terça-feira, 24 de junho de 2008

As perspectivas não sáo boas...

...pois o mundo cada vez se fecha mais em sua, como dizer? Tacanhez? Idiotice? Egoísmo?

A Europa perdeu a paciência

José Pastore*

A União Européia (UE) aprovou uma dura lei de imigração. Vai prender e deportar os imigrantes ilegais.

Como vai funcionar isso? Os imigrantes terão um prazo de até 30 dias para deixar voluntariamente o país onde vivem. Os que não saírem, serão notificados oficialmente. Se desobedecerem, serão presos. Em seguida, expulsos, aliás, "removidos". Os europeus acham essa palavra mais suave...

Apesar de a lei ter um prazo de carência, esperam-se manifestações sociais imediatas tanto de imigrantes quanto de nativos. O assunto é explosivo.

A Europa está numa encruzilhada. Na maioria dos países, a população diminui. A Itália e a França pagam para as moças terem uma criança. Poucas se animam. A população envelhece e não há reposição. Em 2050, a população com mais de 65 anos na força de trabalho será de 60%! Muitos já estarão aposentados. Faltarão jovens para trabalhar. Isso significa que a Europa precisa de gente de fora, o que os nativos detestam. Temem perder seus empregos para os imigrantes e, em especial, para os seus filhos que estão se educando melhor.

O temor é justificável. Os países da UE, especialmente os do antigo lado ocidental (França, Itália, Bélgica e outros), têm gerado poucos empregos. A maior dificuldade para gerar empregos é o excesso de regulamentação nacional e, agora, internacional, para toda a UE. As restrições para dispensar empregados, por exemplo, atuam como inibidor de novas vagas.

O Banco Mundial calcula o índice de dificuldade para gerar empregos. Quanto mais alto, mais difícil. Gerar um emprego em Portugal, por exemplo, é 48 vezes mais difícil do que nos EUA. Na França e na Espanha, 56 vezes. Com isso, o desemprego cresce. O desemprego é alto não porque os candidatos são muitos - como ocorre no Brasil -, mas porque os empregos são poucos.

Para os trabalhadores o que mais machuca é a atual falta de empregos. Para a economia, é a futura falta de empregados. Para os políticos, é falta de votos dos eleitores (nativos) que estão mais preocupados com os empregos do presente do que com os filhos do futuro. Por isso, conservadores e liberais votaram juntos. Os socialistas e os verdes foram mais bonzinhos: pleitearam um período mais curto de prisão...

É claro que nenhum país pode admitir a ilegalidade. Mas, é claro, seria possível acertar isso se houvesse um interesse genuíno em contar com essa mão-de-obra. Os europeus querem trabalhar pouco, ter um bom seguro-desemprego, desfrutar de uma aposentadoria generosa, usufruir licenças longas e manter altos salários. Isso é muito caro. Ademais, precisa ser sustentado pelos jovens. Até quando esse estilo de vida vai durar num mundo que é obrigado a enfrentar a concorrência da China, da Índia e de outros países emergentes?

Com orçamentos deficitários por causa do excesso de despesas com seguro-desemprego prolongado, aposentadorias e licenças invejáveis e, ainda, com o problema demográfico que já está instalado, os especialistas estimam um alarmante declínio no crescimento econômico da Europa dos 2,3% atuais para 1,8% em 2010 e 1,3% em 2030.

A única coisa que não pára de crescer é a imensa burocracia que sai diariamente dos milhares de funcionários de Bruxelas, aliás, nem sempre aprovada. Pelo veto da França e da Holanda, a alta administração viu frustrado o sonho de aprovar uma Constituição para a UE. A frustração aumentou há duas semanas quando uma tentativa de substituir a natimorta Constituição por uma regulação mais simples foi para os ares com a rejeição da Irlanda ao Tratado de Lisboa.

No mundo do trabalho a retórica é das mais fascinantes. As palavras da moda são "diálogo social", "trabalho decente" e "ações antidiscriminação". Ao lado disso, é votada essa lei draconiana contra os imigrantes ilegais. Em 2004 proibiram o trânsito de trabalhadores dos países recém-ingressados na UE (Estônia, Letônia, Lituânia, Eslováquia, Eslovênia, República Checa, Hungria, Polônia, Malta e Chipre). O livre trânsito foi um dos pilares básicos na formação da Comunidade Européia. Em 2007, a burocracia repetiu a dose, ao proibir a mobilidade dos cidadãos da Romênia e Bulgária que acabavam de entrar na UE. Correndo por fora, as barreiras contra o comércio dos países emergentes estão cada vez mais altas.

A retórica é bonita. A prática é feia. Para quem deseja construir uma comunidade com base em princípios da democracia e da solidariedade parece existir um longo caminho a percorrer.

*José Pastore é professor de relações do trabalho da Universidade de São Paulo. Site: www.josepastore.com.br


(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080624/not_imp194698,0.php)

A OTAN, kkkkkkk!

A poderosa Otan (Nato), kkkkkkk! Não consegue dominar o pobre Afeganistão!

Ópio rendeu US$ 100 mi ao Talebã em 2007, diz ONU

Movimento islâmico cobra imposto de 10% de agricultores afegãos.

CABUL - O Talebã obteve mais de US$ 100 milhões em 2007 com o comércio de ópio no Afeganistão, disse o diretor do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Antônio Maria da Costa.

Em entrevista na Rádio 4 da BBC, Costa disse que os recursos foram obtidos com um imposto de 10% cobrado de agricultores das áreas controladas pelo Talebã.

A ONU estima que a colheita do ano passado de papoulas, usadas como matéria-prima para a produção do ópio, teve um valor de US$ 1 bilhão.

Segundo Costa, o Talebã ganhou mais dinheiro ainda com outras atividades relacionadas ao comércio de ópio.

"Uma delas é a proteção a laboratórios e a outra é que os insurgentes oferecem proteção à carga, transportando ópio através da fronteira", disse o funcionário da ONU.

As estatísticas finais para a colheita deste ano ainda não foram divulgadas, mas acredita-se que ela será menor por causa de seca, infestação e a proibição do cultivo de papoulas imposta no norte e leste do Afeganistão.

Isso vai levar a uma redução da receita obtida com a droga, "mas não muito", afirmou Costa.

Nos últimos anos houve uma grande produção de papoulas, e os agricultores afegãos cultivaram mais do que a demanda global.

"No ano passado, os afegãos produziram cerca de 8 mil toneladas de ópio", afirmou Costa.

"O mundo, nos últimos anos, consumiu cerca de 4 mil toneladas de ópio, o que deixa um excedente."

"Ele está armazenado em algum lugar, não com os agricultores", acrescentou.

Os estoques representam centenas de milhões de dólares e não se sabe se eles estão nas mãos de traficantes, autoridades afegãs corruptas, políticos ou do Talebã.

Segundo autoridades britânicas, a receita obtida com as drogas financia operações militares do Talebã. BBC Brasil


(de http://www.estadao.com.br/geral/not_ger194857,0.htm)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Muro de Berlim nos EUA - Eles se tornaram como seus inimigos...

Vejam só! Muros e cercas, impedindo o ir e vir! O país da "liberdade"...

EUA aprovam construção de cerca na fronteira com o México
Medida derruba petição de ambientalistas, que se opunham à construção que passará por reserva ambiental
Associated Press
WASHINGTON - A Suprema Corte americana deu luz verde ao governo para acelerar a construção de uma cerca na fronteira dos Estados Unidos com o México, ao rejeitar nesta segunda-feira, 23, uma petição criada por grupos de defesa ambiental que visava restringir o poder do governo do presidente George W. Bush.
O secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff, passou por cima das leis ambientais e outras medidas e outorgou a construção de vários quilômetros de cercas ao redor dos quatro Estados que dividem a fronteira com o México.
O caso rechaçado pela Corte passará por quase 3,2 quilômetros na Área de Conservação Nacional San Pedro Riparian (NCA), no Arizona. A seção nesta região já foi construída.
"Estou extremamente decepcionado com a decisão da Corte", disse o legislador democrata Bennie Thompson. "Isso só prolongará a situação que o Estado não está enfrentando na realidade: sua carência de um plano integral na segurança fronteiriça", acrescentou.
Thompson preside o Comitê de Segurança da Câmara de Representantes. Ele e outros 13 democratas da Câmara Baixa - incluindo seis presidentes de outros comitês - apresentaram sumário apoio à petição dos ambientalistas.
No começo do ano, Chertoff passou por cima de mais de 30 leis e regulamentos em um esforço para terminar a construção de 1.078 quilômetros de cercas ao longo da fronteira no sul dos EUA.
Funcionários do governo americano disseram que ao invocar as dispensas legais - autorizadas pelo Congressos nas leis de 1996 e 2005 - a medida passa atrás de uma rede burocrática, evitando as leis ambienteis que se colocam contra a construção.

(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int194444,0.htm)

Então, do que vocês estã reclamando???

Salário da baixa renda sobe 4 vezes mais que de ricos, indica Ipea

KAREN CAMACHO
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online

Os salários dos trabalhadores de menor renda subiram quatro vezes mais na comparação com os ocupados de renda mais alta, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta segunda-feira.

Para a análise, o instituto divide os trabalhadores ocupados em dez faixas, sendo a primeira os 10% com menor renda e, assim por diante, até a última, com os 10% com maiores rendimentos.

Os 10% com menor renda registraram aumento de 21,96% nos salários entre 2003 e 2007, passando de R$ 169,22 mensais para R$ 206,38, em média.

Já os 10% com maior renda registraram ganhos de 4,91%, passando de salário médio de R$ 4.625,74 em 2003 para R$ 4.853,03, no mesmo intervalo.

Dentro desse período, a maior variação da baixa renda foi observada entre 2006 e 2007, quando os salários registraram ganho de 9,4%, na média. No mesmo intervalo, a média de aumento salarial foi de 3,2%, considerando todas as faixas de renda. Já o grupo dos maiores rendimentos registrou aumento de 2,6%, em média.

