25/01/2009 - 13h51
Orelhão com telefone via internet faz quase 2.000 ligações na Campus Party
Os orelhões instalados no Centro de Exposições Imigrantes ficaram vazios durante a semana da Campus Party. Além dos celulares, os "campuseiros" tiveram acesso a um telefone gratuito, baseado em voz sobre IP (telefone via internet). Até a noite de ontem, 1.800 ligações haviam sido feitas.
Desde a sexta-feira (23), o telefone, que já fazia ligações locais e DDD de forma gratuita, ampliou seu "sistema" para ligações internacionais e para celulares.
Cesar Suga /Divulgação |
Orelhões baseados no sistema de voz sobre IP foram instalados para transmitir conhecimento sobre as tarifas telefônicas abusivas |
"É impossível acreditar que as pessoas não queiram se comunicar", afirma a publicitária Thalita Galutti, 24. Além dela, mais dois colaboradores ajudaram o empresário do ramo audiovisual Fernando M. Areias, 25, a concretizar o projeto liberdadetelefonica.org na Campus Party.
"A ideia é transmitir conhecimento sobre as tarifas telefônicas abusivas. É protestar para tarifas e conexão melhores. Quando li a reportagem da Folha Online, tive a certeza de que deveria levar o orelhão à Campus Party", afirma Areias.
Ele gastou R$ 1.200 para colocar o sistema na Campus Party. Em razão da repercussão causada pelo telefone, o projeto recebeu doações "geeks" para leilão, como camisetas e pen-drives. A renda foi revertida para comprar créditos para manter o telefone ativo. O projeto também recebeu apoio de uma empresa de voIP, que doou um aparelho e R$ 200 em créditos para ligações.
"O sistema é simples. Os telefones são interligados à web por roteador, que direciona para o site", explica. "Tudo foi absolutamente democrático. Ainda que a Campus Party tenha sido patrocinada pela Telefônica, ninguém nos impediu de manter o telefone aqui."
Um comentário:
Muito bem! E atendimento de saúde para todos também! Atendimento de qualidade! Veja isso:
Fórum Social lança candidatura do SUS a patrimônio imaterial da humanidade
Evento discute desde domingo a implantação de sistemas universais de saúde em todo o mundo
Os participantes do Fórum Social Mundial da Saúde (FSMS) vão lançar a candidatura do Sistema Único de Saúde (SUS) a patrimônio imaterial da humanidade. A idéia foi apresentada na manhã desta segunda-feira durante ato político que contou com a participação do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
O ministro afirmou que vai garantir apoio político para a ideia, que classificou como inovadora. Segundo ele, essa é a primeira vez que uma política pública será patrimônio da humanidade.
— É uma iniciativa dos movimentos populares e acho importante pela abrangência do SUS e pelo fato de que ele atende indistintamente todas as etnias, todas as nacionalidades que vivem no Brasil — afirmou Temporão.
O FSMS discute desde domingo a implantação de sistemas universais de saúde em todo o mundo. Temporão ressaltou que o Brasil é um exemplo, já que poucos países adotam o sistema de atendimento universal. Ente eles, Inglaterra, Portugal e Canadá.
— Esse modelo ganha cada vez mais importância em um momento de crise econômica como o atual, porque ela vai causar um aumento do desemprego e as pessoas serão atendidas no sistema público. Eu, que sou militante da causa, apoio que o mundo inteiro seja atendido por sistemas universais — defendeu o ministro.
Temporão afirmou que o SUS ainda tem suas fragilidades. Um exemplo é o subfinanciamento crônico que impede que esse processo de extensão da cobertura se dê com mais qualidade. Outra questão é a gestão: há o desafio permanente de como usar com mais eficiência o recurso.
Outra novidade apresentada nesta manhã durante o Fórum foi o lançamento da I Conferência Mundial dos Sistemas Universais da Saúde, que será realizada no Brasil. Embora a data ainda não tenha sido definida, a previsão é que ocorra entre 2009 e 2010.
A queda na mortalidade infantil, o programa de combate à Aids e o Saúde na Família foram citados pelo ministro como exemplo do saldo positivo do SUS durante seus 20 anos de existência.
AGÊNCIA BRASIL
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