, cerca de R$ 22 mil. Agora, como ex-juiz, ele perde até direito à prisão especial. Na condição de condenado comum, vai ser encaminhado a um presídio comum assim que a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo for notificada.

A perda do cargo de magistrado federal é conseqüência de sucessivos inquéritos judiciais, depois transformados em ações penais contra Rocha Mattos. No caso Anaconda ele foi condenado a 3 anos de prisão, formalmente acusado por formação de quadrilha. Muitas outras ações foram abertas contra ele. Uma delas foi por denunciação caluniosa contra os juízes federais Fausto Martin de Sanctis e Hélio Nogueira, titulares de Varas Criminais no Fórum onde Rocha Mattos atuava.

Esse processo transitou em julgado (sentença definitiva) e Rocha Mattos entrou com uma série de recursos perante o Supremo Tribunal Federal com o objetivo de adiar ao máximo a execução da sentença. O STF negou estes seguidos recursos e autorizou o TRF 3 a concluir a execução da pena, culminando com a perda do cargo.

A decisão de Marli acata pedido do Ministério Público Federal. Em autos de execução penal, o MPF destacou advertência do Supremo Tribunal Federal sobre ?abusivo excesso de recursos por parte da defesa, objetivando o retardo da execução da sentença?.
(de http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac138534,0.htm)

Esta foto merece um prêmio!

Índia tenta impedir choque em reintegração de posse no AM

Na foto, a índia Many Sateré tenta impedir a ação da tropa de choque durante a reintegração de posse na Comunidade Lagoa, localizada na altura do km 11 da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), no Amazonas. Crédito: Luiz Vasconcelos/ A crítica

terça-feira, 11 de março de 2008

"Ri ao ouvir embaixador dizer que Barajas não é prisão", diz brasileiro

O que dizer? Realmente é ridículo!

"Ri ao ouvir embaixador dizer que Barajas não é prisão", diz brasileiro
GABRIELA MANZINI
da Folha Online

Rir foi a reação que o publicitário Mirton de Paula, 35, disse ter tido ao saber que o embaixador da Espanha no Brasil, Ricardo Peidró, disse que os brasileiros retidos no aeroporto de Barajas, em Madri, "não estão, de modo algum, em situação de detenção ou de prisão". "Isso não é verdade. Nem acesso à advogada que minha família tinha contratado na Espanha eu tive. Sofri uma pressão psicológica terrível."

O publicitário chegou a Madri em um vôo da BRA no dia 28 de maio de 2007, determinado a visitar amigos em Madri, Barcelona (Espanha) e França. O amigo que estava com ele, caucasiano, não teve problemas, mas ele, mulato, ficou retido. "Quando entrei no alojamento, vi que era um navio negreiro. Havia dois ou três brancos."

Arquivo Pessoal

Mirton de Paula, na França, um mês depois de ser barrado na Espanha

Ele diz que chegou a Madri com 1.200 euros, dois cartões de crédito internacionais recém-emitidos e uma carta-convite de um amigo da França, ratificada pelo governo francês. O primeiro procedimento foi passar por uma entrevista --"uma farsa", diz ele. Ao final, ele foi informado de que teria que retornar ao Brasil --uma semana depois.

"Eu fiquei desesperado de pensar em ficar uma semana lá [porque a BRA tinha apenas vôos semanais]. Na hora eu puxei o dinheiro e disse que queria comprar uma passagem para um vôo que saísse antes, pedi que pusessem no meu cartão. Nada adiantou. Eles disseram que eu tinha que voltar com a mesma companhia que havia ido. Depois, perguntei porque eu tinha sido barrado, e a funcionária respondeu 'mala suerte' ['azar', em espanhol]."

Na semana em que permaneceu trancado no aeroporto, Paula não pôde mexer na bagagem --teve que ficar com a mesma roupa e tomar banho com o sabonete usado para lavar mãos-- e foi obrigado a comer e dormir na hora determinada pelos guardas. "Eles batem na cama de metal e gritam 'desayuno, desayuno', como quem diz 'quem não comer vai ficar com fome'."

"Eu fiquei sem ação, sempre pensando que poderia ser morto se abusasse demais, se fosse agressivo de alguma forma. Os guardas seguravam as pessoas pelo braço, gritavam. Eu vi um garoto brasileiro de 5 anos sendo chamado de 'porco brasileiro' por ter demorado para pegar uma maçã que caíra no chão."

Depois da experiência do confinamento e de ser escoltado até o avião, Paulo afirma que não volta para a Espanha "nem pago". "Meu conselho é para ignorarem e irem para outro canto."