Índice de Gini

O principal reflexo desse movimento é a redução da desigualdade de renda, com queda no Índice de Gini entre ocupados --indicador de desigualdade de renda (quanto mais perto de 1, mais desigual).

Segundo a pesquisa, o índice era de 0,540 em 2002, considerando apenas os ocupados, e não a renda geral da população, que pode incluir benefícios ou programas sociais. Já em 2007, esse número caiu para 0,509.

Considerando os dados trimestrais, o Índice de Gini registrou queda de 0,543, no quarto trimestre de 2002, para 0,505, no primeiro trimestre de 2008, o que representa uma redução de 7%.

Ainda na análise por trimestre, o índice chegou a seu nível mais baixo com 0,502 no terceiro trimestre de 2007, após a maior queda da série (o índice estava em 0,514 no trimestre anterior).

(de http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Ffolha%2Fdinheiro%2Fult91u415235.shtml)

Como issso cheira mal!

Vejam só... Como é que tem gente que chama o petróleo mesmo?

Petrolíferas fecham contrato sem concorrência no Iraque, diz "NYT"


Colaboração para a Folha Online

Gigantes petrolíferas ocidentais --como a Exxon Mobil, Shell, Total e BP (British Petroleum)-- estão em fase final de acertos com o Iraque para voltarem a explorar as reservas petrolíferas do país sob contratos firmados sem concorrência, revela o "New York Times".

As companhias estão há 36 anos longe do país, desde que o ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein, nacionalizou as concessões das empresas. A expectativa é de que os acordos sejam anunciados no próximo dia 30. O jornal cita como fontes funcionários das petrolíferas e do Ministério do Petróleo iraquiano, além de um diplomata americano.

Segundo a reportagem do diário americano, os contratos sem concorrência são raros na indústria, e as empresas deixaram para trás "mais de 40 companhias, incluindo petrolíferas da Rússia, China e Índia". Ainda de acordo com o "NYT", "os contratos terão duração de um a dois anos e são relativamente pequenos para os padrões da indústria, mas, no entanto, dariam às companhias uma vantagem em disputas por futuros contratos".

O jornal cita desconfianças no mundo árabe e entre o público americano, que suspeitam de que os Estados Unidos só foram à guerra no Iraque para assegurar o petróleo que essas empresas agora buscam explorar.

De acordo com o jornal, "não está claro qual foi o papel desempenhado pelos EUA no fechamento dos contratos" e ainda há "conselheiros americanos no Ministério do Petróleo iraquiano".

Altos funcionários de duas das companhias beneficiadas disseram ao jornal, sob condição de anonimato, que "ajudavam o Iraque a reconstruir sua decrépita indústria do petróleo".

Aumento da produção

O governo iraquiano disse, de acordo com o jornal americano, que seu objetivo, ao chamar as petrolíferas é "aumentar a produção de petróleo em meio milhão de barris por dia, atraindo tecnologia moderna e conhecimento técnico".

Atualmente, o barril do petróleo bate na casa dos US$ 140. Os contratos, sugere o jornal, são uma grande oportunidade para que as gigantes petrolíferas reponham suas reservas, enquanto o petróleo dá sinais de esgotamento em todo o mundo.

Segundo um porta-voz do Ministério, os contratos sem concorrência foram uma medida emergencial para trazer "habilidades modernas aos campos de petróleo enquanto a lei petrolífera está pendente no Parlamento".

De acordo com os dois altos funcionários entrevistados pelo "New York Times", "os contratos são uma continuação de um trabalho que as companhias vêm conduzindo junto ao Ministério do Petróleo, ao longo de dois anos de memorandos de entendimento".

Segundo eles, as companhias cederam aconselhamento e treinamento gratuito aos iraquianos e, por isso, os contratos não foram abertos à concorrência pública. Segundo o jornal, 46 companhias mantiveram contatos, através de memorandos, com as autoridades iraquianas, mas não foram beneficiadas.



(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u414029.shtml)

Xiiiii! Equipe de Obama tem ligações com a indústria do etanol...

Triste! Será mesmo verdade? Se for, já sabem... Mas o mundo é assim... Mas... Veja quem escreve! O polêmico Larry Rohter! Não acredito muito nesse cara, não!

Equipe de Obama tem ligações com a indústria do etanol

Empresas indicam os principais consultores do senador, que endossa o biocombustível como alternativa

Larry Rohter - The New York Times

Obama discursa para eleitores em Iowa, segundo maior Estado produtor de milho dos EUA

AP/ arquivo

Obama discursa para eleitores em Iowa, segundo maior Estado produtor de milho dos EUA

NOVA YORK - Quando a VeraSun, uma das maiores fabricantes de etanol dos Estados Unidos, inaugurou sua nova instalação no último verão em Charles City, Iowa, alguns dos mais proeminentes pioneiros da indústria participaram do evento. Líderes de associações dos produtores de milho e de combustíveis renováveis, compareceram para cortar as fitas da nova indústria, assim como o senador Barack Obama.

Veja também:

linkObama x McCain

linkConheça a trajetória dos candidatos especial

linkCobertura completa das eleições nos EUA especial

Com o nome menos conhecido do que o da senadora Hillary Clinton, então até mesmo nas pesquisas, Obama estava no meio de uma campanha pelo Estado que acabou registrando sua primeira vitória em prévias democratas. E como esperado de um senador de Illinois, segundo maior em produção de milho do país, ele apresentou o endosso do etanol como um combustível alternativo.

Obama funciona como um reformista que procura reduzir a influência de interesses especiais. Mas como qualquer político, o senador tem outros círculos eleitorais poderosos que moldam seus pontos de vista. Quando o tema é o etanol americano, quase totalmente produzido do milho, Obama também possui seus conselheiros e grandes apoiadores próximos da indústria do setor num período em que a política energética se tornou um ponto de contraste forte entre as campanhas dos candidatos presidenciais.

No coração do "cinturão do milho", Obama argumentou na ocasião que abraçar o etanol "finalmente ajudaria a segurança nacional, pois agora os EUA mandam bilhões de dólares para alguns dos países mais hostis da Terra". A dependência americana do petróleo, acrescentou, "torna mais difícil para que os EUA formem sua política externa".

Hoje, quando Obama viaja pelo interior, ele costuma estar acompanhado de seu amigo Tom Daschle, ex-senador da Dakota do Norte. O ex-congressista atua para três companhias de etanol em seu escritório de advogados em Washington onde, de acordo com suas funções, ele "gasta um tempo substancial fornecendo conselhos estratégicos e políticos para seus clientes de energia renovável."

O conselheiro de assuntos de energia e meio ambiente de Obama, Jason Grumet, veio da Comissão Nacional de Políticas Energéticas, iniciativa associada com Daschle e Bob Dole, também ex-líder da maioria no senado e grande defensor do etanol, e que ainda conta com o apoio do gigante do agronegócios Archer Daniels Midland. Pouco depois de chegar ao Senado, Obama se envolveu em uma controvérsia ao usar aviões corporativos da empresa com taridas subsidiadas.

Jason Furman, diretor de políticas econômicas da campanha do senador, afirmou que as decisões de Obama sobre o etanol são baseadas em seus méritos. Questionado se o democrata teria mostrado alguma predisposição ou a defesa do etanol porque representa um dos maiores Estados produtores de milho, Furman disse que Obama "quer representar os EUA e suas políticas se baseiam no que é melhor para o país".

O etanol é um dos pontos em que Obama discorda mais do rival republicano, John McCain. Embora os dois candidatos presidenciais enfatizem a necessidade do país em conquistar a "segurança energética", enquanto diminuem as emissões de carbono que contribuem para o aquecimento global, os dois possuem visões diferentes do papel que o etanol, que pode ser produzido a partir de uma grande quantidade de materiais orgânicos, deve representar nesse esforço.

McCain defende a eliminação dos subsídios agrícolas multimilionários anuais. Como defensor do livre comércio, o republicano é contra a tarifa de 54% que os EUA impõem para a exportação do etanol à base de cana-de-açúcar, que tem mais energia e é mais barato do que o produzido do milho.

"Cometemos uma série de erros ao não adotar uma política energética sustentável, um dos quais é o subsidio ao etanol de milho, o qual alertei Iowa que iria prejudicar o mercado", e contribuir para a inflação, disse McCain em entrevista ao Estado. "Além disso, é errado" tributar o etanol à base de cana-de-açúcar brasileiro, "que é muito mais eficiente do que o de milho", acrescentou.

Obama, por outro lado, defende o subsídio, que em algumas ocasiões vai para as mãos das mesmas companhias petrolíferas que, segundo o senador, deveriam sofrer tributações sobre os lucros. Em nome da ajuda para que os EUA construam sua "independência energética", ele também defende a tarifa, o que economistas afirmam que pode ser ilegal de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que conselheiros de Obama negam.



(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int194382,0.htm)

Decisões do STJ impedem a cobrança de juro "abusivo"

Fazem muito bem! O pobres são bons pagadores, pesquisas comprovam isso! Não se justifica cobrar estes juros loucos de quem menos tem...

Decisões do STJ impedem a cobrança de juro "abusivo"
Juliano Basile e Arnaldo Galvão, De Brasília
23/06/2008


A cobrança de taxas de juros abusivas pelos bancos está vetada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Duas decisões tomadas no início deste mês firmaram o entendimento de que as instituições financeiras não podem cobrar percentuais muito acima da média do mercado.

As decisões foram tomadas na 3ª e na 4ª Turma do tribunal e envolveram empréstimos de pequeno valor para pessoas de pouco poder aquisitivo. O que impressionou o STJ foi o fato de alguns bancos cobrarem mais do que o dobro ou até o triplo da taxa média de mercado a clientes de classe social baixa. "A decisão é importante, em especial para os consumidores mais humildes, por estarem sujeitos de modo geral às taxas mais altas cobradas pelos bancos e demais instituições de crédito", afirmou a ministra Fátima Nancy Andrighi, relatora de um dos processos.


