ÁUDIO: Guerra no Iraque é sangrenta, cruel e baseada em mentiras; ouça Sérgio Dávila em http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u383671.shtml
da Folha Online
Nesta quarta-feira (19), a invasão dos Estados Unidos no Iraque completa cinco anos. A guerra pode ter custado um trilhão de dólares e, segundo calculos de algumas ONGs, a morte de mais de um milhão de civis iraquianos.
Na mesma data em 2003, o único repórter brasileiro em Bagdá era Sérgio Dávila, correspondente da Folha em Washington.
Dávila conta que viu de perto os efeitos das armas de destruição e que os alvos eram as mulheres, os idosos e as crianças, pois os homens adultos estavam em combate.
Ele fala que, ao andar pelas ruas, após o bombardeio, presenciou ações de saqueadores e ameaças de linchamentos. "Resultado de uma panela de pressão que foi destampada depois de décadas de fogo baixo", declara o jornalista.
"Não havia luz, água, comida e nenhum tipo de governo ou segurança. As pessoas, que não se esconderam em casa por medo, saíam em busca de vingança ou qualquer outra coisa que encontrassem no caminho", revela o correspondente.
O jornalista afirma que a derrubada do ditador do Iraque é o único saldo positivo da guerra que considera sangrenta, cruel e baseada em mentiras.
"Cinco anos depois, pouco coisa há para comemorar. A saída de Saddam Hussein do poder é uma delas, sem dúvida. O fim da carreira de George W. Bush será outra, mas essa só acontece em janeiro do ano que vem", diz Sérgio Dávila.
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