terça-feira, 5 de agosto de 2008

"Não oprimirás o estrangeiro..."

"...pois fostes estrangeiro na terra do Egito."
Êxodo 23:9
"And the stranger thou shalt not oppress; for ye know the spirit of the stranger, for ye have been strangers in the land of Egypt."
Exodus 23:9

US starts ilegal deportation program
(o "erro" de tradução é proposital - the "translation error "is intended)

EUA iniciam programa de deportação para ilegais

JOSÉ BAIG
da BBC, nos Estados Unidos

Um programa piloto do governo americano, que entra em vigor nesta terça-feira, incentiva imigrantes ilegais com ordem de deportação a deixarem o país sem ter que passar por centros de detenção.

De acordo com o programa, chamado de Partida Marcada (Scheduled Departure, em inglês), os imigrantes em situação irregular que se apresentarem ao governo terão 90 dias em liberdade para organizar sua partida do país.

A iniciativa da agência de imigração americana, Immigration and Customs Enforcement (ICE, na sigla em inglês), serve para tentar combater a permanência de imigrantes ilegais no país.

O programa será oferecido apenas por duas semanas para imigrantes não-criminosos das cidades de Santa Ana e San Diego (Califórnia), Phoenix (Arizona), Charlotte (Carolina do Norte) e Chicago (Illinois). O programa será realizado até o dia 22 de agosto.

Durante os 90 dias até a partida, os imigrantes terão que usar um equipamento de rastreamento eletrônico para garantir que o governo tenha conhecimento sobre o paradeiro dos participantes.

"Ao participar do programa, aqueles que já foram ordenados a deixar o país em um tribunal poderão obedecer a lei e ainda acompanhar como suas famílias serão afetadas por sua remoção", disse a diretora do ICE, Julie Meyers.

Além de prevenir a passagem pelos centros de detenção, o esquema oferece aos participantes a possibilidade de voltar a pedir visto para os Estados Unidos, passando o prazo legal de impedimento de entrada.

Estimativas do governo americano indicam que há cerca de 572 mil fugitivos com ordem de deportação nos Estados Unidos, dos quais aproximadamente 457 mil não têm histórico criminal.

Absurdo

A medida provocou reações das organizações defensoras dos direitos dos imigrantes, que afirmam não compreender quais são os incentivos reais para que os imigrantes em situação irregular participem do programa.

"É ilógico e absurdo", afirmou à BBC Mundo Katherine Vargas, porta-voz do National Immigration Fórum, uma das instituições que está questionando a proposta.

Segundo ela, o programa não oferece "nenhum incentivo" já que as leis que impedem que o imigrante volte a pedir o visto entre 5 e 20 anos depois da deportação permanecem em vigor.
Vargas argumenta ainda que o programa não considera casos em que uma família possa ter vários membros em situações diferentes, como algumas nas quais o pai está em situação irregular, mas têm filhos nascidos nos EUA.

"Não estão dando aos imigrantes a possibilidade para explorar outras opções legais de permanência no país já que ao aceitar um acordo de deportação, os imigrantes estão renunciando aos seus direitos", afirmou a porta-voz.

Operações

O anúncio sobre o programa piloto é feito em meio a críticas de diversos setores sobre as batidas conduzidas pela ICE para deter e deportar imigrantes ilegais.

Um dos casos mais recentes aconteceu em Postville, no Estado de Iowa, quando algumas crianças tiveram que permanecer na escola por três dias sem saber onde estavam seus pais, que haviam sido detidos durante uma operação do ICE em um frigorífico local.

Em outros casos, a Justiça ordena a deportação de imigrantes em situação irregular que têm filhos americanos. Um grupo de filhos desses imigrantes pediu ao governo para que pare com essas operações.

Apesar das opções oferecidas pelo programa, as organizações de defesa dos imigrantes não acreditam que os ilegais irão participar do esquema de maneira massiva para agendar sua viagem de retorno.

"[O programa] é apenas mais uma montagem para desviar a atenção e não resolve o problema maior, que é a necessidade de uma reforma nas leis de migração. Além disso, duvido muito que as batidas irão parar", disse Vargas.

(de )

Um comentário:

Anônimo disse...

Notícia do jornal espanhol "El Mundo":
LA ENCONTRÓ MIENTRAS VENDÍA PAÑUELOS DE PAPEL
'No habría sido feliz con ese dinero', dice tras devolver una cartera perdida con 2.700 euros
Vídeo: Atlas | Foto: Esther Lobato
Actualizado miércoles 13/08/2008 22:02 (CET)
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AGENCIAS
SEVILLA.- Dom Amby Okonkwo, un inmigrante nigeriano de 44 años, no dudó en devolver una cartera que se había encontrado, en la rotonda de Sevilla donde vende pañuelos de papel. Tras enterarse de que contenía 2.700 euros, ha dicho que no habría sido feliz gastando ese dinero. El dueño le ha dado 50 euros en agradecimiento.
Este miércoles por la mañana, el joven entregaba a los agenes de la Policía Nacional una cartera de piel que había encontrado momentos antes en una rotonda. Contenía, además del dinero en efectivo, un cheque por valor de 870 euros, un talonario de cheques, una cartilla de ahorros, así como documentación personal y empresarial.
"Cuando me dijeron que la cartera que devolví tenía 2.700 euros pensé que era muchísimo dinero, pero el dinero no toca mi cabeza ni mi corazón, y gastar ese dinero me habría hecho feliz un momento, pero me habría hecho sufrir toda mi vida", ha confesado Amby.
Al comprobar la suma, los agentes investigaron la documentación que contenía. Así encontraron a Fernando.P.G., un hombre sevillano de 68 años, "naturalmente nervioso" por lo sucedido horas antes. "Circulaba en moto por la Carretera de la Esclusa, de vuelta de realizar unas gestiones", relata la nota policial sobre el extravío.
Según ha contado, el dueño se dirigió a él y tras preguntarle si había sido él quien había devuelto la cartera, le dio las gracias y le entregó 50 euros. Este dinero se lo gastará en su hijo de cinco años, con el que vive hace un año y medio en San Juan de Aznalfarache, una localidad cercana a Sevilla, ha comentado.
El nigeriano continuaba este miércoles por tarde vendiendo pañuelos de papel a unos 40 grados de temperatura en el semáforo donde lo hace habitualmente, cerca del barrio de Los Remedios y al lado de donde se encontró la cartera.
Su compañero Kingsley Kene Odigbo, que también vende pañuelos, ha destacado por su parte que gracias a esta acción espera que la opinión de la gente hacia los extranjeros cambie, "porque hay muchas personas que piensan que no somos buenos, y yo digo que sí lo somos".
(vejam em http://www.elmundo.es/elmundo/2008/08/13/espana/1218656770.html)