No caso relatado pela ministra, o empréstimo de R$ 800 foi contratado em setembro de 2005 na financeira Losango e no banco HSBC. O pagamento deveria ser feito em seis prestações mensais de R$ 196,27. Nessas condições, o cliente pagaria R$ 1.177,62 no final do contrato. O Valor procurou ouvir as instituições financeiras, mas não obteve comentário.


O STJ verificou que a cobrança foi maior do que o triplo da taxa média de juros praticada no mercado na época (70,55% ao ano) e mais do que a Selic (19,75% ao ano). O salto de R$ 800 para R$ 1.177,62 significou 11% ao mês de juros capitalizados ou 249,85% ao ano. "A taxa não era exorbitante somente em comparação com índices oficiais", disse a ministra, referindo-se à Selic. "Mas também em confronto com os concorrentes diretos do banco que fez o empréstimo, ficando muito acima das taxas de mercado apuradas", completou.


O caso de Nancy foi julgado em 3 de junho. Na mesma semana, o ministro Sidnei Beneti foi relator de outro processo semelhante e também condenou o banco por cobrar muito acima da taxa média de mercado. Em ambos os casos, o STJ inovou porque os bancos têm se apoiado no entendimento tradicional dos tribunais de que podem cobrar mais do que 12% ao ano.


A Constituição de 1988 estabeleceu a limitação nesse percentual no artigo 192, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que esse dispositivo não foi regulamentado por lei complementar e, portanto, não pode ser aplicado. Em 11 de junho, o STF transformou esse entendimento em súmula vinculante e, com isso, condicionou a sua aplicação em todos os processos no Judiciário.


Agora, com decisões semelhantes na 3ª e na 4ª Turma, não há possibilidade de os bancos reverterem a situação na 2ª Seção do STJ. Se houvesse divergência entre as Turmas, o tema seria levado para posicionamento definitivo da Seção. Beneti explicou que essa orientação prevaleceu no STJ. Daqui em diante, o tribunal julgará as taxas abusivas dos bancos dessa forma.


Antes dessas duas decisões havia um precedente do ministro Antônio de Pádua Ribeiro. Ele já deixou o tribunal, mas, ao julgar uma ação contra um banco no ano passado, indignou-se com juros anuais de 380,78%. Era um empréstimo de R$ 1 mil, com juros de 14% ao mês. A taxa média, na época da realização do empréstimo, era de 67,81%. O ministro notou que o cliente era de classe baixa e concluiu pela condenação do banco, que estava cobrando mais do que cinco vezes a taxa de mercado.


Para o advogado Arnoldo Wald, as recentes decisões do STJ mostram que o tribunal está compreendendo que o direito deve favorecer a Justiça e ter em conta o fato econômico. "No mercado, não adianta fixar um percentual, mas, algumas vezes se ultrapassa toda a lógica e a razoabilidade. Nesses casos, os limites são dados pelo abuso de poder econômico", afirmou. Para Wald, a dificuldade está em definir a taxa média ou razoável. "Costumo dizer que a média é de quem tem a cabeça no forno e os pés na geladeira", ironizou.


Advogados especializados na defesa de bancos criticam a opção tomada pelos ministros do STJ. Otto Steiner argumenta que essa jurisprudência apresenta aparente retrocesso. Ressalta que, no passado, o tribunal adotou firme posição contra os princípios do sistema financeiro , principalmente no que se refere a juros capitalizados, desconsideração dos contratos como título executivo, impossibilidade de cobrança de valor residual antecipado no leasing e aplicação do Código de Defesa do Consumidor no conteúdo econômico dos contratos bancários, entre outros polêmicos assuntos.


Steiner afirma que, passados alguns anos, o STJ passou a aceitar, "saudavelmente", as regras do mercado financeiro. Portanto, conclui que os recentes julgamentos contra juros abusivos são, aparentemente, contrários a esses entendimentos, o que preocupa o advogado. Outro argumento dele remete a discussão ao conceito de abusividade. "É absolutamente subjetivo e tem de ser apreciado em respeito aos fatos do processo", comenta. Em tese, Steiner afirma que isso impediria um julgamento no STJ porque essa corte não julga provas e matérias de fato.


No caso relatado pela ministra Nancy Andrighi, Steiner observa que o tribunal não conheceu do recurso, o que significa que não julgou o caso. Mas, por outro lado, manteve a decisão do tribunal local. "De qualquer forma, esse entendimento significa retrocesso na posição majoritária no STJ quando se trata de direito bancário", lamenta.


Waldyr de Campos Andrade Filho é outro especialista em direito bancário que também tem críticas ao caminho seguido pelas duas Turmas do STJ. Na sua visão, as taxas de juros praticadas pelos bancos consideram o risco dessas operações. Nos contratos de crédito pessoal ou de crédito direto ao consumidor (CDC) os riscos e as perdas são maiores, o que condiciona o nível das taxas.


Andrade insiste que juros mais altos não significam, necessariamente, abuso. O advogado reafirma que as perdas das instituições financeiras nesse tipo de operação são, normalmente, elevadas. Mas o ponto central dos julgamentos do STJ, na sua opinião, é o que se entende por média de mercado. O mais apropriado, na sua interpretação, seria comparar juros da mesma espécie de operação, nas quais o risco é similar. Confrontar juros cobrados dos consumidores com a taxa básica de juros, Selic, é totalmente inadequado.


(da ValorOnLine - http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/financas/54/Decisoes+do+STJ+impedem+a+cobranca+de+juro+abusivo,08236,,54,4998496.html)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

EUA desafiam OMC e não devem rever política do algodão

Eles "se acham", não é mesmo?

EUA desafiam OMC e não devem rever política do algodão

JAMIL CHADE - Agencia Estado

GENEBRA - O governo americano desafiou a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Brasil e deu indicações de que não irá modificar seus programas de subsídios ao algodão já condenados pelo tribunal internacional. Hoje, a entidade com sede em Genebra adotou o relatório que classifica como ilegais os subsídios americanos e abre a possibilidade para que o Itamaraty peça o direito de retaliar a Casa Branca. O governo brasileiro ainda acusou os americanos de estarem perpetuando os subsídios já condenados com a criação de novos programas de apoio ao setor do algodão até 2013.



Mas a Casa Branca optou por desqualificar a condenação, deu todos os sinais de que não vai cumprir as determinações e alertou que a base da condenação já não seria válida. Isso porque os valores indicados pelo tribunal seriam de três anos atrás, quando o processo foi concluído. Desde então, os americanos vêm protelando medidas para cumprir a condenação, fazendo promessas ao Brasil que nunca foram cumpridas e arrastando o processo. Agora, alegam que os valores já são antigos. "Desde então, a área plantada de algodão nos Estados Unidos foi reduzida em 29,5% entre 2006 e 2007 e caiu outros 12,8% em 2008", afirmou a diplomacia americana na OMC. O governo dos Estados Unidos ainda insiste que, desde setembro de 2007, não fez um só empréstimo para a comercialização aos produtores diante da alta nos preços do algodão.



Diante dos dados apresentados, os americanos insistem que já retiraram os subsídios proibidos. A Casa Branca ainda deixou claro que o processo foi uma perda de tempo, insinuando que não tomará nenhuma nova medida para rever seus subsídios. "O esforço e tempo gasto mostram que são as negociações, e não disputas, que podem resolver problemas", afirmaram os americanos.



Já o Itamaraty preferiu atacar a nova lei agrícola dos Estados Unidos que renova subsídios que acabam de ser condenados pela OMC. "Os sinais que estamos recebendo não são encorajadores", disse o governo. O Brasil alega que, entre 2002 e 2005, US$ 2,2 bilhões foram dados ao setor do algodão por ano em subsídios. Entre 1999 e 2002, esse valor teria sido de US$ 12,9 bilhões. Citando documentos americanos, o Brasil alerta que a nova lei agrícola aprovada em Washington manterá os subsídios ao algodão intocados até 2013. "Os programas de ajuda ao algodão são praticamente os mesmos", alertou um diplomata brasileiro que representou o País na reunião. "Isso é muito preocupante", disse.



Para o Brasil, a nova lei é um sinal da pouca vontade dos americanos em cumprir com a condenação. Washington, diante do ataque brasileiro, apenas respondeu que a nova lei agrícola "não era alvo do processo" na OMC. Canadá, União Européia e Austrália saíram em apoio do Brasil. Mesmo com o comportamento americano, o Brasil não indicou quando irá pedir para retaliar. O Itamaraty apenas alertou que, se nada for feito, cobrará as sanções, sem dar mais detalhes. "Esperamos que os americanos cumpram com seu dever de retirar os subsídios", disse o governo perante à OMC.

(de http://www.estadao.com.br/economia/not_eco193148,0.htm)

Exo 23:9: Também não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o coração do estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito...

Como consta na Bíblia.

OEA rechaça novas medidas de imigração da União Européia

REUTERS

WASHINGTON - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, rechaçou nesta quinta-feira as medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu que criminalizam a imigração e que devem afetar os milhões de latino-americanos sem documentação.

Com a nova lei, os imigrantes ilegais poderão ser detidos por até 18 meses e seriam proibidos de retornar à União Européia por cinco anos.

"Mais uma vez se aprova no mundo desenvolvido uma medida repressiva e contra os imigrantes ilegais, que afeta diretamente muitos latino-americanos", disse o secretário da OEA em comunicado.

Ele acrescentou que é uma "paródia" que este países negociem acordos comerciais e falem de alianças estratégicas quando adotam "medidas como a prisão prolongada, que tratam como deliquentes os imigrantes ilegais, e sem sequer discutir nem negociar o tema com os governos latino-americanos".

Insulza acrescentou que o fluxo migratório para os países ricos continuará enquanto os latino-americanos não encontrarem trabalho em seus países, e disse que o movimento destas pessoas é uma das consequências da globalização.