Por telefone, a reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria de imprensa da Embaixada da Espanha no Brasil, em Brasília.


(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u380425.shtml)

ANÁLISE-Guerras de Bush ajudaram ascensão regional do Irã

Isso deixa a quem contente?


ANÁLISE-Guerras de Bush ajudaram ascensão regional do Irã

ALISTAR LYON - REUTERS
TEERÃ - Cinco anos depois, o Irã pode agradecer os Estados Unidos por derrotarem inimigos regionais de Teerã e involuntariamente ajudar a transformar a República Islâmica numa potência regional.

Primeiro os militares dos EUA derrubaram, no final de 2001, o regime islâmico afegão do Taliban, que também era inimigo do regime xiita de Teerã. Depois, em 2003, a invasão do Iraque pôs fim ao longo governo de Saddam Hussein, arquiinimigo dos iranianos.

"A remoção desses dois regimes sem que fossem sucedidos por Estados poderosos beneficiou enormemente o Irã e abriu a cotoveladas espaço para o Irã espalhar sua influência", disse Vali Nasr, pesquisador-sênior do Conselho de Relações Exteriores, de Washington.

Mas o Irã não pode descartar totalmente uma ação militar norte-americana para destruir suas instalações nucleares, e a economia do país, muito dependente do petróleo, pode se mostrar vulnerável dentro de alguns anos, embora atualmente vá de vento em popa.

Com o colapso do Exército iraquiano, em 2003, o Irã ficou sem um rival militar regional à altura, o que enfraquece o mundo árabe (ao qual Teerã não pertence) e seus governos, majoritariamente sunitas.

A bonança do preço do petróleo também alimenta a sensação de poderio da República Islâmica, e o presidente Mahmoud Ahmadinejad continua desafiando o Ocidente com seu programa nuclear, apesar das sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

"A cada 24 horas estamos ganhando 270 milhões em moedas fortes, uma quantia mágica", disse o economista iraniano Saeed Leylaz. "O Irã pode transferir os seus petrodólares para comprar lealdades internamente e parcerias estratégicas externamente."

Nos últimos cinco anos, o Irã se tornou um ator político importante no Iraque, nutrindo laços com xiitas e outras facções. O país também ampliou sua influência em outros pontos do mundo árabe, por meio de alianças com a Síria, com o Hezbollah libanês e com o Hamas palestino.

Aliados árabes dos EUA, como Arábia Saudita, Egito e Jordânia, estão alarmados com a ascensão do Irã, mas, depois do caótico resultado do Iraque, temem que uma eventual ação militar norte-americana contra Teerã provoque mais instabilidade.

Psicologicamente, o Irã parece em vantagem. "Não importa quais coisas politicamente corretas digamos, o mundo árabe demonstrou muito medo, receio e ansiedade com o Irã, enquanto para o Irã a recíproca não é a mesma", disse Nasr.

A possibilidade de ataques norte-americanos ao Irã diminuiu sensivelmente quando uma Estimativa Nacional de Inteligência dos EUA, divulgada em dezembro, admitia surpreendentemente que Teerã abandonou a busca por armas nucleares desde 2003 e provavelmente não a retomou desde então.

(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int138178,0.htm)

Guerra do Iraque custará ao menos US$ 3 trilhões aos EUA, diz economista

Isso deixa a quem contente?

Guerra do Iraque custará ao menos US$ 3 trilhões aos EUA, diz economista
da France Presse, em Washington

A Guerra no Iraque custará ao menos US$ 3 trilhões (cerca de R$ 5 trilhões) aos Estados Unidos, afirma o prêmio Nobel de Economia americano Joseph Stiglitz em seu novo livro, publicado recentemente.

"O custo das operações militares americanas --sem levar em conta os gastos a longo prazo, como cuidados com os ex-combatentes-- já supera o custo da guerra do Vietnã, que durou 12 anos, e representa mais que o dobro do que custou a guerra da Coréia", segundo o livro "The Three Trillion Dollar War: The True Cost of the Iraq Conflict" ("A guerra de três trilhões de dólares: o verdadeiro custo do conflito no Iraque").

O cálculo feito por seus autores, Stiglitz e Linda Bilmes, professora da Universidade Harvard, é muito superior ao divulgado pelo gabinete de orçamento do Congresso americano, cuja estimativa de gastos relativos às guerras empreendidas pelos Estados Unidos até 2017 fica entre US$ 1,2 e US$ 1,7 trilhão de dólares.

