Simpatizantes da Al Qaeda comemoram "colapso" dos EUA
da BBC Brasil
Simpatizantes da rede terrorista Al Qaeda vêm comemorando a crise financeira nos mercados mundiais como se fosse um "castigo divino".
Em mensagens anônimas postadas em vários sites, internautas afirmam que a crise que começou nos Estados Unidos é conseqüência das políticas americanas no Oriente Médio, consideradas por eles como anti-muçulmanas.
"Os EUA estão entrando em colapso", dizem algumas mensagens.
Internautas especulam que o país deva perder seu posto de superpotência econômica, sugerindo que os gastos militares excessivos no Iraque e no Afeganistão tenham contribuído para a situação.
"Embora as mensagens de jihadistas representem apenas uma minoria pequena e extremista, os EUA são tão impopulares hoje no Oriente Médio que é provável que esses sentimentos sejam compartilhados por muitas pessoas", afirmou o analista da BBC Frank Gardner.
Bin Laden
No passado, a Al Qaeda e organizações alinhadas ideologicamente com a rede já haviam pedido para que interesses econômicos americanos fossem atacados.
"Se a economia americana for destruída, eles vão se tornar muito ocupados para escravizar outros povos", disse em 2001 Osama Bin Laden, considerado o líder mundial da rede e o mentor dos ataques aos EUA de 11 de setembro daquele ano.
Calcula-se que a operação da Al Qaeda contra os prédios do World Trade Center e o Pentágono tenha custado US$ 500 mil e causado um prejuízo de US$ 500 bilhões.
"Cada dólar da Al Qaeda fez os EUA gastarem US$ 1 milhão", teria dito Bin Laden após os ataques.
O ex-agente da CIA e especialista em Al Qaeda Michael Scheuher afirmou que "da mesma mesma forma que Bin Laden viu a Al Qaeda como inspiradora de jihads e não a jihad em si, ele viu que os ataques do grupo não causariam a falência econômica dos EUA, mas poderiam causá-lo se eles piorassem os problemas econômicos americanos".
"Assim, o maior estrago econômico causado pelos ataques de 11 de Setembro foram as guerras no Iraque e no Afeganistão, não os ataques em Manhattan e Washington", disse.
(de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u451397.shtml)
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