"Enquanto por um lado se insiste no caráter positivo do processo de globalização, se recusa a visualizar as conclusões que esse processo produz no movimento das pessoas e se insiste em recusar por razões políticas o que é estimulado através da globalização econômica", disse ele.

O secretário sinalizou que espera que seja possível realizar um "diálogo construtivo" com as autoridades européias que evite a violação dos direitos humanos dos latino-americanos.

Diversos governos da região também rechaçaram a medida européia que criminaliza a imigração ilegal.

(Reportagem de Adriana Garcia)


(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int192680,0.htm)

Na ditadura, argentina grávida teve que cavar a própria sepultura

E os estadunidenses torturam gente em Guantánamo. Todos os homens são iguais.

Na ditadura, argentina grávida teve que cavar a própria sepultura

Revelação foi feita por ex-agente policial no julgamento de oito ex-militares na província de Córdoba

Efe

BUENOS AIRES - Uma jovem grávida teve que cavar sua própria sepultura antes de ser fuzilada durante a última ditadura argentina, revelou nesta quinta-feira, 19, um ex-agente policial ao depor no julgamento de oito ex-militares realizado na província de Córdoba (centro).

O ex-agente policial Carlos Beltrán disse que foi expulso dessa força de segurança por se negar a executar duas pessoas seqüestradas pela ditadura (1976-1983), entre elas uma jovem grávida, embora tenha dito que foi testemunha de seu fuzilamento, em 1977.

"Era noite quando os levamos em um caminhão Unimog a um monte e pediram-me que os fuzilasse. Neguei-me a fazê-lo, dizendo que isso era um assassinato", relatou o agora ex-agente policial.

Ele lembrou que fizeram as duas vítimas cavarem uma fossa e, quando estas se recusaram, outros agentes policiais precisaram cumprir a ordem.

"A menina ficou cansada e, quando tentou se reanimar, um deles tirou uma pistola e atirou nela até matá-la", contou Beltrán, antes de afirmar que os corpos foram "encharcados com combustíveis" e, em seguida, queimados.

"Nessa noite, deixaram-me sozinho no monte e fui chamado de covarde. Mais tarde, fui dado baixa da força", disse.

Carlos Beltrán foi uma das testemunhas que depôs nesta quinta-feira na 11ª audiência do julgamento do general reformado Luciano Benjamín Menéndez, um emblemático repressor do último regime de fato, e de outros sete ex-militares que atuaram sob seu comando na jurisdição do Terceiro Corpo do Exército.

O Tribunal Oral Federal Número 1 de Córdoba julga o assassinato, em 1977, dos militantes políticos Humberto Brandalisis, Ilda Palacios, Carlos Lajes e Raúl Cardozo.

Segundo o arquivo, todos eles foram seqüestrados em 1977, torturados durante um mês em um centro clandestino de detenção de Córdoba conhecido como La Pérola e, posteriormente, fuzilados.

De acordo com dados oficiais, 18 mil pessoas desapareceram na última ditadura militar argentina, embora as organizações de direitos humanos considerem que o número seja maior: 30 mil.

(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int192684,0.htm)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Bush, entre los líderes menos confiables

Bush, the prevaricator.
Bush, the deceitful.
Bush, the shammer.
Bush, the criminal.
Bush, the perpetrator.
Bush, the worse:

Bush, entre los líderes menos confiables

por Reuters


El presidente de Estados Unidos, George W. Bush, se ubica levemente por encima de los gobernantes de Pakistán e Irán en la lista de los líderes menos confiables del mundo, según un sondeo dado a conocer el lunes.

El sondeo, realizado por WorldPublicOpinion.org en 20 países alrededor del mundo, descubrió que no hay líderes nacionales que inspiren una amplia confianza fuera de sus propios países.

Pero Bush, el presidente de Pakistán, Pervez Musharraf, y el presidente iraní, Mahmoud Ahmadinejad, se ubicaron al final de la lista, mostró la encuesta.

Sólo un 23% de las personas afuera de Estados Unidos tienen "mucha o alguna" confianza en Bush, comparado con el 22% de Ahmadinejad y el 18% de Musharraf.

Los líderes de otros países no tuvieron una percepción mucho mejor.

El presidente francés, Nicolas Sarkozy, sólo obtuvo un 26%, el presidente chino, Hu Jintao, un 28%, el primer ministro británico, Gordon Brown, un 30% y el ex presidente y actual primer ministro ruso, Vladimir Putin, un 32%.

El secretario general de Naciones Unidas, Ban ki-Moon, obtuvo el nivel más alto de confianza con un 35%.

"Mientras la desconfianza mundial que genera George Bush ha creado un vacío en el liderazgo global, ningún líder alternativo ha cubierto la brecha," expresó Steven Kull, director de WorldPublicOpinion.org.

"Hu Jintao y Vladimir Putin son populares en algunas naciones, pero son más los países que desconfían de ellos," agregó.

WorldPublicOpinion.org es un proyecto que involucra centros de investigación alrededor del mundo y es dirigido por el Programa sobre Actitudes respecto a la Política Internacional de la Universidad de Maryland.

El grupo encuestó a 19.751 personas en países que representan el 60% de la población mundial. El sondeo fue realizado entre el 10 de enero y el 6 de mayo, con un margen de error de entre dos y cuatro por ciento a favor o en contra.


(de http://beta.americaeconomia.com/politica/bush-entre-los-lideres-menos-confiables-3.html)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Petrobras: política dos EUA para o etanol é errada - Why some americans are stupids

Os norte-americanos que tomaram a decisão de fabricar alcool etílico a partir do milho são nada mais nada menos que estúpidos:

Petrobras: política dos EUA para o etanol é errada

NALU FERNANDES - Agencia Estado

NOVA YORK - A política dos Estados Unidos para o etanol é errada, energeticamente ineficiente e economicamente desorientada, na avaliação do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Em Nova York, o executivo ponderou que o mercado mundial poderia fornecer uma parcela crescente de etanol aos EUA se o país tirasse a barreira tarifária nas importações do produto. "Hoje é quase impossível a importação (nos EUA) de etanol", completou.



Gabrielli ainda acrescentou que o etanol de milho, produzido nos EUA, tem eficiência energética sete a oito vezes menor do que o etanol de cana-de-açúcar e também tem impacto maior sobre alimentos do que o de cana. "Não faz sentido etanol de milho."



Em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, o presidente da Petrobras estimou que dois terços do mercado brasileiro de combustíveis serão alimentados pelo etanol em um período de 4 a 5 anos. Assim, Gabrielli reconheceu que está preocupado com a perda de parcela de mercado para o etanol. "Sim, por isso temos de exportar", completou.

(de http://www.estadao.com.br/economia/not_eco187053,0.htm)

Personalidades britânicas chamam Bush de "criminoso de guerra"

Aí está: Não sou o único a ter esta opinião sobre o dito...

Personalidades britânicas chamam Bush de "criminoso de guerra"

da Efe, em Londres

O Nobel de Literatura Harold Pinter e a ativista de direitos humanos Bianca Jagger chamaram George W. Bush de "criminoso de guerra" em carta contra a visita do presidente dos EUA ao Reino Unido.

Segundo informou nesta segunda-feira a coalizão em prol da paz Stop the War, Pinter e Jagger (ex-mulher do cantor dos Rolling Stones, Mick Jagger) integram uma lista de 22 signatários que apresentaram críticas sobre Bush.

"Não há um candidato mais apropriado para [o título de] principal criminoso de guerra que George W. Bush. O único que se aproxima disso é Tony Blair (ex-primeiro-ministro do Reino Unido). Ambos são desprezíveis", afirma Pinter.

Segundo o dramaturgo britânico, Bush "deveria ser detido e enviado a Guantánamo --base e prisão dos EUA em Cuba-- onde apodreceria para sempre".

Bianca Jagger disse ainda que o presidente americano "é responsável por flagrantes violações dos direitos humanos e das normas internacionais".

Como parte dos protestos, será feita uma manifestação onde as pessoas usarão algemas perante a sede do governo britânico durante a visita de Bush no próximo dia 15 de junho.

Bush se reunirá nesse dia em Downing Street com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, como parte de uma viagem de despedida que começa hoje pela Europa.


(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u410500.shtml)

O futuro do poderio dos EUA

Bom que haja maior equilíbrio...

O futuro do poderio dos EUA

Rubens Barbosa *

Os desastrados oito anos da presidência de George W. Bush, os desequilíbrios da economia dos EUA, os graves problemas políticos e sociais da sociedade americana, as conseqüências da prolongada guerra no Iraque e a emergência da China como superpotência são alguns dos elementos que levam muitos analistas a considerar que o poderio de Washington está em declínio.

No último número da revista Foreign Affairs, dois interessantes artigos, O futuro do poderio americano, de Fareed Zacharia, e A era da não-polaridade, de Richard Haas, merecem uma reflexão mais detida e desapaixonada pela riqueza da argumentação e pela força de suas idéias.

Pareceu-me útil resumir os principais aspectos desses artigos para um público mais amplo, não só porque traçam um quadro realista - claro que do ponto de vista norte-americano -, mas porque ajudam a entender o novo mundo onde o Brasil terá de interagir e onde a política externa terá de fazer as escolhas apropriadas de maneira a que não percamos mais uma vez o bonde da História.

A idéia central de Zacharia é a de que, ao contrário do Império Britânico, os EUA não são uma economia fraca nem uma sociedade decadente. O poderio econômico britânico foi desaparecendo apesar de Londres continuar a manter uma imensa influência política ao redor do mundo. No caso dos EUA, a economia e a sociedade são capazes de responder às dificuldades conjunturais e à competição econômica, pois têm uma forte capacidade de se adaptar e se ajustar. A fraqueza do "império norte-americano" (expressão não empregada no artigo) residiria na existência de um sistema político disfuncional.