Após cinco anos de campanha no Iraque, o gasto da guerra deverá aumentar para mais de US$ 12,5 bilhões por mês em 2008, contra US$ 4,4 bilhões em 2003. Com a guerra no Afeganistão, o total alcança US$ 16 bilhões mensais, o equivalente ao orçamento da ONU, segundo os autores.

Stiglitz e Bilmes apontam para o fato de que a administração do presidente George W. Bush não leva em consideração em seus cálculos elementos críticos como as ofertas de bônus para atrair e manter recrutas no Exército, o custo da cobertura de saúde dos ex-combatentes e as pensões às famílias daqueles que morreram na guerra.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u380587.shtml)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Oito espanhóis são barrados no aeroporto de Salvador (BA)

Quando fui a New York City, antes dos atentados de 11/09, fui extremamente mal-tratado pelo funcionário do aeroporto. Ele "se achava"! Agora são os espanhóis... Reciprocidade neles! Chega de arrogância!

Oito espanhóis são barrados no aeroporto de Salvador (BA)
Publicidade

da Folha Online

A Polícia Federal impediu nesta quinta-feira (6) a entrada de oito espanhóis que tentavam desembarcar no aeroporto internacional de Salvador (Bahia), segundo reportagem do "Jornal da Globo".

Cinco homens e três mulheres foram barrados ao desembarcarem, por volta das 21h15, em um vôo da Air Europa. Eles foram enviados de volta às 23h30.

A PF alegou que alguns dos espanhóis apresentavam irregularidades na documentação e outros não haviam declarado o dinheiro que traziam ao país.

O Itamaraty anunciou nesta quinta-feira (6) que estuda adotar medidas de retaliação ao governo espanhol pela detenção de brasileiros no aeroporto de Barajas, Madri.

Nesta quarta, outros dois brasileiros foram impedidos de entrar na Espanha para escala rumo a Portugal. Os dois estudantes de mestrado deveriam apresentar trabalhos em um congresso de ciências sociais em Lisboa.

O número de brasileiros barrados no aeroporto aumentou mais de 20 vezes em um ano e meio, de acordo com dados da embaixada do Brasil na Espanha. Só em fevereiro deste ano, 452 brasileiros foram impedidos de entrar no país.

A reciprocidade diplomática é a adoção por um país de medidas iguais às impostas por outro Estado aos seus cidadãos. Ou seja, como a Espanha barra cidadãos brasileiros em seu território, o Brasil passaria a fazer o mesmo com os espanhóis no Brasil.

O princípio da reciprocidade já foi adotado em 2004 pelo Brasil, mas em retaliação aos Estados Unidos. Um juiz federal determinou que todos os norte-americanos que entrassem no Brasil deveriam ser fotografados e fichados, mesmo procedimento adotado em relação aos brasileiros nos Estados Unidos.

A medida causou protestos de entidades ligadas ao turismo e até a detenção do piloto Dale Robbin Hersh, que no momento da foto segurou o papel com seu número de identificação mostrando o dedo médio. Hersh pagou multa de R$ 36 mil e foi deportado.

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u379493.shtml)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Garoto de 8 anos é aprovado em direito

Se um garoto de 8 anos foi aprovado, e, como dizem seus pais, "não é super-dotado", então tem algo errado aí no vestibular... Ou no nível dos outros vestibulandos, he, he, he!

Garoto de 8 anos é aprovado em direito

SEBASTIÃO MONTALVÃO
Colaboração para a Agência Folha, em Goiânia

Ele tem apenas oito anos, mas acaba de ser aprovado no vestibular para o curso de direito da Unip (Universidade Paulista) em Goiânia (GO).

João Victor Portellinha, que está dois anos adiantado na escola --no quinto ano do ensino fundamental em um colégio particular--, acaba de passar como "treineiro" na Unip.

As provas foram realizadas na última sexta. O resultado foi divulgado na segunda, e ontem mesmo a mãe do garoto efetivou a matrícula. O caso, no entanto, deve parar na Justiça. É que, mesmo tendo matriculado o jovem calouro, a Unip diz que não será possível o ingresso do garoto na turma de adultos. O dinheiro pago, segundo a faculdade, será devolvido à família.

Os pais dizem que pretendem recorrer à Justiça. Eles se dizem surpresos com a aprovação, mas orgulhosos do desempenho do filho.

"Não vejo maiores problemas no fato de ele freqüentar as aulas. E ele mostrou no vestibular que tem condições de participar do curso, assim como todos que fizeram a prova e foram aprovados", diz o pai, o empresário William Ribeiro de Oliveira, que está no segundo ano de direito da mesma Unip.