Como Washington reagirá a um mundo onde os EUA terão de conviver com a emergência de outros países poderosos? Qual será a resposta a essas mudanças econômicas e de poder político no cenário internacional?

O sistema político rígido e antiquado (agora com mais de 225 anos) foi capturado pelo dinheiro, pelos interesses especiais, por uma mídia sensacionalista e por grupos ideológicos. O resultado é um incessante e virulento debate sobre trivialidades - a política como uma forma de teatro - e muito pouca substância, entendimento ou ação. O país que tudo podia está agora dominado por um processo político que nada faz, em que as disputas partidárias prevalecem sobre a solução dos problemas. Perdeu-se a noção do longo prazo e os partidos se transformaram em grandes arrecadadores de recursos para financiar as eleições, mas são péssimos para ajudar a governar (qualquer semelhança com país muito nosso conhecido é mera coincidência).

Os EUA nas últimas duas décadas se tornaram a única superpotência global. Desde o fim da 2ª Guerra Mundial o mundo, em larga medida, foi moldado conforme as percepções e os interesses americanos. Agora, no entanto, o cenário internacional passa por um dos períodos de maior transformação da História. Depois do surgimento do mundo ocidental, consolidado no final do século 18, e do aparecimento dos EUA no final do século 19, estamos vivendo a terceira grande transferência de poder da era moderna, chamada pelo autor de a "emergência do resto do mundo".

Esse novo mundo em gestação será muito diferente daqueles que o precederam. Sob diversos aspectos, industrial, financeiro, social e cultural - menos quanto ao poder militar e estratégico -, a distribuição de poder está-se transformando, tornando mais difícil a dominação dos EUA . Não se trata de um mundo antiamericano, mas de um mundo pós-americano, definido e orientado a partir de muitos lugares e por muitas pessoas.

Na visão de Zacharia, as grandes transformações globais não ocorrem contra os interesses dos EUA. O "resto do mundo" é que está surgindo, abraçando a economia de mercado, firmando-se como governos democráticos (de uma forma ou de outra) e assumindo uma grande abertura e transparência. Poderá ser um mundo em que os EUA tenham menos espaço, mas as idéias e os ideais norte-americanos, segundo ele, hão de prevalecer de forma poderosa.

O artigo de Richard Haas complementa essa análise sobre o futuro do poderio dos EUA, chamando a atenção para o fato de que a principal característica das relações internacionais no século 21 será a "não-polaridade": um mundo dominado não por um ou por poucos Estados, mas por dezenas de atores que possuem e que exerceriam diversos tipos de poder.

Na percepção do autor, a não-polaridade terá conseqüências majoritariamente negativas para os EUA e para o resto do mundo.

Além de tornar mais difícil a liderança de Washington no momento de buscar respostas coletivas para desafios regionais ou globais, a não-polaridade deixaria o país mais vulnerável às ameaças originadas de ações de Estados párias (rogue States), de grupos terroristas e produtores de energia (que podem ameaçar reduzir a sua produção) e de bancos centrais (cuja ação ou inação pode afetar o papel ou a força do dólar).

Segundo Haas, o multilateralismo deverá predominar nesse novo mundo não-polar. Daí a necessidade de as instituições serem reformuladas para incluir as nações emergentes. A composição do Conselho de Segurança da ONU e do G-8 devem ser alteradas para refletirem o mundo de hoje, e não o do final da 2ª Grande Guerra. Atores governamentais e não-governamentais serão chamados a participar dos debates.

A não-polaridade certamente tornará a atividade diplomática mais difícil e complexa. O mundo não-polar significará mais atores governamentais e não-governamentais. As alianças entre governos serão mais seletivas e de acordo com situações determinadas.

Barack Obama, o candidato a presidente que mais parece personificar a idéia de mudança, talvez já seja um começo de resposta da sociedade norte-americana a esses novos tempos e realidades.

Rubens Barbosa, ex-embaixador nos EUA, é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp


(de http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080610/not_imp186753,0.php)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Repórter obtém receita de maconha para 'ansiedade' nos EUA

Aí está: o traficante ficou obsoleto, o governo arrecada impostos e os consumidores ficam satisfeitos... Melhor do que isso?

Repórter obtém receita de maconha para 'ansiedade' nos EUA

Episódio expõe falta de rigor na emissão de prescrições médicas da droga no Estado da Califórnia

LOS ANGELES - O consumo de maconha é proibido pelo governo federal nos Estados Unidos, mas a erva pode ser receitada para uso medicinal por pacientes sofrendo de doenças graves no Estado da Califórnia.

Os benefícios da cannabis para doentes com câncer, Aids, artrite, esclerose múltipla e outras condições debilitantes são amplamente documentados. Segundo os usuários, ela torna os sintomas mais suportáveis.

Estima-se que cerca de 250 mil californianos possuam receitas que os autorizam a consumir o que se entende como "maconha medicinal".

Mas não é preciso sofrer de doenças terminais para conseguir uma receita. Depois de fazer uma busca no site de pesquisas Google digitando as palavras "medicinal marijuana" e "Los Angeles", obtive uma longa lista de clínicas onde "pacientes qualificados" podem obter uma recomendação médica autorizando-os a usar maconha legalmente.

Uma das clínicas, o 420 Evaluation Centre, localizado em San Fernando Valley, um subúrbio de Los Angeles, oferecia um desconto de US$ 25 para novos pacientes. O termo 420 é uma gíria local para maconha.

Consulta

Marquei uma consulta. Ao chegar, paguei US$ 100 e preenchi um questionário com dados pessoais. Em uma seção do questionário, respondi perguntas sobre minha condição.

De acordo com as regras, o paciente deve estar sofrendo de doenças graves ou sentindo dor crônica para se qualificar. O melhor que pude imaginar foi escrever que sofro de ansiedade. Afinal, sou do tipo ansioso.

O médico, um vietnamita que se apresentou como doutor Do, tomou meu pulso, mediu minha pressão sangüínea e perguntou há quanto tempo eu me sentia ansioso. "Há vários anos", respondi.

"Você sofre de ataques de pânico?", perguntou o médico. "Não". Do escreveu "ataques de pânico" em seu livro de anotações.

Depois de passarmos alguns minutos falando sobre a culinária asiática, Do assinou uma receita para maconha medicinal, válida por um ano.

Caverna de Aladim

Com mais de 200 farmácias de maconha medicinal operando legalmente na região, os traficantes de rua ficaram obsoletos.

O governo do Estado, por sua vez, está satisfeito, já que sua fatia de impostos está garantida.

Ainda assim, com algumas farmácias instalando máquinas automáticas para lidar com pacientes fora do horário comercial, é difícil você não se perguntar se a situação não estaria correndo o risco de virar uma comédia.

A uma distância curta da clínica fica uma das lojas preferidas dos usuários, votada "farmácia do ano" por uma das revistas lidas pela comunidade de maconheiros. A publicação mais famosa intitula-se High Times.

A loja é uma verdadeira Caverna de Aladim dos narcóticos. Sob o balcão de vidro, estavam dezenas de variedades de cannabis em potes de plástico. Ao lado, um arsenal de objetos usados no consumo, entre eles, cachimbos.

Fumar e tragar

As variedades tinham nomes exóticos, como Sonho Azul e Devastação do Super Trem (em tradução livre).

Para sintomas como ansiedade, o atendente recomendou uma variedade conhecida como Travesseiro Púrpura. A receita não estipulava quantidade.

"Quanto devo usar?", perguntei. Pego de surpresa, o vendedor respondeu: "Acho que você poderia começar tragando duas ou três vezes e ver o que acontece".

Eu não comprei a maconha e estou pensando em, um dia, colocar minha receita em uma moldura e pendurá-la na parede.

Nesse meio tempo, parafraseando (o ex-presidente americano) Bill Clinton, se eu fumar, certamente não vou tragar. BBC Brasil


(de http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid186383,0.htm)

Ataque em Tóquio choca e intriga japoneses

Gente matando e se matando, gente andando na contra-mão, gente vivendo em mundinhos fechados, ouvindo seu mp3 player... Gente sem esperança... Comida ameaçando faltar, petróleo fazendo camioneiros protestar... A Humanidade está doente... E está deixando a Terra doente...

Ataque em Tóquio choca e intriga japoneses

ISABEL REYNOLDS - REUTERS

TÓQUIO - Transeuntes rezaram e depositaram flores na segunda-feira na movimentada rua comercial de Tóquio onde na véspera sete pessoas foram mortas por um homem com um punhal, uma tragédia que intrigou e chocou muitos japoneses.

Um homem de 25 anos foi preso com a faca, todo coberto de sangue. Segundo a polícia, ele lançou um caminhão contra a multidão e passou a apunhalar as pessoas ao descer do veículo.

O Japão, um país que se gaba de sua baixa criminalidade e de seus rígidos padrões morais, vem testemunhando uma série de incidentes similares nos últimos meses.

Em março, uma pessoa foi morta a facadas em frente a uma estação de trem na zona norte da capital. Em janeiro, um incidente semelhante feriu cinco. Também em março, um adolescente empurrou um estranho sob um trem no oeste do Japão, explicando depois que tinha vontade de matar alguém. Em todos os casos, as vítimas foram escolhidas aleatoriamente.

"Recentemente, as relações interpessoais têm sido afetadas", disse Taishi Ikeda, 29 anos, funcionário do setor editorial. "Não há com quem falar quando se tem problemas."

A imprensa diz que o agressor de domingo vivia só e tinha um emprego temporário numa fábrica de automóveis. Acredita-se que ele fosse um freqüentador habitual do bairro de Akihabara, onde há muitos bares temáticos e lojas de produtos eletrônicos e de itens relativos aos "animes" (desenhos animados japoneses).

De acordo com a mídia local, ele alertou sobre a realização do ataque com dezenas de postagens na Internet nas horas que antecederam o incidente.

"O Japão entrou num período de egoísmo. As pessoas têm a sensação de que podem fazer qualquer coisa", disse Jinsuke Kageyama, professor de psicologia criminal no Instituto de Tecnologia de Tóquio.

"Mas quando essas pessoas não conseguem se satisfazer de formas socialmente aceitável, elas são tratadas como derrotadas, e sua frustração cresce. Uma série de frustrações pode levá-la a tentar recuperar sua auto-estima por meio do crime."

Na opinião dele, um dos fatores dessa sensação de fracasso pode ser a obsessão dos japoneses com as notas escolares. Além disso, o declínio da família estendida pode estar reduzindo a estrutura de apoio a jovens perturbados.

Para o especialista, esse é um cenário onde não adianta elevar as penas.

Nos últimos cinco anos, a criminalidade em geral vem caindo ainda mais. Nos últimos meses, o ministro da Justiça, Kunio Hatoyama, pró-pena de morte, vem estimulando sentenças mais rígidas e prisões mais rápidas.

Kageyama acha que jovens propensos ao suicídio não serão dissuadidos dos ataques caso existisse a pena de morte. "Se parte da motivação é que alguém quer morrer, penas severas não detêm."

(Reportagem adicional de Mari Saito e Teruaki Ueno)

(de http://www.estadao.com.br/internacional/not_int186320,0.htm)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Reality show mostra visão árabe da vida nos EUA

Por mais iniciativas deste tipo! A saída para nosso mundo é a CoeXistencia entre os povos monoteístas, pois, creio, o Deus de todos eles é um só: "O" Deus!

Reality show mostra visão árabe da vida nos EUA

LISA LAMBERT - REUTERS

WASHINGTON - Um novo tipo de reality show chegou à TV dos Estados Unidos nesta semana, prometendo mostrar como americanos e árabes podem superar suas diferenças culturais.

"On the Road in America" acompanha a travessia dos EUA feita por quatro árabes na casa dos 20 anos.

E, embora as imagens de jovens pondo o pé na estrada possa ter um toque libertário à moda da MTV, boa parte do programa gira em torno de discussões sobre história americana, os vínculos dos EUA com Israel e as diferenças entre culturas árabes.

O seriado foi ao ar no canal a cabo Sundance e tem o apoio da Layalina Productions, um grupo sem fins lucrativos de Washington que quer usar a televisão para fomentar o entendimento entre os dois mundos.

Quando foi exibido pelo Middle East Broadcasting Center, em 2007, o seriado atraiu 4,5 milhões de espectadores de países como Arábia Saudita, Iraque, Kuait e Argélia para cada um de seus episódios.

O egípcio Ali Amr, um dos membros do elenco, disse que "On the Road" ofereceu ao mundo árabe um vislumbre da diversidade dos 300 milhões de habitantes dos EUA, algo que é imensamente diferente do que vêem em seus países.

"Eles acham que os americanos são mimados. Que gastam seu dinheiro por nada. Que são gordos", disse ele. "Depois de minha experiência, viajando por diferentes partes do país, percebi que as pessoas são diferentes."

Mas o que os americanos vão achar de um programa sobre o que os árabes acham dos americanos?

Amr espera que os americanos vejam um grupo de jovens árabes que não são potenciais terroristas -- sentimento que aparece em quase todos os 12 episódios, incluindo um em que são impedidos de entrar na Sears Tower, em Chicago, devido a suas nacionalidades: egípcia, saudita e libanesa.

O elenco de três homens e uma mulher foi selecionado entre mais de 400 candidatos.

No segmento final, os participantes e a equipe técnica americana vão às casas dos membros do elenco, em Beirute, Cairo e Dubai, onde o saudita hoje vive.

Lara Abou Saifan, a mulher do grupo, deixou Beirute em 2006 para iniciar a viagem de 60 dias de "On the Road" no momento em que Israel invadiu seu país.

Quando o seriado começa, ela está preocupada com sua família e seus amigos. Ao final do seriado, ela volta para casa e vê os estragos causados pela guerra, mostrando desde a janela do apartamento de sua mãe os escombros que restaram do jardim onde ela brincava quando era criança.

Aquele momento levou às lágrimas um dos produtores americanos do seriado, que é judeu.
(de http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art185077,0.htm)

A velha disputa entre "capital intensivo" e "mão de obra intensivo"...

Triste ver que os que tem capital, para evitar problemas com a fiscalização, despacham a mão de obra e geram uma multidão de desempregados...

Fazendeiro intensifica uso de máquinas por medo de fiscalização
Raquel Salgado, de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães (BA)
06/06/2008

Divulgação
Walter Horita reduziu pela metade o número de temporários em sua fazenda: "Há normas impossíveis de atender"
Após testar uma nova plantadeira americana, Paulo Mizote, presidente do grupo que leva seu sobrenome, encomendou uma máquina dessas para suas fazendas. Por R$ 350 mil terá um equipamento com mais linhas de plantio, capaz de alcançar uma largura de 23 metros, mais do que o dobro dos 11 metros da plantadeira que utiliza hoje. Além do maior alcance, ela exige apenas um trator para ser puxada. A antiga exige três. Com isso, pelo menos quatro postos de trabalho temporário serão eliminados no plantio do algodão.


Mizote não é um caso isolado no Oeste Baiano. Nos últimos dois anos, outro fazendeiro, Walter Horita, sócio do grupo Horita, reduziu pela metade o número de trabalhadores contratados para o trabalho temporário. Mesmo sendo uma opção mais cara, passou a usar herbicidas para retirar ervas daninhas que antes eram arrancadas com as mãos.


A substituição desses trabalhadores seja pela mecanização, seja pelo uso de produtos químicos, tem se intensificado nessa região da Bahia. O motivo, segundo os fazendeiros, não é apenas acentuar a produtividade no campo, mas também o medo de receber multas e responder a processos originados de fiscalizações realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério Público do Trabalho.


Os ministérios, junto com a Polícia Federal, combatem a exploração do trabalho escravo e precário. As fiscalizações têm encontrado pessoas trabalhando fora das normas legais estabelecidas e algumas em condições degradantes. Dados do Ministério do Trabalho mostram que, no ano passado, sete fazendas foram incluídas no cadastro de empresas autuadas pela exploração do trabalho escravo, que conta agora com 179 nomes. Deste total, uma está na Bahia, a Fazenda Planalto, localizada em Barreiras.


Em 2007, o número de operações de fiscalização e autuações em fazendas baianas foi reduzido, em trajetória oposta à verificada no Brasil. Segundo o Ministério do Trabalho, as ações da unidade móvel são feitas com base em denúncias. O menor número de ações na Bahia não significa necessariamente um arrefecimento do trabalho degradante, mas sim redução no número de denúncias. O ministério conta com sete equipes e a maior parte das reclamações acontece no Pará. O trabalho é complementado pelas fiscalizações das gerências regionais.


Na Bahia, em 2007, foram cinco operações, em cinco fazendas, que resultaram em autuações no valor de R$ 173,6 mil. No ano anterior, haviam sido 12 operações e 15 fazendas fiscalizadas, em um total de R$ 938,9 mil em multas. Já no total do país, 115 operações, em 205 fazendas resultaram, em 2007, em autuações de R$ 9,9 bilhões. Em 2006, o número de ações no país todo foi menor: 109 visitas em 209 fazendas, com multas totais de R$ 6,3 bilhões.


A grande maioria das irregularidades encontradas pelo Ministério do Trabalho acontece nas relações com o trabalho temporário, muito usado no plantio e na colheita das lavouras. Esses agricultores quase sempre fazem atividades braçais, como a capina do solo e a retirada de raízes e ervas daninhas. É comum também que permaneçam nas fazendas todo o período de trabalho (cerca de três meses) em alojamentos fornecidos pelo empregador e só voltem para casa no fim da "empreitada".


É nesse tipo de trabalho que se pode ver agricultores capinando sem equipamentos de proteção, sem banheiro próximo e sem alojamento em condições mínimas de higiene e segurança. Muitas vezes, como conta Luciano Leivas, procurador do Trabalho de Barreiras, maior cidade do Oeste Baiano, os trabalhadores não usam nada nos pés, dormem debaixo de lonas e não têm acesso à água potável.


Leivas mostrou ao Valor processos nos quais estão anexadas fotos de agricultores resgatados de fazendas da região. Muitos aparecem com os pés feridos e os rostos queimados de sol. O local onde dormem é uma tenda de lona, na qual lixo e barro misturam-se a comida e roupas.


Nas fazendas visitadas pela reportagem a situação era diferente. Os alojamentos são construções simples, mas com cama, colchão e banheiro. Nenhum deles, no entanto, estava ocupado, já que a colheita ainda estava por começar. Além disso, as visitas foram acompanhadas pelos fazendeiros. O Valor solicitou autorização para acompanhar a ação do grupo móvel de fiscalização, mas o pedido não foi atendido pelo ministério.


Os fazendeiros argumentam que a ação desse grupo - composto por auditores fiscais, policiais federais, delegado da PF e, eventualmente, um procurador da República e um do Ministério Público do Trabalho -, é truculenta, aponta falhas, mas "multa de cara" e não dá chance para que eles se enquadrem nas leis. "Não cabe a nenhum cidadão o desconhecimento da lei. Ainda mais no caso de empreendedores econômicos. Eles devem saber as regras que garantem o funcionamento legal do seu estabelecimento", diz Marcelo Campos, coordenador nacional da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.


Sergio Pitt, sócio da fazenda Agropar, próxima a Luís Eduardo Magalhães, e vice-presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), diz que os fiscais "se apegam a pequenas irregularidades".


Pitt conta que durante uma visita do ministério, os fiscais lhe disseram que e ele não deveria mais utilizar um dos alojamentos para trabalhadores temporários. Na ocasião, ele estava vazio, porque não era época de colheita nem de plantio. Por ficar a 2 quilômetros da sede da fazenda e próximo a um rio, os fiscais alegaram que os trabalhadores não poderiam ficar isolados e avaliaram que, daquela maneira, poderiam tomar banho no rio, em condições precárias, em vez de usar banheiros, relata Pitt.