A mãe, a arquiteta Maristela Ribeiro, também apoia a idéia. "É um sonho dele e vamos correr atrás."

Segundo a mãe, ele não é superdotado. "É um menino comum. É muito dedicado, gosta de ler e estudar. Mas brinca, se diverte e faz amigos." O objetivo dele agora é ser juiz federal.

A OAB (Ordem do Advogados do Brasil) de Goiás diz que há preocupação com o fato de o garoto de apenas oito anos ter passado no vestibular e diz que irá estabelecer maior rigor na fiscalização. Segundo a entidade, há uma "mercantilização do ensino jurídico".

Já a Unip diz que "o desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e sua escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua".

(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u379131.shtml)

70% dos americanos desaprovam imagem dos EUA, diz pesquisa

Até mesmo eles se deram conta!


70% dos americanos desaprovam imagem dos EUA, diz pesquisa

Número de insatisfeitos dobrou desde o início da era Bush; é o maior índice desde a época da guerra do Vietnã

Associated Press
WASHINGTON - Uma nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 5, indicou que cerca de 70% dos americanos estão insatisfeitos com a imagem externa norte-americana.

O resultado indica mais do que o dobro do número de pessoas que se declararam insatisfeitas no início da administração Bush, e é maior que o índice verificado durante a guerra do Vietnã.

A pesquisa foi divulgada após os pré-candidatos presidenciais democratas acusarem o presidente dos EUA, George W. Bush, de enfraquecer os rumos da América.

Americanos que acreditam que a imagem dos Estados Unidos é positiva no mundo decaiu de 75% no começo de 2001 para 43% nas pesquisas deste ano.

A maioria dos republicanos dizem estar satisfeitos com a imagem externa dos EUA, enquanto 85% dos democratas se dizem insatisfeitos.

Outra pesquisa mostrou que a maioria dos americanos vêem a China de forma negativa. Há um ano, 48% da população tinha uma imagem não favorável do país - neste ano, o índice negativo subiu para 55%.

As pesquisas foram feitas durante 11 e 14 de fevereiro, entrevistando mais de mil adultos nos Estados Unidos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Outro estudo indicou que o Canadá, o Reino Unido, a Alemanha e o Japão são os países mais bem avaliados pelos americanos; o Iraque, a Coréia do Norte e o Irã aparecem no fim da lista dos 22 países citados.


(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int135433,0.htm)

Projeto reconhece profissões de TI, mas exclui criação de conselhos

E quem, como eu, já trabalha com informática há 40 anos e exerce o cargo de analista de sistemas há mais de 5 anos, embora ná tenha nenhum curso na área?
Com quinze anos de idade montei meu primeiro flip-flop, com 17 escrevi meu primeiro programa em linguagem de máquina...

Projeto reconhece profissões de TI, mas exclui criação de conselhos
Quarta-feira, 05 de Março de 2008, 19h25
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (5/3), parecer favorável do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao projeto de lei que regulamenta o exercício das profissões de analista de sistemas e técnico de informática. A proposta é de autoria do senador Expedito Júnior (PR-RO) e agora será encaminhada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na qual receberá decisão terminativa.

O parecer de Azeredo excluiu da proposta original (projeto de lei 607/07), por sugestão do senador Renato Casagrande (PSB-ES), a possibilidade de criação de conselhos federal e regional de informática. Casagrande lembrou, ao explicar que a proposição continha um vício de iniciativa, que conselhos federais são autarquias e a concepção desses órgãos é prerrogativa do Poder Executivo.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) observou que, caso fosse aprovado prevendo a criação dos conselhos de informática, o projeto seria vetado pela Presidência da República. O senador sugeriu que analistas de sistemas e técnicos de informática poderão optar pelo vínculo a algum conselho ou confederação já existente com o qual a profissão tenha pertinência.

De acordo com a proposta, a profissão de analista de sistemas somente poderá ser exercida por pessoas que possuam diploma de nível superior em análise de sistemas, ciência da computação ou processamento de dados. Já para desempenhar a função de técnico de informática, o projeto determina a comprovação de diploma de ensino médio ou equivalente de curso técnico de Informática ou de programação de computadores. Esses diplomas devem ser expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas, ainda de acordo com o projeto.

"É desse profissional que se espera o cumprimento de normas éticas e a colaboração efetiva para que haja segurança nas comunicações e o respeito às normas legais, civis e criminais aplicáveis à atividade", ressalta Azeredo em seu relatório.

Com informações da Agência Senado. Da Redação

(de http://www.tiinside.com.br/Filtro.asp?C=265&ID=86125)