"Eles tinham um rio limpo à disposição e é claro que tomavam banho aqui. Era uma forma de lazer e, estando a sede distante do alojamento, não haveria como impedir isso. E também havia banheiros à disposição no local", argumenta.


"Há normas que não são possíveis de atender", diz Mizote. Segundo ele, não existe , por exemplo, beliche à venda no mercado com 1,10 metro de distância entre o colchão de cima e o debaixo, como é exigido. "A distância padrão é de 90 centímetros. Então tenho de fazer beliches especiais para os alojamentos dos temporários?", pergunta. Outra regra considerada exagerada pelos fazendeiros é a que exige banheiros químicos nas plantações. Segundo eles, a cada momento os trabalhadores estão capinando local diferente.


Para evitar problemas com a fiscalização, a ordem nas fazendas é reduzir o quadro de funcionários temporários. Em 2006, entre temporários e fixos, o grupo Mizote empregava 500 pessoas. Hoje, não tem mais do que 250. "Vou reduzir o quadro cada vez mais. Não quero correr o risco de ser autuado sem critério, ficar sem trabalhadores e pagar multa", diz Paulo Mizote. Devido ao uso mais intensivo de herbicidas, Walter Horita contratou apenas 250 trabalhadores temporários. Em 2006, esse número foi de cerca de 500.


Em Barreiras, até abril de 2007 o setor agropecuário abriu 575 vagas com carteira assinada. Neste ano, para o mesmo período, o saldo está positivo em apenas 83 vagas. Essa redução combina tanto uma menor fiscalização como uma redução efetiva nas contratações de pessoal.


Os dados mais recentes sobre o estoque de trabalhadores mostram uma redução significativa da mão-de-obra formal na agropecuária na região de Barreiras. Entre 2005 e 2006, houve uma redução de 9,9% nos postos de trabalho. Em 2006, eram 2.999 pessoas trabalhando no campo com carteira. No ano anterior, eram 2.703.


Devido à redução do número de empregos, a fiscalização do Ministério do Trabalho não conta com o apoio da representação local dos trabalhadores. Os sindicalistas acreditam que é preciso punir quem não cumpre as condições mínimas de trabalho, mas dizem que a forma como os fiscais agem deixa muitos agricultores desempregados. "Eles visitam fazendas, multam, libertam trabalhadores que estavam em condições degradantes e depois eles ficam desempregados", diz Reinildo dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Luís Eduardo Magalhães.
(da ValorOnLine - http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocaderno/especial/Fazendeiro+intensifica+uso+de+maquinas+por+medo+de+fiscalizacao,0866,,59,4970217.html)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Indígenas

Vejam só, postando para deixar registrado:

Primeiro:

Grupo de índios é fotografado pela 1ª vez no Acre

Coordenador da Funai diz ter divulgado imagens para proteger índigenas.

O grupo é o maior dos quatro isolados que existem apenas no Acre

GLEISON MIRANDA/FUNAI

O grupo é o maior dos quatro isolados que existem apenas no Acre

Da BBC Brasil em São Paulo - Fotografias de um grupo isolado de índios na Amazônia foram divulgadas pela primeira vez por um funcionário da Funai, que sobrevoou a região em uma missão financiada pelo governo do Acre.

Veja Também:

linkGALERIA: Imagens mais imagens

link Foto de índios atacando avião lembra imagem polêmica de 1944

linkBLOG:Repórter do Estadão visita índios isolados no Amazonas

linkMapa com todas as reservas do País documento



"Resolvi fazer a divulgação porque os mecanismos (para proteger essas populações) não têm servido. Ou a opinião pública entra nisso ou eles vão dançar", disse o organizador da missão e coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental da Funai, José Carlos dos Reis Meirelles Júnior.

O grupo fotografado é o maior dos quatro isolados que existem apenas no Acre. Segundo Meirelles, há registro da presença deles na região desde pelo menos 1910.

"Não sei nada deles, e a idéia é continuar não sabendo", diz Meirelles.

As fotos mostram as malocas do grupo e índios pintados com urucum. Uma delas registrou o momento que membros do grupo tentam acertar o avião do fotógrafao com flechas.

"Enquanto eles estiverem nos recebendo a flechadas, e eu já levei uma na cara, estarão bem. O dia que ficarem bonzinhos, já eram...", disse Meirelles.

Peru

A Survival International, entidade que faz campanha pelos direitos dos índios, estima que haja cerca de 40 grupos indígenas isolados no Brasil (no mundo todo seriam 100).

Meirelles diz que já foi confirmada a existência de mais de 20 grupos isolados mas que dada a extensão da Amazônia, esse número pode de fato chegar a 40.

Meirelles, que trabalha na Amazônia desde os anos 70, defende que esses povos sejam deixados como estão, já que escolheram permanecer isolados, mas acredita que as pessoas precisam saber que eles existam e que estão sob forte ameaça.

"O futuro deles depende da gente, ou a gente preserva as regiões acidentadas (onde eles vivem) que não servem para agricultura, só servem para serem preservadas, ou essa gente vai acabar"

Segundo o especialista da Funai, os índios que vivem na divisa do Acre com o Peru estão ameaçados pelas atividades predatórias na Amazônia peruana, como a exploração ilegal de madeira e a invasão de terras.

"Tudo que é ilegal que você pode imaginar, acontece na Amazônia peruana. Do lado brasileiro, a gente consegue isolar, evitar invasões, mas a coisa está pegando do lado de lá (do Peru)."

Ele diz ter provas de que pelo menos dois grupos do Peru passaram para a Amazônia brasileira.

"São pelo menos duas aldeias com 15 ou 20 casas, mas esses daí você não fotografa. Eu já andei a pé por lá, mas quando você sobrevoa, esse pessoal desaparece."

"Por mim, eles são bem-vindos, mas o meu medo é que essa migração gere conflito (com outros índios estabelecidos no Brasil)".

Vulnerabilidade

Segundo Meirelles, os índios que vivem na fronteira do Acre com o Peru estão sob ameaça de brancos brasileiros "ainda", mas ressalta que não há como separar os impactos numa área de fronteira.

"Tudo o que foi feito de ruim com as cabeceiras desse rio, exploração de madeira, petróleo, garimpo, tudo vai parar no Brasil. Está mais do que na hora de fazer alguma coisa."

As fotografias foram divulgadas pela Survival International, que apóia a política da Funai para povos isolados de "nunca fazer o contato, apenas demarcar a área e deixá-los em paz".

Meirelles diz que duas terras indígenas já foram demarcadas sem que fosse feito contato, e uma terceira nessa mesma situação está prestes a ser feita.

Para a ativista da Survival Fiona Watson, o contato não só violaria os direitos dos índios, já que eles escolheram permanecer isolados, como poderia ser fatal.

Watson cita casos de grupos que tiveram metade da sua população dizimada depois do contato. "Doenças facilmente curáveis para nós podem ser fatais."

"Esses povos são únicos. Uma vez que eles desaparececem, desaparecem para sempre."

da BBC Brasil (http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac180317,0.htm)

Segundo:

Foto de índios atacando avião lembra imagem polêmica de 1944

Imagem publicada na extinta revista 'O Cruzeiro' teve grande repercussão no Brasil e ganhou o mundo

Edmundo Leite, do estadao.com.br

A foto  publicada  em  'O Cruzeiro'

Reprodução

A foto publicada em 'O Cruzeiro'

SÃO PAULO - A divulgação de fotos de índios de uma tribo isolada no Acre atirando flechas contra um avião relembra um episódio de grande repercussão no Brasil nos anos 40, quando a revista O Cruzeiro publicou uma reportagem assinada pela polêmica dupla formada pelo repórter David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon. Intitulada "Enfrentando os chavantes", a reportagem publicada na edição de 24 de junho de 1944 tinha como principal ilustração uma foto dos índios atacando o avião que sobrevoava uma aldeia na região de Xingu, no Mato Grosso.

A imagem ganhou grande repercussão, já que a O Cruzeiro - do grupo Diários Associados do magnata Assis Chateubriand - era então o veículo de comunicação mais influente do País, com uma controversa linha editorial que misturava jornalismo e espetáculo. Nasser e Manzon eram os principais nomes da publicação e não tinham pudor de aumentar, omitir e inventar informações para suas reportagens, como mostra o livro 'Cobras Criadas', do jornalista Luiz Maklouf Carvalho.

A imagem dos índios foi um dos vários casos polêmicos protagonizados pela dupla. Nasser escreveu um relato cheio de detalhes narrando de sua aventura e do fotógrafo para fazer as imagens, mas não estaria no vôo. A própria autoria da imagem é controversa. Manzon teria aproveitado os fotogramas de um filme feito por um militar e que caiu em suas mãos por causa de seus contatos no DIP, departamento de propaganda do Estado Novo em que trabalhou. A polêmica sobre a autoria, no entanto, não é suficiente para tirar força da imagem, que ganhou o mundo. Alguns meses depois, ela foi estampada com destaque na revista americana Life.


linkVeja o especial "O Xingu dos Villas Bôas"

(de http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac180567,0.htm)

Terceiro:

Foto de índios isolados gera dilema sobre contato com tribos

Grupo de índios foi fotografado pela primeira vez no Acre e as imagens foram divulgadas na última quinta

STUART GRUDGINGS - REUTERS

Grupo é o maior dos 4 isolados que existem apenas no Acre

GLEISON MIRANDA/FUNAI

Grupo é o maior dos 4 isolados que existem apenas no Acre

RIO DE JANEIRO - Fotografias dramáticas de índios da Amazônia antes desconhecidos chamaram atenção do mundo para a situação precária das poucas tribos isoladas ainda existentes e para o perigo com que se deparariam ao eventualmente entrar em contato com o mundo exterior. Os índios constantes das imagens divulgadas na quinta-feira, que empunhavam arcos e flechas, seriam provavelmente os membros remanescentes de uma tribo maior que se viu obrigada a ingressar mais profundamente na floresta, montando acampamentos cada vez menores, disseram especialistas.

Veja Também:

linkGALERIA: Imagens mais imagens

link Foto de índios atacando avião lembra imagem polêmica de 1944

linkBLOG:Repórter do Estadão visita índios isolados no Amazonas

linkMapa com todas as reservas do País documento



Em vez de formar uma tribo "perdida", esses índios devem ter mantido vários canais de comunicação com outros grupos ao longo dos últimos anos, afirmou Thomas Lovejoy, um especialista em questões amazônicas que preside o The Heinz Center, em Washington.

"Acredito haver uma questão ética, a questão sobre se alguém conseguiria, no final, protegê-los de qualquer tipo de contato. E a resposta para isso é 'não"', disse Lovejoy. "A resposta certa é ter um tipo de contato e de mudança de forma que as próprias tribos possam administrar isso."

A área da fronteira entre o Brasil e o Peru revela-se um dos últimos refúgios do mundo para grupos desse tipo, já que se encontram ali cerca de 50 das cerca de 100 tribos isoladas existentes no mundo todo.

Esses grupos enfrentam um perigo crescente na forma da expansão das fronteiras econômicas, em especial do lado do Peru, que tem demorado mais para criar reservas capazes de proteger as populações indígenas.

José Carlos Meirelles, funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio) que estava no helicóptero de onde foram tiradas as fotos, disse que essa tribo deveria ser deixada isolada o máximo possível.

"Enquanto eles estiverem nos apontando flechas, tudo estará bem", afirmou ao jornal O Globo. "No dia em que se comportarem direitinho, estarão exterminados."

Historicamente, o contato com o mundo exterior mostrou-se catastrófico para os índios brasileiros, que hoje somam cerca de 350 mil indivíduos, um número muito menor do que os 5 milhões da época da chegada dos europeus.

"Em 508 anos de história, de milhares de tribos que existem, nenhuma delas adaptou-se bem à sociedade no Brasil", afirmou Sydney Possuelo, ex-autoridade da Funai que criou o departamento da fundação responsável pelos índios isolados.

Nos últimos anos, porém, tribos como os inanomami conseguiram conquistar uma proteção maior ao tornarem-se mais politicamente organizados e formarem laços com grupos conservacionistas estrangeiros.

"Não se trata de tomar essa decisão no lugar deles. Trata-se de dar-lhes tempo e espaço para que tomem essa decisão por si próprios", afirmou David Hill, do grupo Survival International.

No Peru, por exemplo, mais de metade dos murunahua morreu em virtude de gripe ou de outras doenças após terem entrado em contato com o mundo exterior pela primeira vez em 1996, como resultado da expansão da fronteira econômica, afirmou Hill.

Ver integrantes de tribos isoladas não é algo muito raro, ocorrendo uma vez a cada alguns anos na área da fronteira entre Brasil e Peru.

(de http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac181339,0.htm)

Terceiro (em 10/06/2008):

Fotos de índios podem causar 'mortes na Amazônia', diz autora britânica

Revelação da existência de tribo pode levar a 'missões religiosas e assédio da mídia'.

- O jornal britânico The Guardian traz em sua edição desta terça-feira um artigo de opinião alertando para o perigo do interesse público gerado pela divulgação, há duas semanas, de fotos de uma tribo de índios isolada na Amazônia.

Segundo o artigo Morte na Amazônia, assinado pela escritora britânica Jay Griffiths, as imagens dos índios pintados de vermelho e preto empunhando arcos e flechas em direção aos invasores, em expressão de raiva e medo, transmitiam a mensagem clara de que "querem ser deixados em paz".

"Houve um grande interesse por parte do público quando as fotos foram divulgadas pelo governo brasileiro, revelando a curiosidade que despertam as tribos indígenas", diz a autora, que já esteve em contato com tribos isoladas na selva peruana a convite de ativistas indígenas e escreveu o livro Wild: An Elemental Journey.

"Mas enquanto muitos defensores dos índios querem divulgar seus alertas para a destruição da natureza e suas filosofias de vida, eles próprios, os índios, não querem nada disso".

"Eles não têm nada a ver com a cultura dominante e tudo que querem é ser deixados em paz", afirma a escritora.

Missões e TV

Griffiths acredita que com a divulgação das imagens esses índios serão perseguidos não apenas pelos grupos ilegais que desmatam a florestas, mas também por "missionários religiosos, empresas de televisão e aventureiros determinados a ignorar sua mensagem".

"Os riscos são bem conhecidos: milhares de índios isolados já morreram depois de contraírem doenças trazidas pelos invasores".

Griffiths afirma que no início do ano uma equipe de TV britânica esteve na selva amazônica peruana para procurar índios para participar de um reality show.

"A equipe foi acusada de visitar uma tribo isolada e transmitir doenças que deixaram quatro mortos."

Na opinião da autora, há um "profundo racismo contra as comunidades indígenas e a invasão forcada é a prova disso"

"O mercado editorial promove o aventureiro, as igrejas fundam missões, as corporações enviam mineradores e destruidores da floresta e as companhias de TV enviam suas equipes".

"Num mundo honesto, todos deveriam ser acusados por tentativa de assassinato".

Informação salvadora

Uma crônica publicada nesta terça-feira no jornal Le Monde, no entanto, vê com bons olhos a liberação das fotos.

O autor, Laurent Greilsamer, acredita que a Funai já sabia da existência da tribo há muitos anos e questiona a divulgação do fato domo "descoberta".

"Esta tribo não é desconhecida", afirma o autor. "Já faz 20 anos que a Funai decidiu protegê-la, rompendo o diálogo e deixando-a em paz".

"A decisão de revelar a existência da tribo foi para atrair a atenção da comunidade global para essa micro-sociedade ameaçada por empresas petroleiras e que adorariam penetrar tranqüilamente pelos confins do Peru ou do Brasil".

"Até agora o silêncio foi protetor; a informação pode se tornar salvadora", afirmou Greilsamer. BBC Brasil

(de http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac186797,0.htm)

Comissária de Agricultura da UE quer acelerar aprovação de transgênicos

Acho que ela não sabe que a maioria do gado daqui é criado em pastagens, não confinado como na UE, onde alimentam os pobres animais com ração, pasta de soja e coisas assim, o que deu origem aos casos do Mal da Vaca Louca...
Perhaps she doesn´t know about our cattle, not confinated, not eating genetically modified organism in their food... No BSE (bovine spongiform encephalopathy) here! Cause we dont use animal protein in the cattles´s food!

Comissária de Agricultura da UE quer acelerar aprovação de transgênicos

da Efe, em Paris

A comissária de Agricultura da UE (União Européia), Mariann Fischer Boel, defendeu acelerar a aprovação de alimentos transgênicos no bloco europeu, a fim de conter a alta dos preços dos alimentos.

"Nossa aprovação lenta demais dos OGM [Organismos Geneticamente Modificados] pesa nos preços dos alimentos", disse a comissária, em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal "La Croix".

Boel disse que é preciso reforçar os efetivos da EFSA (Autoridade Européia para a Segurança dos Alimentos, na sigla em inglês), para que esse organismo "acelere seu processo de aprovação de transgênicos".

"Também devemos debater sobre nossa tolerância zero na importação de OGM não aprovados", afirmou.

Argumentou que essa rejeição leva a devolver uma carga completa de soja ou de milho da América do Sul para a alimentação animal quando há apenas um pequeno rastro de transgênicos, o que encarece os preços para os criadores de gado europeus.

"É completamente estúpido e inaceitável que preços elevados impeçam que nossa pecuária seja competitiva", já que, enquanto isso, "é importada carne bovina brasileira, alimentada com transgênicos que não foram aprovados na Europa, o que os consumidores desconhecem porque não está etiquetado", disse Boel.


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ainda bem que tem gente com a cabeça no lugar!

Caramba! Mais uma loucura do criador do minhocão! Ainda bem que tem gente como esta Sonia Francine!

Soninha critica Maluf e defende criação de pedágio no centro de SP


WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para Folha Online

A vereadora e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Sônia Francine (PPS) afirmou nesta segunda-feira que pretende implantar pedágio no centro da cidade se for eleita em outubro. Ela também criticou a proposta do deputado federal e ex-prefeito da capital, Paulo Maluf (PP), de construir pistas sobre os rios Tietê e Pinheiros.

Soninha disse que a idéia de instalar pedágio no centro expandido da cidade é impopular, mas fundamental para acabar com o trânsito de São Paulo. "Tem de ter pedágio urbano na região central. Será cobrado R$ 2 reais por dia para quem quiser andar pela região", disse.

Para a vereadora, a medida se justifica porque a região é bem abastecida de transporte público. "A região é apertada e tem todo o transporte público do mundo ali". Ela disse que o dinheiro arrecadado será monitorado por um painel eletrônico e investido no transporte público. "O transporte individual é que tem de financiar o transporte coletivo".

Soninha também criticou a idéia de Maluf, que propõe a construção de lajes sobre os rios Tietê e Pinheiros ao longo das marginais. "É um absurdo. São por idéias como essa que a gente está no ponto em que está. Como 80 quilômetros em quatro pistas podem resolver?"

Ciclovia

A vereadora, que prefere ir para o trabalho de bicicleta, também disse que investir em ciclovia é barato e pode ajudar a combater o trânsito e a poluição. "Um sistema [de ciclovia] que pegue toda a cidade custa menos do que uma alça de acesso a uma ponte", disse.

Mas ela também afirmou que pretende investir em transporte sobre trilho. "É preciso aumentar a rede de transporte para trilho e reorganizar os corredores de ônibus. Ele tem de funcionar com um metrô sobre rodas", disse.

(da FolhaOnLine: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u407898.shtml)